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...
Três vezes
Essa foi a quantidade de vezes que eu saí pra beber só hoje. mesmo sendo um pouco tímido eu e Jimin resolvemos que como esse é o nosso último ano na escola nós vamos aproveitar bastante. Beber, fumar, transar e depois fazer tudo isso de novo, só que em dobro.
Agora mesmo eu acabei de sair de um lugar que eu não faço a mínima ideia de onde é, com um cara que eu não faço a mínima ideia de quem seja mais está tudo bem, certo? eu estou apenas aproveitando, até porque é sobre isso juventude, nós fazemos aquilo que temos vontade mesmo, preocupando as únicas pessoas que realmente nós conhecem, a nossa família.
Só que eu não deveria me preocupar com isso já que a única pessoa que mora comigo e que eu realmente posso chamar de família já está acostumada com o meu novo jeito de levar a vida. A adrenalina de estar em uma festa e em uma cama diferente a cada dia é incrível! eu até me sinto livre, me sinto dono da minha própria vida e foda-se se vão reclamar! é a porra da minha vida e só eu sei o que é melhor pra mim! não as minhas tias, não os meus primos EU! eu sei o que estou fazendo e não a problema nisso já que estou... feliz... realmente... feliz.-Por favor não volte tarde hoje, sim? eu estou ficando preocupada com você- pergunta pra mim aparentemente preocupada.
-Relaxa... eu sei me cuidar- digo já arrumado pra sair.- mais fala aí eu tô bonitão né?- digo me referindo as minhas roupas que consistiam em uma calça social larga branca e uma blusa social em um tom de lilás bem claro, estava com os três primeiros botões da parte de cima da minha camisa aberta quase como um decote, minhas madeixas antes castanhas agora estavam em um loiro platinado que me deixavam ainda mais bonito. fora os sapatos sociais brancos e os colares e anéis dourados que estava usando.- Você está lindo meu amor! esse cabelo realmente combinou com você- disse com um sorriso doce nós lábios, sorriso esse que me fez derreter na hora e ir correndo pra enche-la de beijinhos no rosto.
- É por isso que eu te amo!- falei dando um beijo e sua bochecha.
- tá bom, tá bom- falou entre risos- mais não esquece de comprar meus remédios quando voltar, aqui está o dinheiro. Não gaste com outra coisa que não seja meus remédios! os que eu tinha já acabaram.
- tá bom! relaxa. beijo- falei dando um beijo em sua bochecha.- estou indo te amo.
- também te amo!- disse com um sorriso nós lábios... sorriso esse que eu nunca vou esquecer.
...
- tae, tae finalmente chegou!...
você não está arrumado de mais pra um bar?- disse analisando minhas roupas.- fazer o que ji! eu não consigo andar de qualquer jeito por aí, se sabe né? seu amigo é muito bonito, vai que eu encontre algum homem rico que queira casar comigo? ... eu não posso andar feito um mendigo por aí!.
- tá bom! já entendi... Agostinho Carrara.
- O que! repete isso anão de jardim!- disse ficando realmente irritado.
- relaxa tae! eu não disse nada, agora vamos logo.- disse tentando parar de rir e me fazendo ficar ainda mais irritado se não fosse pelo... seu sorriso. Tão lindo, delicado e doce como ele. e ao o ver sorrindo acabo rindo junto sem nenhum motivo plausível que não fosse ele, apenas ele.
...
Chegamos no bar e logo encontramos nossos amigos, todos sentados em uma mesa acenando pra nós, logo nos aproximamos e cumprimentamos a todos. para enfim começar. nós nem conversamos, apenas pedimos várias garrafas de soju e quando vimos que não estavam dando o efeito que queríamos em nosso organismo pedimos tequila, sim! Foram doses e mais doses de tequila. Todos daquela mesa já eram maiores de idade então não havia nada que pudesse nos parar, após a terceira dose de tequila me tranquei no banheiro com um colega que se eu não me engano se chama min yoongi e só saí de lá depois que... bom vocês já sabem.
