Beija eu.

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Fico feliz q tenha vindo ler a segunda parte. Novamente, as falas do Rams Rams são propositadamente erradas gramaticalmente. Esse foi um capítulo q foi muito almejado por mim e é um xuxuzinho meu, então sejam gentis. Boa leitura! 💚

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Por volta das duas da tarde, os funcionários do bar decidiram fazer uma mini-festa, só entre eles, aproveitando as pizzas que sobraram da noite passada.
Iná e Polerina dançavam animadas envolta do palco, enquanto Nando tocava "Coração Cigano" só no violão. Luana falava com Zezinho, provavelmente insistindo para que ele preparasse alguma de suas deliciosas receitas, e ele parecia repetir a ela que já tinha comida demais para uma simples festinha.

Acordar e ter a calma e paz que o seu quarto trazia era muito bom. Mas, bastava descer alguns degraus, que toda a folia do salão envolvia todos presentes. Isso era umas das coisas que Kelvin mais amava em viver ali. Como a atmosfera pode mudar, tão drasticamente, dentro de um mesmo local. Claro, as vezes a música ou outros "barulhos norturnos" envadiam seu quarto, mas, dependendo, era até reconfortante.

Os dois acordaram como se flutuassem, e tinham mais certeza ainda de que queriam passar o resto de suas vidas, um ao lado do outro. Todo esse amor, também traz consigo outros sentimentos, que só quem sente, entende. Como, por exemplo, sentir que o outro não está bem, sem precisar de palavras ou ações diretas. Ou como adivinhar os pensamentos um do outro, só pelo olhar...

Hoje, Kelvin viveu isso de verdade, quando notou que Ramiro estava esquisito. Estava mais alheio que o normal, e ele podia sentir que o peão queria lhe contar alguma coisa, mas não conseguia entender oque era. Ele até tentou se convencer de que não era nada. De que ele apenas se sentia diferente após o sentimento intenso que invadiu seus corpos a algumas horas atrás. Mas, no fundo, ele sabia que tinha algo a mais. Ao invés de esperar a festinha acabar, ou deixar a conversa pra depois do expediente norturno, ele decide não esperar mais, e quando Ramiro anuncia que subirá até o quarto apenas para tirar as botinhas (Que colocava mais por costume, mas depois se sentia em casa o suficiente e acabava trocando-as por seu par de chinelos), o garçom decide acompanhá-lo.

Já no quarto, Rams entra primeiro e se senta na cama.

- "Ocê não precisava vim comigo não." O peão começou. "Eu só vim tirar essas bota dura". Terminou, enquanto cruzava as pernas e abria o zíper de um dos sapatos. O homem menor fechava as portas quando respondeu:

- "Ah, eu sei. Mas eu tô te achando estranho, e queria conversar". Quando não obtém resposta, ele se senta na cama ao lado de Ramiro e pede: "Fala comigo".

-"Num é nada não, Kevinho...". É a resposta do homem maior, que já retirou uma das botas e agora a encara pensativamente.

- "Tá bom. Então eu vou te perguntar, tá?" Essa é uma técnica que os dois desenvolveram para quando algo estava errado. As vezes, por exaustão, vergonha ou uma simples vontade de ficar em silêncio, os impedia (principalmente ao peão) de colocar pra fora oque sentiam.

Ambos sabem o quanto as perguntas ajudam em momentos como este, e por isso, Ramiro concorda movimentando a cabeça.

- "Tem a ver com ontem?". Kelvin pergunta, e em resposta, recebe outro aceno positivo. Agora, por algum motivo, Kelvin tem quase certeza do que se tratava.

Eles já haviam conversado sobre sexo antes. Felizmente, eles tinham abertura o suficiente pra falar sobre isso, apesar da dificuldade e timidez de Ramiro. Então, neste ponto, Kevinho assume que se o assunto é algo que causa desconforto nele, provavelmente tem a ver com algum medo ou insegurança inraizado, como já havia acontecido antes.

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