Prólogo

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Com a morte vem a paz

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Com a morte vem a paz...

...Mas a dor, é o preço de quem vive

~ 1918~

TUDO ESTAVA COMPLETAMENTE escuro, eu apenas corria desesperada por aquela floresta, não podia deixar me encontrarem novamente.
Mas minha visão começa a falhar, assim como meus sentidos me abandonavam em alguns momentos, tive que parar.
Me escorei numa árvore qualquer e minha cabeça girava, meu corpo ardia por completo, eu sentia que a qualquer momento perderia a consciência, o que não demorou muito para acontecer.

Ao abrir lentamente meus olhos, me deparei com um par de olhos vermelhos brilhantes me encarando.

— Não...por favor! Eu não aguento mais! — Implorei com lágrimas nos olhos, enquanto torcia para ser um pesadelo, que tudo tivesse sido um pesadelo.

— Calma garotinha, não irei te machucar...— Pude ouvir aquela voz masculina irreconhecível, mas tinha um ar de gentileza. — Não vou conseguir te ajudar, mas sei quem pode nos ajudar! — Sinto braços me envolverem, e meu corpo ser tirado da terra, mais uma vez murmuro para que me deixe em paz.

Tudo agora era apenas um borrão, assim como uma forte ventania batia sobre meu corpo, lembranças terríveis me invadiam a cada piscar de olhos.

A ventania cessou, assim como pude perceber que eu já não estava na floresta, mais em um hospital aparentemente.

— Sei que pode me ajudar — Escuto a voz daquele homem gentil, e meu corpo sendo colocado sobre uma superfície confortável, eu não conseguia enxergar muito coisa, nem ouvir direito, minha cabeça doía.

— Eles tentaram encontrá-la — Escuto outra voz masculina, essa era doce e carregava compaixão.

— Por isso deve agir rápido, assim posso levá-la comigo — O Homem gentil diz.

— Está bem! Deixe eu cuidar deste primeiro! — O homem que carrega uma estranha compaixão na voz fala novamente.

E de repente escuto gritos altos e agonizantes de algum garoto ao meu lado, meu coração acelera, e senti que estava em perigo novamente.
Eu tentei me mover, mas estava fraca, eu sentia que de qualquer jeito a morte chegaria até mim.

Assim como havia chegado para esse rapaz que parecia se contorcer, consigo olhar para o lado, e vejo seus olhos verdes, em uma terrível angústia e dor.

— Chegou sua vez, querida — A Voz do homem gentil soou em meu ouvido, até que sinto uma intensa dor em meu pescoço.

Depois da terrível dor, meu corpo começa a agonizar, como se estivesse queimando por dentro e por fora! Minha mente estava confusa e diversas memórias passavam por ela, minha garganta secou, assim como o ar em meus pulmões.

Após alguns minutos dessa forma, apenas apaguei, com meu corpo completamente exausto.

[...]

Um belo som de pássaros era possível ouvir, o ambiente em que meu corpo estava, era mais duro, ainda sim, confortável.

— Acorde raio de sol — Escuto uma voz que era bem familiar.

E lentamente abri meus olhos, e vi o homem em minha frente, ele possuía pele negra, cabelos negros em dreads, e aqueles olhos vermelhos, que imediatamente me invadiram a memória.

Ele era o homem gentil.

Está ainda mais Bela que antes, pensei que não iria resistir após nossas complicações — O Homem diz se aproximando. — Está incrivelmente linda, deixe-me ajudá-la raio de sol! Agora você é como um recém nascido, seja bem vinda a sua nova vida — Ele pegou em minha mão, e me ajudou a levantar, uma forte dor de cabeça me invadiu, junto com diversas memórias difíceis.

— O que aconteceu comigo? Quem é você? — Eu pergunto confusa com a mão sobre a minha cabeça, minha garganta estava tão seca como se eu precisasse urgentemente beber algo. — Eu preciso de água. — Digo para o Homem que me senta com delicadeza no sofá.

— Nada disso Raio de Sol, Você precisa de Sangue! — O Homem diz me fazendo olhar ele incrédula, mas ao ouvir essa palavra, minha garganta secou ainda mais, como se de fato eu precisasse.

— O que está acontecendo comigo? — De repente é como se todos meus sentidos duplicassem, coloco a mão sobre o ouvido por conta da intensa onda sonora repentina, minha visão estava me fazendo enxergar as pequenas partículas de água descendo sobre a janela que estava longe, meu corpo sentia tudo com mais intensidade, era uma explosão de informação.

— Você vai se acostumar raio de sol, esse é apenas o primeiro dia — O Homem gentil diz.

— E quem é voce? — Pergunto olhando para ele.

Laurent — Ele diz com um sorriso amistoso, e ele me levanta do sofá. — Sei que tudo está muito confuso, mas conte comigo para te ensinar! — Ele diz me levando até a sacada daquela casa.

— Me ensinar o que? — Pergunto.

— Feche seus olhos! — Ele diz e eu faço de imediato — Escute atentamente, sinta todos os aromas ao seu redor, seu próprio instinto fará o trabalho por você!

Eu conseguia ouvir tudo, eu sentia vários cheiros, era uma mistura, uma confusão!

Até que...

Meus olhos abriram e sentir uma estranha escuridão me tomar, eu senti o cheiro de...sangue.

— Isso meu raio de sol! Essa é a primeira lição do dia! — Ele diz sorrindo e o vento bate trazendo mais átona o cheiro de sangue — Eu vou te ensinar a ser uma Vampira!

E naquele momento eu estava perdida no meu instinto e sede.

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