Um amor inesquecível

Prólogo

- Vai Amélia, vamos comigo, eu não quero ir sozinha. - Fernanda, minha melhor amiga, insistiu pela quarta vez.

- Você sabe que eu quero ficar em casa, não estou a fim de sair.

- Para que? Para ficar lendo? - falou sendo sarcástica.

- Melhor do que ficar no meio de um monte de gente - falei começando a ficar irritada.

- Vamos, o Rodrigo vai estar lá - falou sabendo que eu não resisto a um convite, quando eu sei que o Rodrigo vai estar.

Fingi pensar um pouco, porém tenho certeza que ela já sabia a minha resposta.

- Okay, só deixa eu me arrumar - falei me dando por vencida.

- Okay, vê se não demora.

Ela saiu do quarto e eu fui tomar um banho, pois queria estar bonita para ele.

Eu conheci o Rodrigo na escola, para ser mais especifica, no ensino médio, logo de cara eu me apaixonei, na verdade, foi amor à primeira vista (dá minha parte, dá dele eu já não sei), porém a gente nunca nem sequer falou um oi, porém eu sempre o observei de longe e depois que a gente se formou, nunca mais nos vimos, até hoje.

Quando terminei o banho, me enrolei na toalha e comecei a secar o meu cabelo, já que é a parte que mais demora.

O meu cabelo é loiro, quase que um dourado, muita gente fala que é bonito, porém eu só quero a opinião de apenas uma pessoa. Depois eu coloquei um Cropped, um short e um Blazer, tudo da cor azul marinho (pois era um conjunto).

Fiz uma maquiagem básica, ou seja, só coloquei um vermelho na boca. No final, me olhei no espelho, e fiquei feliz com o resultado final.

Saí do meu quarto, desci as escadas e a Fernanda logo foi falando.

- Até que enfim, né? Acho que até o Rodrigo já foi embora.

- Não começa. Então, vamos indo?

- Só se for agora, tchau tia - Fernanda se despediu da Sandra, minha mãe, com um beijo no rosto.

- Tchau mãe - me despedi e saí de casa. Nós entramos no carro da Fernanda e ela logo começou a dirigir até a balada, onde provavelmente o Rodrigo estaria.

- Você é tão fria com a sua família - ela falou como quem não queria nada, porém eu percebi que ela tinha ficado chateada com isso.

- Porque diz isso? - perguntei confusa.

- Você nem abraçou a sua mãe quando nós saímos de casa - ela parecia completamente indignada com esse fato, porém para mim isso é normal, nunca fui muito carinhosa com os meus pais, e para mim estava tudo bem, mas parece que para a Fernanda isso era o fim do mundo, eu só não entendia o porque disso tudo.

- Amiga, não vamos começar a discutir, okay? Hoje nós só vamos nos divertir - falei balançando os meus ombros, como se estivesse dançando.

Aparentemente ela concordou, porque ela ficou quieta o caminho todo. Quando a gente chegou, eu logo saí do carro, me separei da Fernanda (que aparentemente, começou a ficar com o primeiro que apareceu na frente dela) e fui tentar encontrar o Rodrigo, porém aparentemente ele também estava me procurando, pois logo ele surgiu na minha frente dizendo um oi.

- Oi - o respondi.

O Rodrigo era moreno, alto, poderia facilmente ter 1,85 de altura, os olhos pareciam da cor de whisky e eu poderia facilmente me perder neles. Ele estava usando uma blusa branca e uma calça Jeans, e mesmo com uma roupa tão simples, ele ficava extremamente bonito.

- Estava te procurando.

- E o que queria? - perguntei sem entender do porque ele me procuraria.

- Então, eu estava com saudades.

- De mim? Porque? - perguntei sem entender.

- Eu gosto de você. Você é a minha melhor amiga, Amélia. - Ele disse sorrindo. Na hora eu não notei que não tinha como nós sermos melhores amigos, já que nunca trocamos nem sequer um oi.

- Claro, amiga. - Fui completamente irônica.

- Não só isso, você é linda, gentil, amável e completamente adorável. Eu gosto realmente de você. - eu nem percebi que ele falou coisas que eu não sou, eu não sou gentil, amável e adorável, eu sou totalmente grosseira com os outros, muitas pessoas até me autonomearam 'louca' ou 'tem um parafuso a menos'. Porém, na hora, eu só soube sorrir com o que ele disse.

Eu nem percebi que a cada palavra ele se aproximava de mim mais e mais, até que de repente eu levei um susto quando nossos lábios se tocaram, levei um tempo para fechar os meus olhos e corresponder ao beijo.

Depois daquilo, nós ficamos a festa inteira juntos, e eu, é claro, estava vivendo um sonho.

Dali por diante nós não nos soltamos mais. A gente começou a namorar depois de dois meses apenas ficando.

Eu amo muito o Rodrigo, eu tenho certeza que ele é o amor da minha vida, eu já não me vejo sem ele.

É, eu devo agradecer a Fernanda sobre insistir tanto para eu ir naquela festa.

Porém eu não sabia que depois de alguns anos, a minha vida ia mudar muito, e para melhor, e que o sonho que estava vivendo agora, no futuro seria um pesadelo.