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point of view. 📱
Liz e eu estávamos terminando o café da manhã, enquanto eu compartilhava todas as fofocas do dia anterior com ela. Quando mencionei que acabei tomando um remédio ao qual sou alérgica, Liz me advertiu, e de repente surtou quando contei que foi o Javon quem me ajudou.
— Quer me deixar surda? Sim, foi ele. Ele ficou comigo na enfermaria. - Respondi após o grito exagerado da garota, notando um sorriso malicioso surgir em seus lábios. — O que foi?
— Nada. - Deu de ombros, ainda sorrindo de forma travessa.
— E esse sorriso aí? - Arqueei uma sobrancelha, desconfiada.
— Só achei fofo ele ter ficado ao seu lado.
— Ah, para, não foi nada demais. - Revirei os olhos, tentando disfarçar o rubor que ameaçava subir pelo meu rosto, e voltei a comer minha panqueca.
— Eu no seu lugar, ia ficar bobinha, bobinha. - Disse ela, e eu dei uma gargalhada. — Não é sempre que um garoto demonstra tanta atenção assim.
— Acho que ele apenas foi gentil e me ajudou, nada além disso. - Tentei simplificar. — Esse seu espírito de fanfiqueira está a mil, né?
— Sempre esteve, na verdade. - Ela riu, revelando um pouco mais de seu lado sonhador.
— Sinto lhe dizer que essas suas teorias não vão virar realidade. - Comentei, com um tom de lamentação.
— Por que não?
— Porque é impossível duas pessoas que se conheceram a três dias começarem a se gostar!
— Quem sabe? Às vezes o destino gosta de nos surpreender. - Liz deu de ombros, mantendo seu ar sonhador, coitada.
— Sonhar não custa nada, mas a realidade pode ser bem mais dura do que nossas fantasias. - Retruquei, sorrindo de lado. — Acho melhor ir cortando essas asinhas e mantendo os pés no chão, antes que saia voando para longe.
— Ai, Sophia, você é muito cética! O amor pode surgir nos lugares mais inesperados, sabia?
— Eu tenho apenas 17 anos, preciso de notas boas, não de relacionamentos.
— E você está certa! Porém, também não faz mal dar umas beijoquinhas na boca, deveria experimentar. - Ela disse e eu fiz uma expressão de nojo.
