— Nossa missão é para que os semideuses não precisem mais sair por aí em missões suicidas, se vamos deixar qualquer monstro ir direto para eles, que estão despreparados, só para tornar nossa vida mais fácil, não seríamos diferentes dos deuses.
Leônidas, inflamado pela própria convicção, ignorou as ordens de Pandora. Pouco antes de seguir na direção para onde havia ido o gigante, ele virou-se para a filha de Afrodite e disse:
— Você disse que meus irmãos iriam para missões pelos deuses, tem um monstro indo pro coração do acampamento e quem você acha que tá sempre na frente de toda guerra? Somos nós, filhos de Ares. Nós lutamos, nós morremos, e se eu puder lutar por eles, não vou fugir da luta.
Convencidas pelo discurso de Leônidas, Alethie, Sybil e Luna decidiram seguir com ele. Em meio a tensão, os semideuses se lançaram correndo na direção para onde a criatura havia fugido.
Ainda dava para senti-la pelo azedume no ar e o balançar do solo, não podia ter ido longe.
Pandora deu um passo para trás, mas não sentiu firmeza, em meio a uma mistura de sentimentos ácidos.
Percebendo o estado emocional da jovem, Hedress aproximou-se com cuidado, perguntando num tom de cinismo:
— Então devíamos continuar a missão?
Pandora, com os olhos marejados, balançou a cabeça.
— Não. — Ela murmurou reprimindo as lágrimas — Vamos atrás do Leônidas, mas não para a missão. Vamos atrás do gigante.
O grupo, agora com um novo propósito, seguiu a trilha deixada por Leônidas, conscientes de que o confronto com Argos seria inevitável.
Sabendo que o monstro não poderia ter cruzado a fronteira mágica ao redor do acampamento, Leônidas dedicou-se a procurar sinais na natureza. Ele observou atentamente a vegetação, o solo e quaisquer indícios que pudessem apontar a presença de uma criatura colossal. No caminho, notou algumas árvores com ramos quebrados e marcas profundas no solo. Os sinais na natureza eram claros: um rastro de destruição que cortava a paisagem delicada da colina.
Leônidas seguiu essas pistas, até encontrar a criatura deitada em uma cama de pinheiros que o gigante havia derrubado com o peso do próprio corpo, gemendo de dor, de bruços. Atros, estava visivelmente debilitado, as feridas provocadas pelo confronto anterior estavam abertas e tinham um cheiro pútrido que o filho de Ares conhecia bem.
No entanto, aquela imagem não o abalou, Leônidas já havia visto muitos dos seus sangrarem iguais por causa de monstros como Argos.
Subindo até o tórax da criatura, cuja única reação foi se encolher ainda mais, Leônidas ergueu o machado o mais alto possível para pegar um impulso mais forte.
— Leônidas, espere! — Uma voz gritou enquanto ele cortava o ar, mas o rapaz não deu ouvidos, estava cansada dela.
— Leônidas, não! — Mais uma vez ela insistiu e Leônidas desceu o machado, pronto para fincá-lo no peito da criatura.
Quando se aproximava da carne, uma lâmina atravessou o caminho do seu machado, num golpe suficiente para mudar o percurso do golpe. Mas aplicando pouca força, o que levou o pulso de quem estava empunhando a espada para trás, emitindo um estalo alto.
Leônidas, mais uma vez, voltou a tentar atingir o peito da criatura, mas uma segunda espada veio de encontro ao seu machado. Eram lâminas gêmeas.
— Chega! — Gritou Leônidas, empurrando a arma com toda a sua força, mas ela permaneceu estagnada contra a espada de Pandora.
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Os Assassinos De Deuses [PJO/HDO]
FantasyUm grupo de semideuses descobre uma profecia antiga que fala sobre a possibilidade de um deles ascender ao status divino, igualando-se aos deuses do Olimpo. O plano é desafiar a ordem estabelecida e tirar o poder de Zeus, a fim de redistribuir a inf...