Exagerado

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"Exagerado, jogado aos teus pés, eu sou mesmo exagerado, adoro um amor inventado."

Cazuza - Exagerado.

A música invadia meu quarto, chegando até o banheiro, onde esse insano aqui tentava cantarolar ainda com a pasta de dente espalhada pela boca, parecia que essa música era escrita para mim, parece que cazuza, escreveu ela olhando nos meus olhos. Ok! Está bem, era delírio meu pensar isso, mas cada vez verso dela era descrita para mim.

Após meu pequeno showzinho de karaokê, não dar muito certo, fui trocar de roupa, e claro. Segunda-feira dia oficial de?

Vou deixar vocês completar.

- Will, o carro está pronto já. Disse aquela voz familiar do andar de baixo.

- Já estou descendo. Gritei enquanto me vinha pequenos flash da música na minha cabeça.

As pessoas que me conheciam dizia que eu era feliz, feliz até demais, que tempo ruim não fazia parte da minha vida, mal sabia elas. Mal sabia elas.

Parei diante de uma mesa linda de café da manhã, eu amava comida, comer e ler eram os meus maiores hobbies, não me entendam mal! Mas eu amava tudo que era relacionado a comida.

Peguei minha maça de todo o dia, absorvi um pouquinho de café e tomei meu suco de laranja com acerola, enquanto caminhava para o carro, não vi ninguém no meu caminho, qualquer pessoa para a qual eu daria um "Bom dia" ou até mesmo um "Tchau".

Abri a porta da sala e um carro preto longo com rodas cromadas, me esperava logo depois da varanda, família? Sim, eu tenho.

Meu pai, um dos magnatas da bolsa de valores, mas eu trocaria todo o dinheiro que ele ganhará, para quem sabe um dia tomarmos um café da manhã juntos.

Mãe? Espera... Ai as coisas complicam, eu não tinha mãe.

Meu pai era casado com um homem, sim! Homem, mas não era qualquer homem, era meu outro pai, se o magnata não me dava muita atenção, meu outro pai era somente carinho e chamego, também! Depois de anos tentando um adoção no Brasil, meus pais cansaram e foram juntos a Tailândia, onde me tiveram, dizem que eu tenho a aparência do meu primeiro pai, mas com certeza meu humor e meus olhos era do meu segundo pai.

Dois homens e eu. Falei que esse meu mundo era diferente.

A caminho do colégio, perdido em mais um dos meus livros do qual eu não sabia qual era o assassino, mas sempre desconfiando do mais fraco e indefenso, eu deveria ser detetive.

Antes de chegar ao colégio, fui buscar minha melhor amiga, Clarice. A menina de cabelos dourados, cujo os olhos de um castanho admirável, me causava inveja em dias claros.

- Clarice... Disse abaixando o vidro do carro, e soltando a garganta.

- Quer que eu vou chama-la Will? Disse o motorista? Levantando as sobrancelhas e me observando com sua aparente cara de "Homem Mal".

- Não precisa Rick, Eu vou ligar pra ela. Não demorou muito para que aquela doida me atendesse.

- Já estou na frente da sua casa, disse eu, enquanto observava o porta as sua casa.

- Eu ouvi seu grito, escandaloso. Completou ela bufando no telefone.

- Então anda, não quero me atrasar. Por favor! C-L-A-R-I-C-E, disse eu falando seu nome letra por letra.

-Will, se você não parar de me irritar...

- Anda, gritei novamente.

- Estou indo.

Esses olhos castanhos ( Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora