A vida sem ar(te) sufoca- SOUKOKU

Capítulo II

🚨 Aviso gatilho! Esse capítulo contém crise de ansiedade, traumas, necessidade de aprovação alheia, pobreza e linguagem vulgar. Todos estão apresentados de formas leves e superficiais, porém se você se sentir mal sobre algum desses temas, favor não ler o conteúdo abaixo. 🚨

  Se o moreno não tinha certeza de nada na vida, agora ele tem uma certeza, a certeza que Nakahara Chuuya é sua nova paisagem favorita.
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    Um silêncio foi estabelecido por mais alguns momento antes do moreno quebrar a troca de olhares.- Meu deus eu preciso colocar-te em um de meus quadros! - Exprimira com uma voz frágil, se retirara de seu transe rapidamente e mudara de assunto se aproximando animado de Chuuya que parecia uma estátua paralisada ainda em transe  "Como ele mudara de humor tão rápido?" Era o único pensamento que passava na cabeça do ruivo.

     Enquanto Nakahara tentava processar sua própria existência, Osamu estava supondo um belo quadro de Nakahara, destacando seus afiados olhos azuis capazes de matar qualquer um em um contraste harmônico com o laranja fogo de seus cachos e sua pele pálida.  Esse quadro estaria centralizado na parede do quarto do moreno, parecia a entrada para o paraíso poder acordar todo dia podendo visualizar aquele rosto formoso em uma pintura. Osamu afirmava para si mesmo de forma silenciosa que não era homossexual.

   O ruivo balançou sua cabeça para esquerda e direita tentando se livrar de seus pensamentos e sair do transe. - Calma que? pintar-me? Pq caralhos eu deixaria alguém maníaco enfaixado feito você pintar um quadro meu? Você deve estar muito bêbado, isso sim! - Nakahara estava envergonhado com a fala inesperada do rapaz, porque alguém iria ter tal vontade? Ele não se achara merecedor de estar em um quadro tão belo, como de Osamu. Que pudera despertar um sentimento ao qual ele não sentia a muito tempo, mas também não via motivo do moreno querer um quadro dele.

     Osamu realmente não percebera porque o ruivo estava tão distúrbiado em deixar ele pintá-lo, o moreno achava ele o próprio significado da palavra beleza, provavelmente a pessoa mais bela que ele já havia conhecido, e quisera colocá-lo em um de seus quadros, qual era o problema disso?    
      Dazai continuou cogitando as possibilidades por mais uma fração de segundos enquanto concluía os últimos detalhes da pintura. Refletindo bem, suas vontades eram realmente um tanto inesperadas, ou melhor, homossexuais. Dazai balançou sua cabeça se abstendo desses pensamentos e afirmando a si mesmo que era apenas Nakahara que possuía uma beleza muito exótica. Então ele voltara a pincelar meros detalhes esvaziando sua cabeça novamente.

   Já Chuuya estava posicionado logo atrás de Osamu, em completo silêncio, até sentir em seus tímpanos a voz a qual o mesmo considerava irritante e um tanto atraente.

    O moreno colocou suas mãos em frente ao rosto como forma de súplica. - Chuu, você pode, por favoooorr pegar uma taça de vinho pra mim? - Disse pausadamente e de forma dramática se esticando em direção a Chuuya.

     Nakahara pressentia que ele estava apenas sendo preguiçoso e usufruindo de que havia alguém do seu lado pra fazer o que ele quisesse ao invés de fazer por si só. Então Nakahara negara.

    - Não, levante você, você possui pernas e braços pra pegar essa taça de vinho, está me achando com cara de cachorro? - O ruivo esbravejou, ele detestava quando suplicavam por coisas que podiam ser feitas pela própria pessoa. - E outra eu não te permiti me chamar por nenhum apelido - impôs Nakahara com um tom sério.

     Osamu não desistiria com essa facilidade.
   Um sorriso típico de uma criança que estava prestes a fazer sua maior façanha surgira no rosto do moreno. - Ahhh Chuuya porfavor!!! Você tem cara de cachorro sim, sabe aqueles Pinschers falsificado? Que treme de raiva?  Você é igualzinho!!! E outra eu também não deixei você me apelidar de "Doido enfaixado" mas mesmo assim você faz!! Só aceito pedido de desculpas se você pegar E pagar minha taça de vinho! - O moreno tagarelou e suplicou dramaticamente enquanto gesticulava.