Epílogo

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Uma rua, uma saída.

A chuva que molhava meu rosto, descia lentamente pelo meu corpo, eu estava completamente ensopado, apenas observava a extensão daquela rua, parecia que não tinha fim, eu caminhava e nunca chegará a alugar nenhum, eu gostava da chuva, e toda aquela sensação que ela me trazia, meu corpo tremia de frio, não adiantava estar bem agasalhado, sendo que estava tudo molhado, e com o dobro do peso.

Aquela rua me parecia familiar, às casas com suas cores rústicas e sempre bem detalhadas, dentre as coisas mais loucas, era o que me chamava mais atenção naquilo tudo, e claro aquela rua sem fim.

Me deparei com alguém encostado em um poste, parecia alcoolizado, o seu cheiro era o seu delator, sua roupa estava velha e com alguns rasgados em partes que eu não compreendia como aquilo tinha acontecido. Na sua mão havia algo que brilhava intensamente, querendo se mostrar para mim. Eu cheguei a encostar no moço que ali estava caído, ele me parecia familiar, seus olhos fechados e um boné da Nike vermelho, não montava um figurino perfeito, mas sim um que o escondia de tudo.

Tentei movimentar o homem caído, para tentar retirado da chuva, já que chama-lo ou até mesmo movimentar alguma parte de seu corpo não deu certo, tentei ajudar ele a se levantar, quando ouço o tilintar de um anel caindo no chão!

Virei meu corpo e vi o pequeno anel caminhando lentamente da mão daquele desconhecido, tudo nessa cena parecia se movimentar devagar, meus olhos percorrem o caminho do anel, o seguindo até mesmo quando ele girou mais de duas vez em seu próprio eixo e por final parou a poucos metros de mim.

Um arrependimento bateu em mim quando, apanhei aquele pequeno pedaço de prata, tal qual cotinha apenas um nome. O meu nome!

Esses olhos castanhos ( Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora