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point of view | Rogério Caui
Sexta 18:32

alguns dias depois

Eu estava na frente da agência que a bel trabalha esperando ela sair do trampo para irmos para a casa.

Hoje vai ter uma resenha e nós já marcamos presença. Vi a bel sair do lugar com um cara e logo depois ela entrou no carro.

- oi japonês -

- eai mano - olho no restrovisor e sigo o caminho -

- como foi sua semana? - a garota puxa assunto -

- foi tranquila e a sua? -

- bem corrida, tô bem animada pra hoje -

- animada por que?é uma resenha igual as outras -

- porque eu tô com saudade de ver todo mundo -

- o doprê entra nesse "todo mundo"? -

- sério que já vai começar? não tô afim de brigar com você -

- foi mal - ela fica quieta - tô um pouco estressado hoje -

- percebi, não me deu nem um beijo -

- eu não quis ué - falo já sabendo que ela ficaria puta comigo -

- mano? eu não tenho nada a ver com porra nenhuma dos seus problemas Apollo - a garota fala e eu dou risada -

- tô brincando amor - paro no sinal - eu amo te provocar - seguro o rosto dela e deixei vários selinhos nos lábios da garota -

- você é um babaca - recebo um tapa no braço -

- sou nada, você trouxe roupa né? -

- claro, trouxe tudo que precisava já -

o caminho não era longe mas o que impedia de chegarmos mais rápido em casa era os semáforos e o trânsito

- puta que pariu mano - encosto minha cabeça no banco ao ver que o sinal fechou na hora -

- calma japinha, tá muito estressado - bel passa a mão no meu cabelo e deixa um leve arranhão na minha nuca -

- mano se ficar marcado você tá fudida - ela ri e eu coloco minhas mãos na coxa da garota apertando o local -

voltei a atenção para o trânsito e alguns segundos depois o sinal ficou verde

- amém -

Fomos para a minha casa e quando chegamos já era 19:10, estávamos muito atrasados pois a festa começava às 19:30.

Tomei banho primeiro porque a Isabel demora mil anos no banho e enquanto ela banhava escolhi minha roupa.

Coloquei uma camiseta preta, shorts na mesma cor e um air force branco. Como eu já estava com uma correntinha prata só coloquei o relógio no pulso e tomei outro banho, mas dessa vez era de perfume.

Bel saiu do banheiro e ela estava surreal, jotapê que me desculpe mas que irmã gostosa.

- baba menos japinha - ela ri percebendo meu olhar sobre a mesma - gostou? -

- se eu gostei? porra cê tá muito gata -

coloquei as mãos na cintura dela e deixei um selinho em seus lábios, desci o beijo para o seu pescoço e subi as mãos até seus cabelos puxando com cuidado.

- Apollo - ela curva o pescoço e sinto a minha nuca ser arranhada -

- caralho, você tá surreal bel -

- não tenho mais palavras pra você - ela fala e se afasta de mim - preciso terminar minha maquiagem-

- por mim quanto mais demorar está ótimo -

- se você não quer ir é só ficar em casa - ela passa um pincel na cara e eu fico atrás dela segurando sua cintura - você tá me desconcentrando Apollo -

- você acha que eu vou deixar você ir pra essa resenha sozinha Isabel -

- e por acaso eu tenho dono? se fecha mano -

- tem, tá atrás de você - dou um beijo na bochecha dela e a garota ri -

- você é muito possessivo cara, tenho medo de você -

- mas você que me dá motivos pra ser assim -

- eu não, não me envolve nas suas loucuras -

Bel finalmente terminou de se arrumar e fomos para a casa do doprê, seria uma resenha só com amigos então era só a nossa panela que estaria lá.

Quando chegamos cumprimentei ele e dei um salve no geral, não gostei do jeito que Pedro cumprimentou a bel mas tive que manter a postura, como ela disse, não tem dono. Ainda!

esse japa vai dar um trabalho pra bel
tenho até dó

Irmã do Jota | Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora