prólogo

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- BEM VINDOS A HOGWARTS -
-☆-

Setembro de 1991

      O céu brilhava como nunca no salão principal de Hogwarts, as milhares de velas que flutuavam no ar relusiam uma luz capaz de iluminar todo o espaço, deixando aparente os rostos intusiasmados de todos os alunos, principalmente dos primeiristas.

        Harry estava maravilhado com a magia e a beleza do salão, entretanto estava nervoso com o tal teste surpresa para as casas de Hogwarts. Antes que pudesse pensar muito, a Professora Minerva McGonagall silenciosamente andou pelo palco e colocou um banquinho diante dos alunos do primeiro ano, acima ela pôs um chapéu pontudo e velho.

        Os burburinho começaram a todo vapor, risadas dos já veteranos vendo os rostos pequenos e assustados, dúvidas de qual a melhor casa, e claro, os gritos do Zelador Filch mandando todos calarem a boca.

        O silêncio tomou Hogwarts no momento em que o esquisito chapéu se pôs a cantar, uma música extensa e desafinada apresentava a todos sua grande função. O renomando Chapéu Seletor dividia os novos bruxos em quatro casas, Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Quando finalmente a música acabou, o salão explodiu em palmas e Logo Minerva tomou a palavra.

- Quando eu chamar seus nomes sentem no banco, vou colocar o chapéu em vocês e após a seleção se dirijam a mesa de suas respectivas casas. Ana Abbot!

-Então só teremos que colocar o chapéu - cochichou Rony ao Harry com muito alívio, mesmo que os dois continuassem apreensivos por não saberem em qual casa irão.
       
        A seleção começou e a animação no salão crescia cada vez mais, cada novo membro nas casas é recebido com uma grande festa, principalmente na mesa da Grifinória, onde dois ruivos adoravam arranjar qualquer desculpa para deixar McGonagall louca. Harry mesmo que com medo, soltou uma leve risada ao ver seu novo amigo Rony ser abraçado pelos seus irmãos ao ir para a Grifinória, por um momento ele desejou ir para o mesmo lugar que o amigo.
       
-Harry Potter!
       
-Ela disse Potter?
       
-É ele? É Harry Potter?
       
        Harry correu até o banquinho se sentando apressado, queria terminar logo com esse sofrimento. Antes do chapéu cobrir seus olhos ele viu os vários rostos curiosos o observando. Logo uma voz grossa preencheu seus ouvidos.
       
– Difícil. Muito difícil. Bastante coragem, vejo. Uma mente nada má. Há talento, ah, minha nossa, uma sede razoável de se provar, ora isso é interessante... Então, onde vou colocá-lo?

Harry apertou as bordas do banquinho e murmurou baixinho "Sonserina, não, Sonserina, não".

– Sonserina, não, hein? – disse a vozinha. – Tem certeza? Você poderia ser grande, sabe, está tudo aqui na sua cabeça, e a Sonserina lhe ajudaria a alcançar essa grandeza, sem dúvida nenhuma, não? Bem, se você tem certeza, ficará melhor na GRIFINÓRIA!

        Harry caminhou devagar a até sua mesa, recebendo baixinhas nas costas e boas vindas. Ele estava tão aliviado por ter escapado da sonserina, afinal ao chegar no castelo conheceu um menino magrelo e pálido que com certeza seria uma desprezível companhia, que nem percebeu o grande alvoroço se formando. Os Gemios Wesley pulando pelo grande salão ao som de "Ganhamos o Potter! Ganhamos o Potter!". Ao se sentar na mesa do lado de Percy Weasley, o monitor, Harry percebeu que conseguia ter melhor visão da grande Mesa Principal, ele reconheceu Hagrid, o meio gigante que o buscou na casa dos tios, sentado em uma das beradas da mesa, também viu um bruxo barbudo de nariz torto sentado bem ao centro em uma cadeira dourada, era o Diretor Dumbledore, também havia o Professor Quirrell que conheceu no Beco Diagonal.

        Perdido em seus pensamentos Harry nem notou quando a seleção acabou e que o diretor já estava em pé.
       
– Sejam bem-vindos! – disse. – Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas: Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão! Obrigado.
        E voltou a se sentar, a mesa agora estava cheia dos mais variados tipos de comidas, desde galinha assada até torta de abóbora.
       
– Ele é... um pouquinho maluco? – perguntou, perplexo, a Percy.
       
– Maluco? – disse Percy, despreocupado. – Ele é um gênio! O melhor bruxo do mundo! Mas é um pouquinho maluco, sim. Batatas, Harry?
       
        Todos no salão se deliciavam com o imenso banquete. Era possível ouvir de longe Sr. Nicolas, o fantasma da Grifinória, se lamentando sobre seus 400 anos sem poder comer.
       
