Cap 17 - Meu maior pesadelo

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Naya pov.

Eu não sei por quanto tempo chorei nos braços da Heather mas acabei pegando no sono. Acordei sentindo todo meu corpo queimar e arrepiar. Meus olhos doíam pra abrir e quando percebi, estava no sofá encolhida e Heather dormia sentada do meu lado.

Tentei não fazer barulho e me levantei aos poucos. Não demorou muito até que eu entendesse o porque de ter dormido por ali. Avistei um teste de gravidez próximo a mim e nele estava escrito "grávida 3+". Eu me sentia vazia, meu coração doeu ao bater.

Aquilo era um sonho ? Ou melhor, um pesadelo ? Como assim gravidez ? Não quis mais olhar pra aquele resultado, peguei e o levei pro meu quarto, foi quando abri a porta e me dei conta de que os meninos ainda dormiam por ali.

Na ponta do pé andei até o closet e escondi o teste numa última gaveta.

Aproveitei também pra pegar uma calça leg preta e um casaco preto, um óculos de sol e uma sandália preta que comprei da Prada.

Me vesti do quarto de hóspedes e subi pra uma área mais restrita da cobertura na qual eu estava morando. Lá tinha uma espécie de sala com varanda, a vista era ótima, e aproveitei pra me encolher mais uma vez num sofá que ficava do lado de fora.

Minha vida mudou de forma drástica nesses últimos meses. Eu não conseguia entender como me permiti viver tantas coisas, que por alguns momentos pareciam ter sido boas, mas me levaram ao meu pior pesadelo, a gravidez.

Senti que iria chorar e liguei pra minha mãe. Ela não atendeu e achei estranho já que sempre me atende no segundo toque. Mas também imagino como ela deve estar cansada. Deixei a ligação pra lá e minha mente me levou pra o que eu não queria.

Comecei a calcular possibilidades de quem seria o genitor do feto que ocupava meu corpo, e todos os cálculos só batiam nele, em Thiago.

Pior do que ser abusada fisicamente, é engravidar do cara que te machucou, te bateu, te feriu. E saber que eu carregava algo fruto daquele relacionamento tosco que tive com Thiago, me embrulhava o estômago.

Após mais ou menos 1h lá em cima, recebi mensagem da Heather, ela dizia que tinha acordado e não me encontrou pela casa, então eles resolveram ir pra casa e mais tarde voltariam lá pra me ver. Me perguntei se ela não perguntou aos meninos, ou se eles não tinham observado a escada que levava pra esse segundo andar, mas parece que todo mundo ainda estava meio bebado.

Respondi a mensagem e em encolhi de novo, eu não queria sair dali, eu só queria minha mãe.

Acabei pegando no sono de novo e acordei por volta das 16:00hrs com o desconforto da posição e do enjoo. Resolvi descer e tomar um banho.

Quando cheguei no banheiro, corri pro vaso e coloquei todo álcool do dia anterior no vaso. Que nojo!

Tomei um banho gelado e coloquei uma roupa quentinha. Minha intenção era ficar em casa. Até sentir um estranho desejo de comer uvas com leite condensado. Fui até minha geladeira e não tinham uvas. O desejo era surreal, então decidi ir num mercado que ficava na rua ao lado do meu condomínio.

Peguei meu celular e o cartão de casa. Não iria de carro, era literalmente na rua ao lado e apesar de ser um bairro quieto, que mal teria ?

Desci o elevador ainda enjoada mais desejando muito as uvas, chegava a salivar.

- Boa noite - Falei quando passei pelo porteiro do meu prédio, e o senhorzinho retribuiu com um sorriso.

A rua estava realmente quieta, apesar de ser um sábado a tarde. Fui andando pelo canto do muro que ainda era do meu prédio e foi então que senti uma forte pancada na cabeça e desmaiei.

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⏰ Última atualização: Jan 23 ⏰

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Nós Quatro - Naya RiveraOnde histórias criam vida. Descubra agora