Capítulo 8

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"Um soco de encontro!"

Conseguimos convencer minha mãe de que aquilo que eu e Yusuke faríamos a partir daquele dia não foi fácil, ela queria me impedir, impedir a Yusuke também, no entanto, convencemos ela a deixar e não contei ao Yusuke sobre as vozes que eu estava ouvindo.

No mesmo dia, pedi para Botan me levar até Koenma que eu queria falar com ele, ela fez, mas falou que não poderia ficar comigo.

Mesmo com medo de altura, subo até a casa dele, ele está sentado na poltrona de frente para a entrada, ele me olha e sorri, caminho na sua direção, ele se levanta e sai de trás da mesa, subo os degraus e fico na frente do caldeirão com uma lava preta e estranha.

- Quero falar com você sobre os meus poderes. - começo a explicar, Koenma me olha e coloca as mãos na frente do corpo. - Ontem aconteceu uma coisa estranha, ouvi vozes a minha volta, varias vozes e sinto arrepios quando alguém que tem os yokais dentro deles ou os mortos. - termino de explicar.

Ele me olha com atenção, ele se aproxima do caldeirão.

- Seu poder é desconhecido até por mim, mas eu e Botan estamos investigando, no entanto, estamos com dificuldade. - ele explica. - As vozes que você escuta, no entanto, são as vozes dos demônios que tentam vir para esse lado do mundo, quanto mais forte um yokai é, mais as vozes e o arrepio são. - ele aponta para mim. - Isso explica o fato de você saber onde eles estão e como identificá-los, mas toma cuidado, Kurama é o mais forte deles, talvez o mais forte que já foi falado. - ele explica. - Ache ele e pegue o espelho, ajude Yusuke a pegar o espelho e os outros artefatos. - pede.

Concordo com a cabeça, olho para a gosma preta, meu reflexo fica se contorcendo pela gosma ficar se mexendo.

- Mais forte o yokai, mais os meus poderes vão reagir. - confirmo.

Olho para ele, que está me olhando, sorrio.

- Me avise quando souber de algo. - peço.

Ele confirma. Dou as costas, pisco e estou de frente para o restaurante da família da Keiko, Yusuke não está lá, Keiko está atrás da bancada, me aproximo da bancada e fico de bruços, ela me olha e sorri.

- Achei que você estaria com seu irmão! - ela afirma.

Reviro os olhos.

- Olha, eu não nasci grudada a ele. - afirmo.

Keiko sustenta o meu olhar, com um olhar de que a minha afirmação era mentira e ela sabia.

- Verdade, eu nasci grudada a ele. - confirmo batendo a mão na bancada.

- Eu não vi ele hoje. - ela comenta me dando as costas.

- Ele deve estar para aí, provavelmente matando tempo. - dou de ombros.

Um grupo de amigas mais velhas entram no restaurante falando alto, é impossível não ouvir.

- Ficou sabendo, das crianças no parque? - pergunta uma delas.

Minha atenção agora está totalmente nelas.

- Sim, é desastroso. - outra responde.

Keiko percebe que eu estou prestando atenção nelas, Keiko se aproxima delas para anotar os pedidos, ela sorri para elas.

- Desculpa, mais o que está acontecendo com as crianças? - Keiko questiona.

- Eles estão desmaiando misteriosamente. - uma mulher diz como se aquilo dissesse que eles já estavam mortos.

Lost Souls - KuramaOnde histórias criam vida. Descubra agora