Capítulo II

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Antes de começar a leitura, gostaria apenas de informar que utilizei as aspas simples [ ' ] sem seguir a regra convencional, marcando pontos de ênfase mais intensa para que vocês possam ler e interpretar conforme a minha própria percepção. É apenas isso, boa leitura!

— ★

– Cara, eu já disse para você ver sobre esses seus descontroles do nada. Tá acontecendo com mais frequência essa bosta aí – Seu amigo começa a dar conselhos super cuidadosos após ouvir uma parte da história contada pelo moreno.

Eles já tinham chegado no dormitório há um tempo, tomaram banho, vestiram os seus pijamas e deram o início à sessão de fofocas que costumavam fazer. No entanto, desta vez, o foco estava em um rapaz visivelmente tenso e estressado.

– Não, valeu – diz deitado na sua cama, jogando uma bolinha para cima e para baixo para distrair a cabeça depois de uma tarde perturbada. – O pior nem é isso, ele sabe que fui eu que fiz o grafite no muro da escola.

– Nem ferrando! – Mike fala em um tom mais alto. – Eu te avisei para não fazer isso perto da escola, alguém iria te pegar.

– Mas ele não me viu, deduziu pela minha letra, e eu me entreguei sem querer – A bolinha é segurada e jogada para longe de Pac, que muda de posição, ficando de bruços na cama. Sua voz fica mais baixa a cada palavra que diz.

– Puta que pariu, você é burro, né, Pac? – As mãos do rosado vão para as têmporas, na tentativa de se acalmar com a burrice do amigo. – E aí? O que deu?

– Por enquanto nada, tenho que fazer ele ficar quieto com essa informação que é totalmente 'inútil' pra ele – Ele enfatiza "inútil," deixando claro que sua privacidade não é da conta do intrometido.

– Mas fi, que que tem você ser pego? Se te pegarem, no máximo, será detenção e um muro a pintar.

– O que que tem é que eu não quero ser pego, só nesse ano meu nome deve estar naquela lista de detenção umas vinte vezes, e dezenove foi contigo – O outro olha sério pro seu amigo que dá um sorriso amarelo – Você sabe que eu não sou o tipo que procura confusão, por mais que não pareça isso.

– Eu sei moço, estou aqui para te ajudar no que for possível. No entanto, se eu me envolver nessa disputa entre vocês, posso acabar complicando as coisas. Por isso, é essencial que você resolva isso por conta própria e de maneira civilizada.

– Ainda bem que você sabe – ri discretamente – Eu tento manter as coisas civilizadas, mas o parceiro do outro lado pode ser não ser.

– O Fit? Ele é a pessoa mais tranquila que existe, embora seja meio rigoroso com certas coisas, como 'pichar' muros. Mas, no geral, não é de morder.

– Espera, o nome dele é Fit? – Pac ajusta a sua postura, se sentando na cama – Não é o amigo que o Tubbo vive mencionando?

– Sim, o mesmo. Amigo do representante da sala dele também – Ele interrompe a conversa e aponta para o moreno. – Haha, você se fudeu mesmo!

– Aprecio muito o seu apoio por mim, Mike. Sério, não sei o que seria sem você – Ele revira os olhos. – Boa noite moço

E assim, rapidamente, mais uma noite se vai, dando lugar à terça-feira, enquanto um pensamento persistente ecoa na mente de Pac: "O que devo fazer?". Embora não estivesse excessivamente preocupado com a possibilidade de ser descoberto, ele não queria parecer ingênuo. Portanto, está disposto a participar dessa brincadeira, se necessário.

Decidido, ele se ergue da cama com a energia renovada, toma um banho rápido e, com o auxílio do seu amigo, enfrenta o desafio de colocar a sua perna mecânica, com certa dificuldade ainda. Adiantados, juntos dirigem-se ao corredor perto da sala.

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⏰ Última atualização: Jan 23 ⏰

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