-Estou tão animada para começar as aulas, tem tanta coisa para a gente aprender, estou muito interessada em Transfiguração, sabe, transformar uma coisa em outra, claro, dizem que é muito difícil; mas começa com... - Hermione continuou a tagarelar enquanto Harry se distraiu observando ao seu redor. Na Mesa Principal Hagrid tomava um grande gole de sua taça. A Professora Minerva conversava com o Dumbledore. Quirrell, com aquele turbante enorme, conversava com um professor de cabelos negros oleosos, nariz enorme e olheiras profundas, com eles também havia uma professora de cabelos longos castanhos, olhos pretos e unhas enormes.

        Foi derrepente, o olhar do professor de nariz grande passou pelo turbante de Quirrell e se fixou nos olhos de Harry, e uma pontada aguda correu pela cicatriz de Harry.
       
– Aí! – Harry levou a mão à testa.
       
– Que foi? – perguntou Percy.
       
– Hum... nada.
       
A dor se foi com rapidez. Mas, foi difícil se livrar da sensação que Harry teve sob o olhar do professor, uma sensação de que ele não gostava nada de Harry.
       
- Quem são aqueles do lado de Quirrell? – perguntou a Percy.
       
- Aquele é o Professor Snape. Ele ensina Poções, mas todo mundo sabe que ele quer mesmo é o cargo de Quirrell. Conhece um bocado as Artes das Trevas, o Snape. E ao lado dele é a Professora Kostrova. Ela dá aula de feitiços, uma bruxa brilhante, começou a ensinar uns três anos depois de se formar, ela e Snape chega... - O discurso detalhado de Percy foi interrompido pelos gemios que se lançaram cada um em um lado de Harry.
       
- Dizem que eles são casados desde os quatorze anos - George exclamou roubando a bomba de chocolate de Harry.
       
- Eu ouvi que eles apenas namoram e juntos tem uma quadrilha de sequestro de trouxas para testes científico - agora era Fred quem falava em sussurros como se estivesse contando um enorme segredo - usam Elfos domésticos e tudo.
       
- Como se uma professora tão legal como ela fosse ficar com o ranzinza do Snape - uma garota negra de olhos de mel que estava ao lado de Fred se intrometer na conversa - E fala sério, olha para ela é tanta beleza que facilmente a confundiriam com uma Veela, ela não ia ficar com ele, existem limites até no mundo bruxo.
       
- Isso não é parâmetro, pois olhe para Percy e a... - George foi interrompido por pedaço de pão que voou em sua direção jogado pelo irmão mais velho, mas antes que o mesmo começasse a xingá-lo Dumbledore começou a falar.
       
– Hum... só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos. Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês. Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta. O Sr. Filch, o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas. Alem disso, os testes de quadribol serão realizados na segunda semana de aulas. Quem estiver interessado em entrar para o time de sua casa deverá procurar Madame Hooch. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa.
       
        Harry observou a expressão estranha no rosto da Professora Kostrova, a mesma parecia assustada e não parava de esfregar as mãos no cabelo, seus olhos piscavam rápido e sua respiração estava igual a dele quando corria de Duda e sua amigos. Harry desviou o olhar quando a professora saiu do transe e o olhou.
       
– E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola! – exclamou Dumbledore. Harry reparou que os sorrisos dos outros professores tinham desaparecido. -Escolham suas músicas favoritas e cantem!
       
        Todos terminaram a música em tempos diferentes. E por fim só restaram os gêmeos Weasley cantando sozinhos com uma lentidão desanimadora. No fim o salão sacudiu em palmas.
       
– Ah, a música – disse Dumbledore, secando os olhos. – Uma mágica que transcende todas que fazemos aqui! E agora, hora de dormir. Andando!
       
        Depois de esperarem alguns alunos sairem, os novos membros da Grifinória seguiram Percy até a saída do Salão Principal, antes que pudessem chegar as escadas foram interrompidos por uma doce e alta voz os chamando. Harry viu a Professora Kostrova desviando dos alunos no salão até chegar as grandes portas.
       
- Vim desejar boa sorte aos meus futuros alunos de feitiço - Harry achou o sorriso da bruxa reconfortante, era como se algo dentro de si esperasse por isso sua vida toda. - Sou a Professora Kostrova, Galena Kostrova e tenho certeza que iremos aprender muito juntos.
       
        Ela deu uma última olhada por todos os alunos, afagou os cabelos de Neville, já que o mesmo estava ao seu lado, e fez uma pequena reverência com a cabeça os dispensando. Percy agradeceu a Professora e logo voltou a subir as longas escadas sendo seguido pelos primeiristas. Antes de o seguir, Harry se virou novamente a professora percebendo que ela permanecia no mesmo lugar.
       
- Bem vindo a sua nova casa pequeno Potter, agora você está no lugar certo! - A Professora exclamou com os olhos brilhantes de lágrimas com um pequeno sorriso emocionado no rosto e finalmente seguiu seu caminho.

        Harry Potter não entendeu o que a professora quis dizer, mas não achava que a mesma estava se referindo a Grifinória. Era muita coisa para assimilar, ainda mais quando se está com sono, pensou ele. E correu até Percy.

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Agora sim, que comece "O Retorno"!
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Return - Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora