Tom Riddle

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Ela sentiu os olhos dele sobre ela, observando cada movimento dela, como se estivesse preocupado com a possibilidade de ela fazer algo errado, bagunçando sua sala de aula. Não importa o que ela fizesse ou tocasse, os olhos dele a seguiam como uma sombra. Uma sombra costurada em suas botas, incapaz de escapar de seu chefe, aquele cujos comandos ela seguia cegamente.

“Espero seus papéis na minha mesa na sexta à tarde, não aceitarei nenhum atraso.” A voz do Professor Riddle encheu a sala, calando instantaneamente a boca de seus alunos conversadores. Todos os olhares foram atraídos para os penetrantes, olhando para o professor alto que agia como seu fosse deus, a divindade que eles teriam que adorar. “Se você tiver mais alguma dúvida, procure (s/n), ela pode te ajudar.”

Os olhos de (S/n) se voltaram para o professor, as mãos congelando no ar. Nem uma vez ele se dirigiu a ela daquele jeito na aula e disse aos alunos que ela poderia ajudá-los, escondida nos cantos escuros da sala, como se estivesse com medo de compartilhá-la com eles. Ela não conseguiu evitar que o calor a percorresse, os olhos forçados a voltar para o livro que ela estava folheando, destacando as páginas que ele havia pedido que ela preparasse.

“Vejo vocês na próxima semana.” Com suas últimas palavras ecoando pela sala, os alunos rapidamente se levantaram, começando a desaparecer da sala e do professor que todos temiam. Ele os observou sair correndo da sala, os lábios puxados em um sorriso quase satisfeito.

“Você encontrou as páginas, (s/n)?” Ele se encostou na mesa, os braços cruzados na frente do peito, não se importando mais com o punhado de alunos que ainda arrumavam suas coisas. Ela só conseguiu assentir, incapaz de olhá-lo nos olhos, não quando se lembrou da maneira como ele a tocou, nem mesmo doze horas atrás, mais uma vez encontrando conforto no toque um do outro.

Bem, talvez não se tratasse de conforto para ele, talvez se tratasse apenas de reivindicá-la, de possuir a jovem que havia ingressado em sua turma como estudante no ano passado e agora trabalhava para ele como sua professora assistente. Uma hierarquia de poder que ela sempre temeu, não ousando ultrapassar, pelo menos não até que ele desse o primeiro passo, sem lhe dar uma saída.

“Bom, venha ao meu escritório hoje à noite para que possamos nos preparar para a aula da próxima semana.”

••••

“Muito obrigado pela sua ajuda, (s/n).” Um sorriso tenso brincou em seus lábios, tentando manter distância do aluno que a havia encontrado alguns minutos atrás. Ela estava a caminho do escritório do Professor Riddle, carregando os livros que ele havia emprestado quando o cara a forçou a parar. Ele instantaneamente deixou cair suas perguntas sobre ela, sorrindo para a mulher já irritada.

“Claro, agora, se você me dá licença, preciso encontrar o Professor Riddle.” Ela queria se afastar dele, querendo desaparecer do aluno que a fazia se sentir muito desconfortável. Mas a mão dele disparou, os dedos envolvendo seu pulso para mantê-la perto. Sua respiração ficou presa no peito com o toque indesejado, os olhos piscando de seu pulso para suas pupilas escuras.

“Por que a pressa, (s/n)? Acho que ele pode esperar mais alguns minutos por você. Você não acha estranho como ele te trata? Como se você fosse algum brinquedo que ele possui." Sua garganta estava apertada, a boca seca demais para responder, querendo se livrar das mãos do homem, embora sem sorte. O aperto que ele tinha em seu pulso só ficou mais forte, deixando marcas que ela teria que cobrir nos próximos dias.

"Deixe-me ir, por favor." A risada do aluno foi abafada pelo som de passos que se aproximavam rapidamente, fazendo uma sombra aparecer atrás da moldura de (s/n). Instantaneamente o aluno soltou (s/n), tentando fugir da cena enquanto o Professor Riddle o encarava. Em segundos, o professor pressionou o cara contra a parede mais próxima, forçando (S/n) a ofegar.

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