Capítulo XVI.

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Capítulo dezesseis: My dear heaven

Escrita por @ 99bunny99

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O cheiro de alfa despertou o ômega.

Baekhyun virou seu corpo na cama, puxando o tecido do lençol até cobrir o rosto na tentativa de fugir dos raios solares que entravam através de sua janela. Quem tinha aberto as cortinas? O ômega tinha certeza que o lúpus sempre certificava de as deixar bem fechadas antes de sair para não lhe incomodar durante o sono — até porque dormir uma noite completa estava sendo difícil por conta dos enjoos e desconforto pela barriga —; e também, Chanyeol estava mais protetor e cuidadoso.

O ômega bocejou por baixo das camadas de tecidos, voltando a se sentir sonolento novamente. Se aconchegou melhor, relaxando o corpo, quando despertou por completo ao sentir o colchão afundar um pouco e o lençol que estava cobrindo seu corpo ser puxado com cuidado. Bastou poucos segundos para o blusão ao redor de si ser levantado levemente. Sorriu, sentindo o contato dos dedos gélidos do gêmeo em sua barriga e, logo em seguida, dois dedos afundaram, lhe provocando uma risada baixa. Baekbeom estava com aquela mania, era rotineiro ter o ruivo tocando em sua barriga e, quando não afundava os dedos, era o nariz, farejando o cheiro, algo que Chanyeol também costumava fazer. Ambos gostavam de sentir o cheirinho dos gêmeos em seu ventre.

Abriu os olhos, encontrando a cabeleira ruiva próxima de sua barriga. Baekbeom, assim que sentiu o olhar do ômega sobre si, se afastou e deitou ao seu lado na cama, estendendo o braço para o irmão usar como travesseiro. Poderia aguentar um pouco o cheiro do lúpus se fosse para observar a barriguinha volumosa do ômega. Baekhyun estava completando quatro meses e finalmente podia notar a protuberância dos gêmeos na barriga alheia, estava lindo.

Ao mesmo tempo que o alfa achava assustador o irmão estar grávido de gêmeos, era lindo, e daria sua vida para proteger aqueles bebês.

— Você tem um quarto — Baekhyun disse em meio a um bocejo.

— Eu sei — Baekbeom respondeu, cobrindo o próprio rosto com seu antebraço. — Mas estou aproveitando que o Cérbero deixou as portas desprotegidas e eu finalmente pude entrar e ver os gêmeos. Ele está monopolizando a sua barriga só para ele.

— Não chame o Chanyeol dessa maneira — Baekhyun bocejou novamente. — E ele não está monopolizando.

— Eu sei que ele tá, aquele desgraçado quer sentir o cheirinho deles e não me deixar nada — Beom resmungou. — Mas eu sou o tio, tenho meus direitos.

Baekhyun sorriu.

— E quais são eles? — Baekhyun balbuciou, mantendo os olhos fechados e aproveitando para se aconchegar melhor.

— Vários — respondeu. — Eu não vou conseguir listar todos de uma vez, para você ver a quantidade absurda de direitos que eu tenho, e você está com sono, então quando acordar eu digo para você. Pode descansar, Baekkie.

O ômega assentiu e com poucos minutos já estava entregue ao sono, e por já estar adormecido, não escutou o barulhinho que a porta do quarto fez ao ser aberta. Chanyeol encarou a cena com ternura, observando seu ômega com uma das mãos ao redor da barriga, mas assim que seus olhos focaram na imagem do ruivo, suspirou. Antes mesmo que pudesse fazer qualquer coisa, Beom ergueu a mão em sua direção e mostrou o dedo do meio, e sua vontade foi de puxar o alfa e o arremessar para fora do quarto, mas Baekhyun estava tão confortável contra o irmão que seria um pecado o mover e atrapalhar seu sono. 

My dear heaven [ChanBaek] Onde histórias criam vida. Descubra agora