Um dia quente de verão, que trouxe consigo uma leve chuva que se misturou perfeitamente com o som doce do café. Os leves sons se misturam em uma melodia única e junta duas jovens com suas próprias paixões, mas que se interligavam em algo idêntico:
A...
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O cheiro levemente amargo do café misturado com o "cheiro" de terra molhada, o típico cheiro que sentimos durante e após uma chuva, era um calmante natural. Em um canto do estabelecimento, havia uma jovem que sempre estava naquele mesmo local, no mesmo horário, em sua mesa tinha uma pequena xícara de porcelana cheia de café, o vapor quente ainda subia no ar, mostrando que continuava quente. Segurava seu livro na mão esquerda, o lado direito do seu fone pendia pelo fio, misturando de forma graciosa os barulhos do ambiente com o da calma música que tocava em volume baixo.
A jovem era Choi Jisu, universitária, às vezes ia para o estabelecimento para estudar, outras somente para aproveitar um momento calmo com uma boa xícara de café enquanto lia alguma coisa. Seu cabelo era longo e escuro, amarrado por um rabo de cavalo bem arrumado. Seus olhos demonstravam tranquilidade, mas transmitia um certo brilho hipnotizante. Usava um suéter de mangas longas amarelo, acompanhado de uma calça branca que ficava um pouco folgada em alguns pontos, mas era confortável e quentinho, e um tênis branco. Sua mão direita, que estava desocupada, alternava entre levar a xícara até seus lábios e apoiar sua bochecha, concentrada em sua leitura.
No outro lado do estabelecimento, tinha uma outra jovem, quase dois meses mais velha que a anterior, Hwang Yeji. Sua mesa apoiava seu notebook, um caderno básico com a capa preta, um lápis e uma caneta. Abafava os sons do seu redor com um enorme fone de ouvido, sua xícara de café estava ao lado, mas longe o suficiente para não causar algum "acidente". Usava uma camisa preta de mangas curtas, uma calça jeans preta com pequenos rasgos no joelho e um coturno preto simples.
Seu rosto carregava uma expressão séria e de concentração, mas seu rosto tinha traços que mostravam o quão gentil e amável ela era. Seus lábios estavam apertados em um biquinho, mostrando sua dedicação e atenção. Estava desse mesmo jeito há quase uma hora, tinha perdido a conta de quantos cafés pediu. Ela gostava do ambiente, era calmo e uma boa dose de café ajudava na concentração, por isso virou uma cliente afinca da cafeteria, e também, a atendente do lugar era sua amiga.
Duas clientes frequentes da mesma cafeteria, nunca conversaram muito apesar de viverem se esbarrando uma com a outra. Elas não tinham só a paixão por uma boa xícara de café em comum, elas tinham mais uma paixão em comum.
A paixão que nutriam uma pela outra secretamente.
Os únicos momentos em que desviavam sua atenção de suas próprias atividades, eram os momentos em que procuravam uma pela outra dentro do estabelecimento, ficando até mesmo um pouco acanhadas quando seus olhos se encontravam ao mesmo tempo. Não sabiam ao certo quando isso começou, só tinham certeza de que não iria desaparecer tão rápido. Não sabiam como se aproximar sem parecerem completas idiotas, ou como começar alguma abordagem de forma natural. O medo de acabarem sendo rejeitadas era grande o suficiente para impedi-las de tentar. Quando as pessoas sabiam o quão humilhante era não só ser rejeitado, mas também humilhado, sentiam suas mãos um pouco atadas nessas situações. Preferiam não passar por aquilo novamente.
