Lembrando que é MUITO importante que vocês comentam isso me ajuda bastante, amo vcs.
POV CLIFFORD ~
-- Quem é Você? -- O homem perguntou rude, pois estava com pressa --
-- Isso não importa agora -- Falei -- Vocês não podem entrar no carro --
-- Do que está falando? -- A mulher perguntou no mesmo tom --
A olhei e por míseros segundos meus olhos lacrimejaram. Meu coração dói em saudade ao ouvir sua voz depois de muitos anos.
-- Está vindo uma tempestada, é perigoso durante o caminho na estrada -- Falei tentando não parescer desesperada, porém minha voz estava trêmula --
Eles olharam para o céu e viram a tempestade que estava por vir. Depois de uns segundos a chuva começou. Senti meus pulmões arderem, como se fossem sair do meu peito num pulo.
-- Entrem pra dentro de casa. Ao amanhecer a tempestade terá passado e o céu estará limpo -- Eu queria muito que eles entrassem pra eu voltar pra casa e ver mamãe lá ainda -- Por favor -- Sussurei --
Papai olhou ai redor supirou em cansaço. Fechou seus olhos enquanto a chuva caia sobre nós três ali. Da janela do carro pude ver Joe, estava me olhando com olhar fixo, mas desviou para mamãe assim que o olhei nos olhos, ele abre a porta e sai do carro.
-- Papai, mamãe, eu não quero ir -- Cutucou papai que abriu os olhos --
-- Quero ficar em casa e a minha irmãzinha também quer -- uma enorme vontade de chorar me invade por inteiro --
-- E você? como vai pra casa nessa chuva?! -- Me questionou o homem --
-- A-Ah, não se preocupe comigo, minha casa é a dois quarteirões daqui, estarei a salvo -- Menti. Mamãe me olhou e franziu o cenho --
-- Tenho a sensação de que te conheço -- Ela diz olhando no fundo dos meus olhos --
Sinto uma energia forte correr pelas minhas veias. Eu não sabia o que dizer, abri a boca mas sem uma desculpa plausível pra lhe dizer.
-- N-não, eu sou nova na cidade -- Falei --
-- Entre no carro, nós levaremos você até sua casa -- Ela diz séria --
-- T-Ta bom -- Falei dom receio, logo em seguida entrei no carro --
No caminho nenhum de seus olhares estavam sobre mim como o de mamãe. Como de costume ao meu lado eu mais nova estava com os fones do Joe enquanto olhava pra fora da Janela.
Joe estava com seus cenhos franzidos, seu olhar triste e preocupado se alternava para papai e mamãe no banco da frente. O garoto suspira em rendição ao cansaço e se escora na beira da janela, observando um simples caminhão de mudanças passando afim de lhe distrair.
-- Oh é aqui -- Falei assim que vi a casa de Elizabeth -- Pode me deixar aqui por favor --
-- Não saia mais sozinha em um tempestade, é perigoso -- o Homem diz --
-- E obrigado por por nos alertar também -- A mulher sorri gentil --
-- Muito obrigado por me trazerem até aqui, foi muito gentil -- Sorri e então sai do carro --
De dentro pude ver que eles acenavam com as mãos. Sorri. Foi tão fácil quanto eu pensava.
-- Tchau! -- Gritei enquanto acenava --
Me virei de costas pra entrar na casa mas parei assim que descobri que ela ainda não morava lá ainda. Escutei um barulho alto.
Arregalando os olhos coloquei minhas duas mãos na cabeça quando me virei e vi aquela cena diante de meus olhos..
O carro estava completamente destruido pelo caminhão que avistei antes, o mesmo estava caído de lado.
Com o barulho e o terror da cena, vizinhos e pessoas que estava na rua pararam para ver oque havia acontecido.
Sai correndo para o local quando vi Joe levando a garotinha pra fora do carro e a colocando no chão, logo em seguida indo ajudar papai de com ajuda de alguns moradores conseguiu sair do carro.
-- Alguém liga pra uma ambulância -- Alguém diz --
-- Ajude sua mãe Joe -- Papai diz quase inconciente --
-- Mamãe! -- A pequena chorava --
Sem demora o carro estava pegando fogo e logo explodiu, acertando pedaços de metal em todos ali. O barulho fez com que meus ouvidos ardessem ao ponto de sair sangue.
-- Droga! -- Murmurei tapando os meu ouvidos -- De novo não, isso não poder ser verdade -- Eu ja estava chorando. O ódio e a tristesa, a decepção, tudo de uma vez estava tomando conta de mim ali -- Mamãe -- Clamei ao seu nome e logo só vi a escuridão --
<...>
Acordei assim que senti uma luz forte em meu rosto. Levantei de pressa e com a respiração desregulada. Olhei para o lado e Sadie estava a me olhar apavorada.
-- Sn, tudo bem? -- Estava preocupada, assustada --
Minha cabeça dói e meus ouvidos estavam zumbindo. Coloquei as mãos nos mesmos e senti algo neles, eram algodões. Será que eu apaguei aqui no presente também? Acho que sim.
-- Oque aconteceu? -- Questionei --
-- Você desmaiou tem duas horas -- Ela diz me olhando -- Você tava chorando e sagrando ao mesmo tempo, achei que fosse morrer -- Falou, mas desta vez estava zangada --
-- E-Eu -- Tentei falar mas ela corta minha fala --
-- Caramba você me deu um baita susto -- Seus olhos estavam brilhando por conta das lágrimas que ainda não haviam caído -- Nunca mais tente fazer algo assim de novo, se algo acontecer com você eu não sei oque eu vou fazer ou como falar para a sua família e amigos porquê eu amo você e vou me sentir culpada e uma pessoa horrível pelo resto da vida por não ter te ajudado -- Ela diz tudo rápido enquanto caíam lágrimas de seus olhos, descendo pelas curvas de seu rosto e assim caindo em seu peito --
Coloquei a mão no rosto, fecho os olhos passando as mãos ali e suspiro. Só então me dei conta de que também estava chorando, um aperto no peito e uma sensação de culpa me invade por inteiro.
Passo as mãos pelos cabelos chorando, então Elizabeth parou de chorar e senti suas mãos sobre as minhas costas, limpou seu nariz e se achegou mais ao meu lado. Só então tuve forças pra dizer:
-- Me desculpe...Eu não consegui Elizabeth -- Falei em meio soluços e palavras de negação -- Droga Achei que tinha sido tão fácil --
-- Eii, não é sua culpa. Vai ficar tudo bem -- Ela diz numa tentativa de me consolar --
Ver aquela cena de novo acabou comigo, se mamãe ainda estivesse viva teriamos aquela conexão? É oque me pergunto desde de que a vi novamente.
- Oh minha mãe, eu sinto tanto, eu sinto muito mesmo -- pensei ja sem forças --