The Archangel Michael.

Pov Miguel.

O passado estava me assombrando muito. Eu sempre me perguntava, o que fez o Lúcifer cometer isso tudo? O que fez meu próprio irmão surtar e literalmente tentar ser maior que nosso pai? Era o que eu estava me perguntando hoje, talvez com mais frequência.

Eu não aguentava mais ficar nessa maca deitado sem fazer nada, eu precisava agir e completar minha missão! Assim, provarei ao meu pai, o senhor dos céus, Yahweh que eu tenho muito mais valor do que qualquer arcanjo! Aliás, eu sou o Príncipe dos céus!

Mas...

Por que eu ainda sinto saudades do Lúcifer mesmo depois de tudo? Talvez seja uma pergunta difícil. Mas o motivo é simples: ele era meu irmão.

Eu estava sentado, comendo alguns cookies do hospital do Rafael. Não sabia que meu próprio irmão tinha um hospital tão bonito quanto esse, era incrível.

Rafael era o Arcanjo da cura. Ele cura os doentes. Não só os humanos, mas sim também nós anjos, que temos nossas fraquezas. Era difícil para mim acreditar que caí numa emboscada por um Arcanjo igual a nós, nossa irmã. Mas eu não ia abaixar a cabeça, eu vou procurar respostas sobre ela, e procurar o motivo de ela ter cometido tudo isso!

Enquanto eu lia alguns livros sobre "como pegar um inimigo" da biblioteca dos anjos, Rafael chegou com uma xícara de chá de hortelã.

"Aqui Miguel, chá de hortelã!"

"Para que isso?"

"Para você tomar, ué! Chás são muito bons para pessoas doentes ou machucados, são curáveis!" Diz Rafael, sorrindo com uma bandeja e em cima, o chá.

"Eu não preciso disso, preciso de respostas! Só quero melhorar logo e sair dessa cama idiota!"

"Então para melhorar, necessitas de um chá, certo?" Sorri Rafael, se aproximando de mim.

Eu recusava com a cabeça, pois não queria tomar chás idiotas ou ser tratado como um bebê, eu queria completar essa missão! Ela não está finalizada, e isso só me deixava mais nervoso.

"Melhor que tomar suco de morango, não é mesmo?" Rafael diz com sarcasmo, tentando me irritar. Ele sabia que eu não gostava de NADA sobre morangos!

"Que droga, hein!? Me dá isso logo!" Peguei o chá com raiva e bebia, era realmente bom, mas não me acalmava.

"E aí? Conseguiu alguma informação?"

"Ainda não... Mas irei achar! Eu sei que eu vou, eu sei."

"Claro, você vai irmão. Mas para isso, você precisa descansar primeiro! Ainda está fraco, não irei deixar você sair por enquanto."

Eu só aceitei, sabia que estava fraco. Suspirei, entediado. "Sim, eu sei, Ugh!"

"Eu posso te ajudar nisso. Não sirvo só como médico mas como lutador, todos nós!"

"E como você espera me ajudar?"

"Eu tenho um plano." Dizia Rafael, me deixando intrigado. E assim, provavelmente, finalmente eu seguiria um plano que não fosse o meu.