Gatinho político - PARTE 1

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A campainha tocou às 19:00 indicando que Seulgi e seus pais chegaram. Jimin está no quarto, não saiu desde que voltou com Jungkook, não conseguiu olhar os pais, se o fizesse teria desabado dizendo que não quer isso, que dessa vez é diferente, que só aceitar esse namoro, agora vai o machucar e machucar outra pessoa. Nesse cabo de guerra, ele está sozinho, é mais fraco, o primeiro a cair.

O quarto, por algumas horas, se tornou o lugar mais seguro, estar com Jungkook dói pelo que está por vir, estar com os pais dói por serem responsáveis pelo que está por vir. Em seu quarto não segura o choro irritado e magoado, sempre foi dado a chorar por situações que o machucam, mas esse é sem controle algum, seguido de punhos cerrados.

Jimin não permitiu que o vissem antes, de verdade, da sua família até seu jeito manhoso, aos olhos dos outros ele chega a ser fútil, no entanto, se vê aos olhos de Jungkook, sendo ele mesmo, e é tão bom ser ele mesmo. Por isso a irritação e mágoa, quando poderá ser ele mesmo de novo? O que vai fazer quando Jungkook quiser sair dessa bagunça que entrou?

Era mais fácil não gostar de você, te olhar como um incômodo ao invés de olhar com carinho. Meu coração rejeita o mais fácil.

Se recompõe, não tem escolha. Toma banho, se arruma, ouve as vozes conhecidas e aponta na janela. Seulgi está sentada no sofá ao lado dos pais, com o cabelo solto, vestido preto e tênis branco, não demora para vê-lo lá e se encaminhar até ele.

— Vamos conversar? - Pede pegando a mão de Jimin, indo até seu quarto. — Vamos acabar com nosso tempo, Ji, não gostei nenhum pouco de ficar sem você.

— Sabe... - Senta na cama a olhando, parada na porta. — Você sabe que eu não posso te corresponder, não sabe? Seulgi, é errado...

— Eu sei! - O corta sentando ao seu lado. — Vou fazer você gostar de mim de novo, prometo, Ji. Não vou surtar pelo Jungkook, nem perseguir ele, se vocês são amigos tudo bem, sinto sua falta, você é diferente, me entende de um jeito diferente, não parece com os caras da escola. Não sou burra, sei o que estou te pedindo e como estou te pedindo.

— Não faz sentido, você pode ter alguém que gosta de você.

— Você sabe o que tem por trás disso, Jimin, não vamos nos fazer de cegos, não posso ficar com qualquer um, nem você. É o que temos, não é? Do que temos, escolho você. — Aperta a mão de Jimin e agacha na sua frente. — Vamos fazer isso dar certo.

— Tudo bem. - Ela está certa, dentro das limitações que tem, o que ele pode fazer? Escolher outra pessoa? Ainda não poderá ser quem quer.

Descem para a sala de mãos dadas, Jimin recebe de seu pai um olhar satisfeito e orgulhoso, já que ele tinha uma missão e essa foi concluída com sucesso.

— Estou feliz que tenham se acertado! — Diz, convidando todos para a cozinha.

O jantar foi servido de torta de climão acompanhada de sorrisos falsos. Apesar dos pais estarem falantes e contentes com os próximos eventos que poderão ir juntos, existe essa tensão no ar. Talvez seja a forma como Jimin não corresponde ao olhar de sua namorada, ou a mãe de Seulgi que não disse mais que cinco palavras desde que chegou, eles já jantaram juntos antes, mas algo está diferente.

 Talvez seja a forma como Jimin não corresponde ao olhar de sua namorada, ou a mãe de Seulgi que não disse mais que cinco palavras desde que chegou, eles já jantaram juntos antes, mas algo está diferente

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