Deixa Rolar.

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Oii, seja bem vindo(a). Essa fic se passa durante os meses que se passaram no capítulo da novela de ontem (17/01).
Eu escrevi de um jeito q não necessariamente vc precisa ler os 2 capítulos (mas eu leria), por isso, sinta se a vontade pra inverter a ordem, ou como quiser. Espero q goste, e boa leitura pra vc! (Lembrando q, as falas do Rams são escritas de maneira errada *propositadamente*) 💚.

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Então aqui estavam eles. Kelvin e Ramiro passaram por muitas e boas. Atualmente, os dois moram no Naitendei, e conseguiram se acostumar rapidamente a rotina a dois.

Agora, os dias são sobre diversão, muito barulho e conversa. Passam as tardes limpando mesas de maneira superficial, comentando acontecidos da cidade e ficando abraçados enquanto observam Nando e as meninas do bar se alfinetarem entre si.

Para Ramiro, o silêncio sempre foi sinônimo de paz. Isso, porque, no ambiente onde o mesmo cresceu, barulho e falatório eram, muito provavelmente, resultado de brigas. Antônio La Selva o ensinou que o melhor uso de sua boca, era a deixando fechada. Também por isso apreciava tanto a quietude. Porque, se ninguém falava, ele não se sentia tão excluído por ter de calar a boca.

Agora, Ramiro não odeia mais o som da multidão. Olhar em volta e perceber que, cada voz, pertence a um alguém de quem ele gosta, na verdade torna o bar ainda mais aconchegante, principalmente ao lado de Kelvin, que tem a voz mais linda que ele já ouviu.

Agora, por volta das sete da noite no Naitendei, Ramiro - que se encontra apoiado no balcão enquanto encara distraidamente a parte inferior do palco - se pega pensando em todas as vezes em que ouviu o garçom cantar, e se pergunta como ele pôde desejar, por muitos anos, que o mundo se calasse. Os pensamentos do peão duram pouco, pois uma voz doce ecoa em seus ouvidos.

- "Rams, tudo bem?". Pergunta o homem menor, que agora tem uma mão sobre o ombro de Ramiro.

Ele olha meio desconcertado, e então sorri dizendo:

- "Tudo bem. Tava pensando no'cê".

Kelvin, que acaricia sua barba como tem costumede fazer, responde: "Bonitinho. Quer subir? Cansei daqui já, e eu combinei com a Zeza que ia ficar pouco".

Ele passa o braço envolta do de Ramiro, entrelaçando-os, e começa a andar. O homem mais alto o acompanha.

- "Tá bom. Mas ocê não vão vai despedir do pessoal?". Rams diz andando com seu namorado, que rapidamente o rebate com:

- "Eu não. Eles vão me ver amanhã mesmo". Kevinho sorri. O peão sorri de volta.

Mais tarde, em torno das nove e meia, o casal se encontra abraçado na cama. Já estavam de banho tomado e cabelos úmidos. As roupas eram confortáveis como as de sempre. Ramiro, usava uma boxer preta e sua regata branca surrada, e Kelvin, uma regata azul escura (que era uma camiseta antes de perder as mangas) e um shorts preto.
Os dois terminavam de rir de um acontecido do dia anterior: Enquanto espalhava a fumaça pelo bar, Iná, ao subir no palco, acabou se distraindo com alguma coisa e caiu em cima do violão, microfone e e caixa de som, fazendo uma bagunça de membros humanos, fios e fumaça. A situação, toda vez que lembrada, os fazia ter ataques de riso.

Rams tinha o braço direito sobre a parte inferior das coisas de Kelvin, que deitava levente de lado, em seu peito. Sua mão direita fazia rabiscos aleatórios no peito do homem maior, que, após toda a risada, quebra o silêncio com:

- "Kevinho?". O homem maior pergunta, meio timidamente, enquanto olha para o chão, por cima da cabeça do namorado.

- "Hum?". O garçom se senta e olha diretamente para Ramiro. De alguma forma, ele conseguiu notar um ar sério em sua fala, mesmo quando o outro o chamou com o mesmo tom doce e fofo de sempre.

A few first times.Onde histórias criam vida. Descubra agora