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I wish i knew.
I wish i knew you wanted me.𖹭
O líquido rasgava sua garganta, como ele sempre fazia em todas as semanas. Era como um vício.
Venti estava bebendo. De novo. Era um mau hábito. Assim como o mesmo mordia a língua propositalmente antes de te contar aquilo.
Você tinha dito para Venti parar de beber, e assim o fez, ele parou por um longo período, por você. Mas agora ele não precisava mais evitar tudo aquilo, ele não tinha mais você com ele.
A paixão dele havia se tornado a paixão de outra pessoa. Você estava namorando.
A reação de Venti foi te desejar felicidades, mas por dentro, ele estava desejando a morte do pobre indivíduo que ficou ao seu lado.
Já era tarde demais.
Tarde demais para que ele pudesse fazer algo, qualquer mínimo movimento que te faça mudar de ideia.
Venti adormeceu ali mesmo, perdido entre seus pensamentos na bancada do bar de Diluc.
[...]
Ele acorda em um lugar familiar, estava de tarde. O sol batia por toda a extensão de seu peitoral pálido, os braços nus e a roupa amassada... Pelo visto ele passou o dia inteiro dormindo.
Olhando aos lados, ele estava em sua casa.
Venti conseguia sentir seu cheiro, conseguia lembrar dos momentos de vocês, ele conseguia sentir os momentos onde vocês se abraçavam porque você não havia conseguido ninguém que te amasse.
Ele te apoiou. Ele te ajudou em tudo que podia.
E é assim que você retribui?
Venti odeia quando alguém não é recíproco. Isso é um mal hábito.
O garoto se pega amassando o lençol com as unhas, enquanto sua mente tenta focar em qualquer coisa que não seja você ou seu estúpido namoro.
Os dentes rangem de raiva, e Venti se pega fazendo uma expressão ridícula no rosto, o que combinava com toda aquela situação. Venti achava ridículo não entender o sentimentos da pessoa que ama, mas hipocritamente ele estava fazendo isso nesse exato momento.
Uma figura aparece na frente de Venti, encarando ele com uma expressão surpresa.
Você, que carregava uma bandeja com o almoço dele.
- Pelo visto você acordou. - Sua voz ecoou pelo cômodo, fazendo o garoto acordar de seu sonho e levantando o olhar até sua direção.
- Hm, sim. - Uma resposta simples surgiu, seu rosto suavizou ao entrar em contato com você, apesar da raiva que ele estava sentindo, sua presença o fazia compactar seus sentimentos.
- Bem, eu... Trouxe algumas coisas pra você. - Você estendeu a bandeja, a colocando no colo de Venti. - Tem remédio pra ressaca e almoço, eu fiz pra você.
Venti pegou a bandeja cuidadosamente, tirando os cobertores de suas coxas para colocar a bandeja com mais precisão, você se sentou do lado dele na cama, observando-o.
Venti começou a comer como se nunca tivesse comido antes, era até satisfatório de se ver.
- Pelo visto estava com fome. - Você diz, os olhos do garoto não se concentravam nos seus, enquanto você encarava as pernas nuas seminuas dele.
Mas tudo que se pode ouvir é o silêncio que sua voz ecoou, o quarto quase vazio e o leve e suave canto dos pássaros lá fora.
- Devia me agradecer. - Você solta.
- Porque eu devia? - Venti responde rude, enquanto mordia um pedaço de frango.
- Seu estado naquela taverna estava deplorável...
- Ah. Sobre isso, me desculpe.
- Você tinha prometido. Por que fez isso?
O garoto ignora sua pergunta, e continua a mastigar seu frango.
- Você me ouviu?
- Sim. Eu ouvi. Mas você sabe por que estou assim? Quem me causou isso?
- Quem?
- Você. Você me fez beber de volta. É tudo sua culpa. Quando você precisou, eu te ajudei, mas agora quando sou eu, você não faz nada? Você é a causa do meu vício? Você era meu novo vício, [Nome], e você fez com que eu voltasse com tudo.
Venti empurrou a bandeja, logo sendo agarrado por [Nome], que o abraça forte.
- Venti... Me desculpa...
- Pelo quê? Eu só... Exagerei.
- Aquele cara que eu estava namorando, é um Fatui.
Venti rapidamente se soltou dos braços de [Nome], logo, encarando-(a/o) com reluto e preocupação.
- Fatui? O que você estava na cabeça?
- Venti, deixa eu explicar-
- Fala.
- Eu meio que fui obrigada, e seria só por um tempo..
O sorriso de Venti levemente cresceu.
- E então..? Vocês não estão namorando? - O bardo questiona com os olhos reluzentes.
- Não, estava mais pra um favor. Um favor que eu devia a ele. - Você diz, suspirando. - Mas, por que eu sinto que você está comemorando?
- Porque eu estou, oras. - Parecia uma pergunta indigna para Venti, "como essa estúpida não sabia?", se questionava o bardo.
- Venti... Faz um tempo que percebi que você me olhava demais. Me beijava demais, me sentia demais, me tocava demais. Eu... Sinto que você gosta de mim, e não só como sua mais pura amiga, mas como outra coisa. Você sente desejo por mim, não?
O bardo preferiu manter um silêncio, até o único som do colapso de seus lábios ecoar pelo quarto.
Eles estavam sozinhos. Só os dois no mundo.
- Parece que eu já respondi sua pergunta, não? - Venti empurrou levemente [Nome] contra a cama. Os lençóis brancos se abasteceram em volta de seu corpo, e o colapso macio entre sua silhueta e o colchão foi confortável.
- Sim, Venti. Quero ter uma noite com você. Esse sentimento é um mal hábito. O fato de eu te querer desde o início... É um mal hábito, com certeza.
[...]
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𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐋𝐈𝐅𝐄, 𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐋𝐎𝐕𝐄, genshin one-shots + imagines.
Fanfic── ⋆⋅𖹭⋅⋆ ── Bem vindos a... "𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐋𝐈𝐅𝐄, 𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐋𝐎𝐕𝐄". Aqui, tudo o que você sonhou e imaginou irá acontecer num piscar de olhos. Aproveite, e não se perca nos seus sonhos. Essa é uma coleção original de imagines e one-sho...