-Sentirias te sortuda?
-Porquê?- Os seus olhos transmitiam paz interior.
-Por me teres?
*******
Já estamos no carro do Liam de volta a casa á cerca de vinte minutos, a tensão é mais que óbvia. Todo o meu embaraço e singeleza levaram a melhor, não consegui emitir uma qualquer resposta, porém eu sei que ele "sentiu" o que tenho na cabeça.
O tempo também mudou drasticamente e para evitar uma potencial constipação decidimos regressar á cidade. O lindo dia que se havia posto era agora trocado por um céu pintado com diferentes tons de cinza e por vento que teimava em assobiar para todo o mundo só para demonstrar que estava ali para ficar. Inglaterra não é, sem dúvida, um país com um clima muito definido... E eu que o diga!
-Estás muito calada. Quero que saibas que eu não levei a mal o que disseste.- Ele finalmente diz sem nunca tirar a vista da estrada.
-Eu não...-cortei a minha frase.
-Eu gostei do que disseste.- Admite mais para os seus botões do que para mim.
O meu olhar eleva-se na sua direção e pondero em todas as vantagens e desvantagens do que disse e do que possa dizer daqui em diante. Afinal, a vida é demasiado curta, certo? De que me vale não tentar ser eu mesma?
-Nunca ninguém me tinha dito algo assim, sem ser familiares, claro.
-Eu aposto tudo contigo que não sou a única a pensar assim.- Ele esboça um grande sorriso através do retrovisor.
-Disso já tenho as minhas grandes dúvidas. Eu sou um completo idiota e tenho um talento inato para magoar toda a gente á minha volta, e faço isso tudo por nada. Não consigo evitar mas eu habituei-me a vestir um papel de alguém severo, algo como sem emoções sem dor.
-Tu foste magoado no passado, isso é normal. Não te culpes por não deixares transparecer a meio mundo como realmente és. Algures ai dentro tu deixaste-me entrar, pode ter demorado algum tempo mas eu sinto que foste baixando algumas barreiras para mim.- Mexo freneticamente os meus dedos sobre as minhas pernas.- Eu agradeço-te por partilhares um pouco de ti comigo.
-Eu agradeço-te por teres conseguido entrar na minha vida.- Ele mostra os seus dentes alinhados.
-E eu agradeço-te por me pores a sorrir.
-Alguém como tu não deve chorar por quem não lhe dá valor. É uma mer... porcaria estar-se magoado.- Ele rapidamente corrige e eu sorrio.
-Mudando de assunto...-Agarro no telemóvel e coloco-o com som novamente. Verifico as chamadas e tenho cinco chamadas do Niall e duas dos meus pais. Vejo também uma mensagem da minha mãe a avisar que vai ter um jantar romântico com o meu pai e por isso não vêm jantar nem dormir a casa, estou feliz por eles terem, finalmente, um tempo e dinheiro extra para eles. Rapidamente digito: "Tenham um bom jantar e aproveitem bem a noite."; e ocorre-me algo. -Queres jantar em minha casa?
-Achas que os teus pais vão deixar?- pergunta de pé atrás.
-Eles vão passar a noite fora, ou seja só voltam amanhã, o que significa que podes ir lá á vontade.
-E não vão ficar chateados quando souberem?- insistiu relutante.
-Não é preciso preocupares-te com isso. Além disso o Niall pode não estar em casa e eu não quero ficar sozinha. -Faço beicinho.- Por favor.
-Está bem.
*******
O caminho foi maioritariamente passado com conversas simples e concisas até eu conseguir avistar a minha casa a uns vinte metros e o Liam estaciona o carro perto desta. Ele guarda as chaves do carro e tira o cinto de segurança tal como eu, saindo do carro.
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My last chance that became a sweet dream...
Fanfiction"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."- Charles Chaplin All rights reserved © copyright 2014 (A Liam Payne FanFictio...