Senhor, Aubri

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Há algumas semanas atrás, antes do ocorrido, Train passou seu fim de tarde em um lugar deslumbrante e após longos minutos subindo, a vista era de tirar o fôlego, quando estava lá era só Train, seu cavalo e o silêncio.

Lá de cima era possível ver o reino inteiro e ainda um pouco mais, ao longe montanhas e alguns planaltos, sem dúvida era o lugar favorito de Train, ia lá principalmente quando se sentia sozinho, imerso em seus pensamentos aflitivos.

Como nunca acontecera, foi buscar seu cavalo que estava alguns metros de distância e percebera a presença de um ser selvagem.

Montou em seu cavalo branco e correu o mais rápido que podia, mas o que parecia um lobo,  atacou seu cavalo, por sorte seu cavalo conseguiu acertar um coice forte.

Ao chegar em seu reino, o cavalo desmoronou, desde então, Train passara dia e noite cuidando de seu cavalo até sua recuperação total.

O rapaz de tudo que possuía de qualidades, a inteligência se destacava.
Desde muito pequeno era muito bem educado e ao invés de brinquedos, ganhava livros, livros e mais livros para estudar. Sua mãe sempre acompanhava seu desenvolvimento porque seu maior desejo era que seu filho crescesse e não se tornasse apenas um príncipe belo, mas sim o príncipe mais belo e inteligente que todos os distritos já viu.

Sua maior inspiração é sua mãe, Evangeline , a mulher mais forte que já tinha visto antes, era empenhada , apaixonada e disciplinada. Puxava a beleza de sua mãe, os cabelos lisos e sedosos e a postura confiante. Ela era de aparência muito jovem pela idade que tinha, muitos diziam que eles pareciam até irmãos.

Seu pai havia morrido antes de Train nascer, desde pequeno ele perguntava sobre seu pai à sua mãe, mas ela não contava, dizia que era uma ferida aberta e não se sentia confortável contando sobre a morte de seu pai.

Depois de um tempo, Train parou de perguntar.

Train era um jovem extremamente atraente, seus cabelos loiros pareciam fios de ouro, seus olhos eram brilhantes e expressivos, um sorriso sincero e genuíno iluminava seu rosto. Seu rosto era simétrico e suas bochechas eram redondinhas. Seus cílios eram claros.
Tinha características faciais distintas, sua expressão facial era séria, trazendo a ele uma fisionomia de uma pessoa madura, porém ele era um jovem bem sentimental.

Possuía uma postura ereta e confiante, aprendeu desde pequeno com sua mãe a ter uma postura de autoconfiança, mesmo quando por dentro não tinha essa confiança toda.

Seu corpo era escultural e definido, tinha por volta de 1,85 de altura e sua cor predominante era azul, com certeza.

Quando completou 20 anos, uma gripe alastrou os distritos, nunca vira tanta gente morrer, então usou seus conhecimentos para criar um antídoto que por sinal salvou a vida das pessoas que estavam contaminadas e estavam à beira da morte. Havia estudado tanto sobre, que conseguiu colocar em prática anos de estudos.

Descobrira que um de seus experimentos possuía anticorpos monoclonais, derivados de uma mesma linhagem celular, o que poderiam ser utilizados em combinação com medicamentos antivirais para prevenir ou tratar essa epidemia de gripe.

Passado essa fase de epidemia, após alguns meses, fizeram um baile, o maior feito no reino de Fallacia.

A rainha tinha o maior orgulho de seu filho e claro que ele foi o destaque da festa, as pessoas comentavam e não só isso, se perguntavam porque um príncipe tão belo não tinha nenhuma amada, só via ele em seu laboratório, e com seu cavalo, nunca com nenhuma pretendente, e isso que pretendente não lhe faltava.

Recebia pelo menos três vezes ao dia, convites para baile, e cartas de moças se declarando. Fora as mulheres em seu reino e as mulheres de outros reinos que não lhe davam espaço por onde quer que ele passasse.

Mas, só tinha uma em seu coração, no seu íntimo havia uma moça que lhe fazia suspirar só de pensar.

Mas nunca teve coragem de se declarar, se sentia inseguro, afinal quantos rapazes não se matariam por ela? Não entrariam em uma guerra para conquistar seu coração?

No penhasco da solidão, Train se imaginara com ela, como era perfeita, como ela significava a melhor parte de seus sonhos, uma obra de arte fora do museu, suas palavras eram como poesia para ele. Passara a maior parte do tempo lendo, para tentar esquecer sua obsessão, não parava de pensar naquela bela moça que infelizmente não te pertencia.

Mas foi após algumas semanas que as coisas mudaram, estavam em uma corrida de cavalos no reino de Zyymint.

Uma vez no ano, próximo de acabar o inverno, acontece o festival no reino de Kristen e James Diderut, já é tradição essa festividade juntamente com a corrida de cavalos. Já era pôr do sol quando sentiu seu coração bater tão forte que parecia que ia sair do peito, Celeste e sua família Kierkegaard, sentaram ao seu lado, Train estava com seu amigo, comentando sobre seu cavalo Puro Sangue inglês. Seguravam um papel onde tinha as raças dos 8 cavalos concorrentes.

- Tá brincando que aquele cavalo é o seu ? Kaelynn me disse agora, apostei nele, é bom que ele vença...
Disse Celeste, com um sorriso sincero no rosto, estava tão animada que mal conseguia ficar parada na cadeira.

- E saiba que Celeste fica muito chata e irritante quando perde, é bom que ganhe mesmo, para o nosso bem.
Kaelynn empurrou a irmã pra trás pra poder conversar com Train.

- Ouviu? Dr Aubry? Apostei tudo nele
Falou Celeste.

- O que? Dr Aubry?
Train ouviu seu coração bater tão forte que estava perdendo o ar.

- Fala sério, você é o maior nariz em pé do Distrito, tenho que te chamar de Dr, o Dr espertinho.

Os dois riram. Seu corpo enchia de vida, fazia tempo que não se sentia assim, aos poucos seu coração voltou ao normal.

- Espertinha é você apostar no cavalo mais rápido, pode ficar tranquila, vamos ganhar .

Celeste olhou pra irmã e depois deu uma encarada para Train, franzindo o nariz.

- Vou levar como elogio, Senhor Aubry.

E realmente o cavalo Puro Sangue Inglês de Train ganhou a corrida, o que rendeu boas risadas e uma euforia da princesa que estava muito feliz por ter ganhado a aposta.
Depois dessa ocasião os dois se aproximaram, passaram mais tempos juntos e viram que tinham muitas coisas em comum, pegando intimidade, Train levou a princesa para o seu lugar favorito que era o penhasco da solidão, que não tinha mais porquê se chamar assim já que ele não se sentia mais solitário.

O tempo foi passando e a amizade dos dois foi só aumentando, quando completara 21 anos, Train estava com a pessoa que ele mais sonhou na vida: Celeste.

Sonhava em ter uma família com a princesa, mas sabia que estava um pouco cedo pra isso, mas não deixava de falar o quanto queria isso, e que tinha os melhores planos para o futuro e o quanto ela era importante em sua vida.

Os dois dividiam uma paixão tão calorosa que nem eles poderiam explicar.

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⏰ Última atualização: Jan 27 ⏰

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