~ POV ELIZABETH SINK
Caminhando pelo pátio da escola eu estava perdida, perdida em meus pensamentos. Sn não apareceu na escola hoje, mal dormi assim que a deixei em casa ontem.
A caminho da saída do local me deparo com a garota do outro lado da rua da escola. Ela olhava para o vasto dos carros e árvores, ventos e o barulho dos pássaros que ali voavam.
Corri em sua direção parando em sua frente.
-- Sn, eu não te vi na escola hoje, você está bem? -- Questionei --
-- Ja parou pra apreciar as pequenas coisas ao redor? -- A garota perguntou sem dar o mínimo de atenção a minha fala --
-- Oque? -- Perguntei. Houve uma pequena expressão de confusão em meu rosto --
-- As árvores, o vento.. -- Falou, e então vi que os mesmos atravessaram seus cabelos, jogando-os para trás, seus olhos castanhos como chocolate, labios rosados como morangos recentemente colhidos. Só então me dei conta, eu estava perdidamente e permanentemente apaixonada por Sn Clifford -- Tudo isso, são detalhes unicos -- Continuou -- Eles devem ser apreciados, a pessoa que joga o lixo no seu devido lugar, o jovem que ajuda o idoso a atravessar para o outro lado da rua, a mãe que ajuda sua filha a andar de bicicleta mesmo sabendo das consequências dos machucados e dos joelhos ralados -- Ela me olhou com um sorriso no rosto que foi capaz de deixar seus olhos pouco abertos por sua gentileza, o sorriso mais lindo e sincero que ja havia passado diante de meus olhos -- Afinal você não teria aprendido a andar de bicicleta sem que alguém que você confiasse não tivesse te soltado --
-- S-sn eu não entendo oque quer dizer com isso -- Estava muito confusa --
-- Ontem a noite eu sonhei com a mamãe, ela me disse pra deixar ela ir porque precisava descansar, pois estava a muito tempo presa a mim -- Seu sorriso e brilho se desmancharam -- Voltei ao passado e só então entendi que o mesmo não poder ser alterado, devido ao fato de que tudo acontece por um único propósito, tudo está como está, tudo é como é, tudo foi como tinha de ser -- Me olhou novamente -- Se não fosse por você com um choque de realidade, não sei oque seria de mim e de tudo isso, por isso, lhe devo minhas sinceras desculpas senhorita Elizabeth -- Ela estendeu sua mão para que eu apertasse a mesma e assim fiz --
-- Está tudo bem, afinal você é meio cabeça dura mesmo -- Brinquei e ela ri de forma que me fez acompanhar --
-- Vamos? -- Perguntou --
-- Pra onde? -- Questionei novamente --
-- Que tal pra uma pequena residência onde seus problemas não existem? -- Perguntou por cima, ja sabia que se tratava de sua casa na árvore --
Sorri e então entrelassando nossas mãos saimos dali.
<...>
O momento era bom, juntamos algumas guloseimas como barras de serial, jujubas e alguns morangos. Eu estava deitava em sua barriga enquanto lia um livro qualquer. Senti seu olhar sobre mim.