Two-shots - Lixx

Part I

Saímos do palco, indo direto para o camarim.

-ai caramba, eu estou morto! — faço drama me jogando no sofá de couro no canto da sala.

-mortos não falam, Tommy. — diz o baixista, Nikki, enquanto retocava sua maquiagem no espelho.

-mano, por quê você tá retocando a maquiagem?? são quase 3 da manhã, cara, a gente não vai ter mais show hoje. — exclama Vince com as mãos nos quadris.

-porque e-

-porque ele é gay. — falo de uma vez, os braços apoiados no encosto do sofá um de cada lado. Cruzo as pernas.

-aham, sei. olha quem fala, filho da mãe! — brinca o baixista vindo até mim após acabar a maquiagem, e se senta de lado com as pernas esticadas no meu colo. — gay é a sua mãe! eu sou mais hétero que o Vince!

-como é?

-aff, vocês querem fazer o favor de calar a porra da boca um segundo?? — interrompe Mick. — eu não sou pago pra ficar escutando assunto de menininha, não..

-eu aposto que você não consegue ficar 1 minuto me encarando sem querer beijar essa boquinha linda aqui ó! — digo o provocando com um sorriso malicioso no rosto enquanto fazia bico para o mesmo.

-ah, cale a boca, Tommy! — ele vira a cara, evitando me olhar e metendo o dedo no meu rosto, me empurrando para trás.

-vem calar, ô gay.. — dou um sorrisinho me aproximando dele como se fosse o beijar, de brincadeira, claro.

-eu não sou gay, seu verme...

E começamos a se estapear que nem briga de criança. Nikki era meu melhor amigo, ou melhor, mais do que isso. Nós nunca abandonávamos um o outro, nunca..

Então após um tempo jogando conversa fora no camarim, nós fomos cada um para a sua casa.
Com excessão do Nikki, que foi comigo à um bar ali perto.

Chegando no bar, nós pedimos dois copos de limonada e depois colocamos vodca para o gosto ficar ainda melhor.

Nós ficamos muito bêbados, até que o Nikki sugeriu dele ir dormir lá em casa, e eu deixei. Até por que, nós éramos melhores amigos e ele já havia me visitado muitas vezes, então o que poderia acontecer de tão diferente agora, né??