❚ 07.

242 29 4
                                    

𝐀𝐒 mãos trêmulas de Lilith seguravam aquele celular em suas mãos com toda a força que lhe restava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


𝐀𝐒 mãos trêmulas de Lilith seguravam aquele celular em suas mãos com toda a força que lhe restava. Toda a alegria que a minutos atrás lhe preenchia parecia ter se esvaziado de sua mente tão rápido quanto entrou.

Ela sentia o corpo quente de Lana a abraçando, dizendo que iria ficar tudo bem, mas ela sabia que não iria. Internet é uma terra sem lei, e apesar de já ter passado por alguns cancelamentos, nada nunca foi comparado aqueles comentários.

Quando recebeu a notícia de que tudo havia parado na mídia, ela não tinha ideia da proporção que aquilo havia tomado. E quando falavam sobre os comentários serem absurdos, não mentiram, porque eles eram.

A O'Connell não esboçou nenhuma reação desde que Lana chegou em sua casa. Ela estava imóvel, não conseguia chorar mesmo que sua garganta doesse pelo nó que se formou ali.

—Está tudo bem, Lili?— A cantora perguntou pela primeira vez, fazendo um carinho nos cabelos dourados da amiga.— Eu sei que nada que eu diga vai amenizar a dor e a culpa, mas sabia que nada dali era verdade.

Se referiu aos comentários onde ofendiam a O'Connell de um jeito que ela nunca pensou que alguém se referiria a ela desse modo. Lana já havia passado por isso e sabe como dói ler tudo isso e as vezes, a vontade de desistir é maior.

Ela sabia que um dia Lilith iria passar por isso, mas não desse modo... Não depois de fazer sucesso com o evento, não depois de ter uma das melhores notícias de sua vida e não quando seu filme está para ser gravado. Porque, querendo ou não, tudo isso mancha a imagem de alguém.

—Como esse dia se tornou o pior em apenas algumas horas?— Sua voz trêmula e chorosa indicava seu estado, deixando Lana mais preocupada.

—Ei, não é sua culpa.— Lilith negou, rindo com ironia.

—Sim, é sim.— Suspirou cansada.— Fui eu que levei ela pra casa, eu que conversei com ela no bar como se ela não tivesse comprometida...

—Você não sabia.— Alegou.

—Tinha que saber. — A O'Connell se apertou mais contra a amiga.— Como que ela não teria namorado? Isso tudo é minha culpa. E o pior, não sou a única afetada nisso tudo.

—Lilith...

—Taylor está recebendo o triplo desses comentários ofensivos por minha causa. Eu causei tudo isso, mereço isso.

—Tenho certeza que Taylor discorda.— Respondeu.— Vocês precisam conversar.

—Ela provavelmente nem vai querer olhar na minha cara depois de tudo...— Depois de tocar no nome da cantora, a primeira lágrima caiu no rosto da atriz. Seguida de outra, e mais outra e foi só questão de tempo para a garota chorar de soluçar nos braços da Del Rey.

—Ela não é assim, Lilith...— Respondeu, mesmo ficando sem uma resposta. E ela não se preocupou com isso, e sim se preocupava em abraçar mais fundo a amiga.— Vamos, você precisa de um banho enquanto eu faço panquecas de chocolate. Precisa esquecer essa história.

we never go out of style, taylor swift Onde histórias criam vida. Descubra agora