Capítulo I - Festa da taverna

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     - Pq caralhos você tá pintando quando literalmente tá tendo uma festa lá dentro?- Um jovem com cabelos ruivos e estatura baixa ria provocando o moreno a sua frente que estava a pintar um quadro com algumas tintas baratas.
     - Posso sentar aqui? - O mais alto assentiu e deu espaço para o mesmo sentar-se ao seu lado.
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     Era segunda feira, outro dia qualquer pra Nakahara Chuuya, ele era dono de uma empresa de vinhos, que herdou de sua família, além de ser um poeta famoso em toda a França e Japão.

    Chuuya além de ser conhecido por suas poesias era admirado por homens e mulheres por sua beleza exótica, cabelos ruivos e uma mistura de profundos olhos azuis com uma aparência andrógina. Várias agências de modelo já o convidaram para representar suas marcas, porém ele sempre negara, preferia ser o autor por trás da verdadeira arte, que no caso eram seus poemas.

     - Que ódio! QUE ÓDIO! - o ruivo berrava ao ponto de sua garganta vibrar enquanto rasgava mais uma folha, mais uma folha das mil que já estavam no lixo ao lado de sua escrivaninha, ele estava a horas escrevendo e nada o agradava, estava ao ponto de desistir daquele poema.

     Enquanto resmungava e xingava o poeta resolveu sair, se arrumar para ir ao seu bar favorito para relaxar, fazia tempo que não saia, iria o fazer bem.

     Ele fez tudo que deveria fazer, tomou banho limpando o suor que derramava em sua testa pelo estresse causado, vestiu vestes elegantes e novas juntamente a um corset que destacava sua silhueta, passou maquiagem leve para realçar sua beleza natural, espirrou um pouco de um perfume chique, vestiu suas luvas de grife favoritas e calçou seu coturno predileto para lhe dar uns 5 centímetros a mais - Pronto, terminei, Tô lindão. - Ele dizia inflando seus pulmões de ego, porém na realidade a autoestima do mesmo era baixa, entretanto seu ego conseguia ser maior que o cume do Monte Everest.

     Depois de se distrair se observando Nakahara decidiu ir à cozinha pegar um bolinho de arroz para comer.

     Depois de se alimentar, ele foi caminhando em direção ao bar, como não era tão longe não havia necessidade de usar sua moto. Era um lugar muito bonito e frequentado. Apesar de não ser luxuoso, chuuya o amava com todo seu coração foi lá onde ele passara sua adolescência com seus amigos, primeiros namorados e namoradas e muitas outras experiências que ele considera cada uma especial de sua própria forma e as guardava com carinho.

     Caminhando pelas ruas escuras ele começou a enxergar uma luz piscando, e um barulho elevado, provavelmente era dia de festa na taverna. O barulho para Nakahara era exitante, o chão tremia, a cantoria era alta, pessoas gritavam e dançavam, a fragrância de vinho de excelente qualidade o lembrava de sua adolescência, porém agora ele já estava no auge dos seus 19 anos, mas ainda não conseguira processar sua maioridade.

     Entrando no local já era possível perceber-se os olhares em direção a Nakahara, parecia que tudo ficava mais tenso e em câmera lenta, enquanto o ruivo passava, era como se ele fosse um ímã que atraia a curiosidade e acendia uma atração em todos ao seu redor, alguns se sentiam intimidados de mais e não ousavam falar com ele, já outros tinham tal coragem. E uma garota de cabelos vermelhos cor sangue e olhos verdes, aproximadamente mesma altura que chuuya era uma dessas com tal "coragem".

     Ela caminhou sem jeito em direção ao ruivo tentando manter-se confiante, o que não era fácil na presença impactante de Chuuya. - Oiee, Me chamo Misaki, pode me chamar só de Saki - Disse jeitosa enquanto estendia a mão em forma de comprimento para o ruivo.

     Misaki era uma jovem bonita com um estilo único e aparência exuberante, era difícil identificar quem era mais bonito no local, Chuuya ou Misaki.

A vida sem ar(te) sufoca- SOUKOKUOnde histórias criam vida. Descubra agora