3. Apenas amigos né?

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Veludo:

Ao abrir os olhos, sinto uma confusão avassaladora, e vejo que tem um saco na minha cabeça!?

Enquanto tento decifrar onde diabos eu estou, ó cheiro desagradável é a cereja no topo dessa situação absurda.

Alguém está me arrastando me puxando pelo meu braço, meu braço dói e sinto os meus saltos arrastando pelo chão.

Arrastada contra minha vontade, eu começo a resistir, mas as amarras limitam minha tentativa, cada arrasto é um desafio, eu não sei onde ele está me levando, e isso está me deixando nervosa...

Depois que eu saí das mãos daquela mulher, só lembro de ter desmaiado e acordar sendo arrastada com um saco na cabeça.

Eu estava sentindo uma dor forte no meu braço, as mãos pesadas daquela coisa me machucava, e cada passo eu soltava um grugido de dor.

E-e agora!? como eu saio dessa?! Sinto meu coração acelerar, isso não pode estar acontecendo comigo!? Eu tive que mentir para aquela mulher se não eu acho que ela... me mataria.

Meus pensamentos foram cortados quando de repente senti um impulso, me colocaram de pé, escutei um barulho de uma porta abrindo acho que era uma porta grande, foi um barulho alto, depois escutei ela fechando, em seguida finalmente tiraram aquele saco da minha cabeça.

Au abrir os meus olhos, parecia que eu estava em uma torre? ela tinha gaiolas penduradas no teto, feitas de metal enferrujado, elas estavam penduradas com correntes que balançavam com o vento, cada uma abrigando sombras assustadoras.

As chamas dançavam nas poucas tochas, lançando sombras dançantes nas paredes de pedra velhas, aquele lugar parecia uma sala de algum filme de terror, atrás de mim tinha uma grande porta a única entrada e saída, tirando as mini janelas que mostravam o pôr do sol.

O silêncio foi quebrado quando aquele soldado simplesmente me segurou pelas minhas roupas me tirando do chão.

-Ah me solte!!

Ele estava usando uma armadura feita de metal escuro ele era grande e podia me segurar apenas com uma mão, bom eu estava com medo mas não ia mostrar que eu estava.

Ele apenas me olhou sem expressão, depois ele abriu uma das gaiolas com uma chave e automaticamente me jogando lá dentro, bati as costas no metal duro e dando mais um gemido de dor, rudimente ele segurou as minhas mãos tirando as cordas que estavam amarradas, e depois tirou as cordas dos meus pés, pensei em tentar revidar mas aquela coisa já tinha me machucado demais, eu estava cansada...

Logo em seguida ele tracou a gaiola e saiu da quelé lugar, me deixando sozinha.

O silêncio toma conta do lugar, tinha tochas mas elas não iluminavam o suficiente, eu não consegui ver direito o chão, para aquele guarda a gaiola estava do tamanho exato da sua cabeça, mas para mim parecia que eu estava pendurada no meio do ar, eu só conseguia escutar o barulho das tochas e as correntes balançando, era assustador...

Com um pouco de forças que eu ainda tinha tentei balançar a gaiola para sair mas tudo que consegui foi bater ela nas paredes.

Fiquei ofegante de tanto me mexer, mas nada adiantava eu estava presa... me sentei no chão daquela gaiola ainda balançando, senti o suor escorrendo pelo meu rosto.

Acho que foi isso e aquela mulher quiz disse que eu era a sua passarinha... que eu ia ficar presa numa gaiola como um pássaro, só não entendi o porque ela queria que eu cantasse para ela e o povo dela.

O que será que ela vai fazer comigo quando ela perceber que eu realmente não sei cantar...

Abracei os meus joelhos, olhei para os machucados, foi apenas alguns arranhões, mas pela minha pele ser branca como neve estava ficando bem vermelho, eu abracei os meus joelhos e encostei a cabeça na gaiola.

★彡[ᴛʀᴏʟʟꜱ ᴇʟᴇ ᴘʀᴇᴄɪꜱᴀ ᴅᴇ ᴀᴊᴜᴅᴀ!?]彡★Onde histórias criam vida. Descubra agora