Quando eu peguei meu celular eram cinco e meia da manhã, com as pernas bambas e ânsia de vômito voltei para casa com Ajuda de Jimin que iria dormir comigo hoje, porém apenas dormir, eu nunca seria capaz de tocar nele de forma maliciosa, até porque nosso amor é puro e transcende o que é carnal.Cheguei em casa e fomos direto pro meu quarto e por lá dormimos até umas duas horas da tarde, fui até a sala estranhando o fato de tudo parecer silencioso demais, liguei meu celular e vi três chamadas perdidas de um número desconhecido resolvi retornar por pensar ser algum cara que ficou comigo em alguma dessas festas que fui. E estranhei completamente por saber que era do hospital.
- Olá! senhor...Kim Taehyung?- disse o homem esperando que eu confirme.
- Sim! sou eu sim, o que aconteceu pra vocês me ligarem?- perguntei ainda em dúvida pois pelo que eu me lembre ninguém da minha família está feriado a menos que... a menos que ela... não! ela não.
- senhor te ligamos pra avisar que sua avó Kim Eun-ji veio a óbito ontem na noite de terça feira ás 23:00 da noite.
- O que!...
...
cheguei no hospital aos prantos na companhia de Jimin e logo informei meu nome e o motivo por estar lá.
- por favor doutor me diz o que aconteceu - digo em uma mistura de confusão, desespero e medo ... muito, muito medo, eu estava sozinho de novo.
- aparentemente sua avó veio a óbito ao decorrer de um ataque cardíaco que foi ocasionado pela pressão alta. Provavelmente foi ocasionado pela falta do uso de medicamentos para controlar a pressão. A sua avó estava a quanto tempo sem tomar os comprimidos?- sua voz soava indiferente, porém carregava algo a mais, o julgamento.
- eu acredito que...- e nessa hora minha ficha caiu. Eu não sabia!... faziam dias que a minha avó vinha pedindo que eu comprasse seus remédios porém fingia que me esquecia colocando outras coisas como prioridade, gastando o dinheiro dos remédios dela com cigarros e bebida, usufruindo de coisas banais as custas dela, enquanto ela morria aos poucos, até ontem, que foi a minha última chance e como sempre foi jogada fora... e agora não resta mais nada dela, seus sorrisos, sua comida e toda a preocupação que tinha comigo se foi junto a ela e não só isso eu sinto como se uma parte de min estivesse sendo arrancada e no lugar só restasse o vazio, vazio esse que agora era preenchido apenas pela culpa.-Eu não sei doutor... eu realmente não sei.- digo agora sentido o resto que sobrou de mim sumindo aos poucos e de novo sou preenchido por uma onda de culpa, ainda maior ainda mais forte trazendo consigo lágrimas que chegam grossas em meu resto porém assim como as lágrimas vieram fortes como as ondas do mar as vozes também. Vozes essas que me culpavam, diziam que EU apenas eu fui o culpado da morte dela.
Sinto meus pensamentos irem e virem a milhão a toda hora, já não consigo pensar em nada minhas mãos essas que até então estavam paradas tomam pra si uma inquietação diferente, que nunca senti antes minha boca o ar começa a dar sinais de que vai em bora dos meus pulmões como se não importasse quantas vezes eu respire, ele não chega! Minha visão está ficando turva minhas pernas perdem as forças me levando ao chão sou preenchido por um formigamento infernal. Coloco minhas mãos em minha garganta numa tentativa tola de fazer com que o ar chegue enquanto o médico chama as enfermeiras pra me ajudarem e bum!... Eu caio. O contato do meu rosto quente com o gelado do piso é a única coisa da qual ainda me lembro. Esse foi o primeiro dia no qual eu pensei que fosse morrer e relembrando agora eu realizado deveria ter morrido naquele dia.
Malditas lembranças.
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Until I Can Fly Again |Vhope
Fanfiction.... A tempos vejo minhas cicatrizes e rachaduras essas que não iram se curar, e eu sei que não iram até que... até que aconteça. Até que a dor em meu ser se torne maior que a minha esperança em viver.