in the kitchen

669 21 0
                                    

               

             |  Totalmente inspirado em "in the kitchen- Renée Rapp"


dezembro, 1993

Você poderia dançar sozinha, e seria como se um fantasma te abraçasse pelas costas, porque 3 mil milhas ainda não seria longe o suficiente e você sentiria saudades até mesmo das brigas, se amaldiçoando por ter acabado.

Nunca foi fácil amar Ellie Williams, ela era volúvel e grosseira com todos, e mesmo que te tratasse como uma bonequinha de vidro, havia momentos em que te quebrava, talvez sendo meio maníaca ou sádica, não dava para saber, especialmente estando viciado em ellie. a maldição ruiva dançando com seu corpo como se você fosse sua. E era, talvez isso deixasse tudo pior.

Você sentia sua falta nos ossos, mas jamais diria em voz alta, admitir que a amava e era no presente era como uma facada. uma semelhante a viagem até a emergência naquele maio chuvoso.

Demorou algumas semanas para conhecer Ellie, para amar uma estranha, e agora o perfume que insistia em permanecer no seu travesseiro era o de seu inimigo, você a odiava por isso. Cem metros quadrados gritando em pleno silêncio, as paredes te sufocavam, cheias de porta retratos de piqueniques no parque central, passeios na praia, danças na cozinha.

Você ainda a amava.

O dia que ela foi embora, arrumando suas roupas com raiva e pressa.

lágrimas pintando suas bochechas incapaz de lavar a vermelhidão da raiva que ali estava estampada. Você costumava acreditar que o diabo estava nos detalhes, não queria admitir que dormia com um ao seu lado, que a tempestade em seu peito que por tantas vezes pensou seu o amor que mantinha seu frágil coração quente era aquele que enterrava facas nas cicatrizes.

A casa parecia grande mesmo que o apartamento ainda fosse pequeno, o piano era barulhento demais e você só se lembrava das músicas favoritas dela.

Seus amigos costumavam dizer que você era forte e gracioso. Mas a queda foi grande demais e você não sentia nada além da dor e a fraqueza correndo em suas veias. Usada, traída, enterrada no cemitério dos erros de Ellie Williams, você gostaria de ser forte e não amar mais ninguém além de si. Mas aqueles olhos verdes, tão lindos quanto um bosque na primavera, foram antes sua perdição, agora te assombravam como fantasmas de um sonho frequente.

Você poderia limpar todos os cantos, ou queimar tudo, ela ainda estaria ali. Vestigios do amor, sombras da dor. Ellie Williams ja havia partido, mas você continuava ali. 



ps. sei que não é a obscenidade que meu leitores estão acostumados, mas eu etou mais sentimental ultimamente. logo trarei seu conteudo baixo. 

ONE-SHOTS | ELLIE WILLIANSOnde histórias criam vida. Descubra agora