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São quase duas da manhã e você continua se mexendo na cama. Aparentemente nunca consegui encontrar a posição perfeita para dormir. Alguns lugares estavam muito frios, outros muito quentes e o resto simplesmente não parecia certo. Você se sentiu sozinho nesta casa; sempre pareceu tão vazio. Infelizmente para você, seu quarto também nunca fez você se sentir melhor.
Você estava prestes a se levantar e se preocupar com alguma coisa quando ouviu uma voz familiar chamando seu nome.
"Tate?" você grita, mas não o vê em lugar nenhum: "Onde você está?" Você não é agraciado com uma resposta, entretanto. A única coisa que você consegue é um riacho e um mergulho na sua cama para avisar que ele está aqui.
Você está completa e totalmente confuso, mas ainda pode sentir que algo está acontecendo. Ele geralmente não fica invisível perto de você. Você se vira para encarar o local onde você supõe que ele está e tateia. Você franze a testa quando não consegue sentir ninguém ali.
"Tate..." você murmura de novo, mas desta vez sua voz é um pouco mais apologética e sonolenta.
É quando você sente um par de braços envolvendo você e uma cabeça pressionando seu pescoço. A sensação mal existe, mas seu quarto parece muito mais quente e confortável agora. Vocês dois ficam assim por alguns minutos ou horas. Nesse ínterim, você começou a brincar com o cabelo dele - ou com o que você pensava ser o cabelo dele, mas ainda não conseguia vê-lo. A ação repetida começou a embalar você para dormir quando você sentiu os braços ao seu redor começarem a ficar mais pesados e o cabelo escorregando por entre os dedos parecia mais cheio.
Você olhou para ele com os olhos semicerrados e foi então que finalmente o viu, com suéter listrado verde e tudo.
"Desculpe por te acordar. Eu só não queria ficar sozinho agora." Ele parecia exausto e você se sentiu péssimo por ele. Você sabia o quão isolada e emocionalmente desgastante esta casa poderia ser.
"Ei, não se desculpe. Você pode entrar quando quiser. Você nunca é um incômodo." Você dá a ele um sorriso reconfortante e acrescenta: "Na verdade, adoro ter você aqui. Faz com que o quarto pareça muito mais seguro." A maneira como ele congela levemente com a afirmação passa despercebida por você porque você está muito ocupado bocejando e voltando a dormir. Ele apenas cantarola e se aproxima de você - você jura que pode sentir o sorriso dele fantasmagórico sobre sua pele. Você recebe o toque de braços abertos, literalmente.
Antes que qualquer um de vocês perceba, você está apagado como uma luz. Sua respiração se acalma e seus membros relaxam na cama. Mas não antes de dar um beijo suave no tufo de cabelo fofo à sua frente.
