Atsumu havia chegado ao local aproximadamente 30 minutos mais cedo que o combinado, estava realmente ansioso para seu encontro com Sakusa.
Olhava o relógio com a mesma frequência em que seu coração batia em seu peito, o que era um ritmo um pouco preocupante.
A demora do parceiro — em relação a seu adianto — fez sua pressão cardíaca aumentar, só normalizando quando avistou o moreno descendo de um carro em frente ao motel.
— Sakusa? — Atsumu o chamou, este que acenou e andou em sua direção a passos largos.
— Ei, 'tsumu. — Por incrível que pareça, a intenção do loiro era cumprimentá-lo com um simples selinho na bochecha, mas foi surpreendido por um demorado em seus lábios. Sakusa havia virado o rosto no momento certo.
— Vamos subir? — um pouco atordoado, Atsumu sentiu os lábios quentes. Mas, foi capaz de se recompor e convidar o outro para subir.
— Achei que você nunca fosse perguntar. — Por mais que ainda fosse um segredo para o loiro, Sakusa desejou, desde o primeiro dia, por aquele momento.
Uma vez dentro do quarto reservado por Atsumu, uma suíte na cobertura com acesso à vista privilegiada das luzes da cidade, assim como algumas regalias à parte, Sakusa permitiu que seus olhos explorassem o ambiente.
Era bem bonito e aconchegante. Tantos lugares em que a gente pode f... Seu pensamento foi interrompido por Atsumu, que lhe oferecia algo para beber dentre os mais variados tipos de bebidas disponíveis no frigobar.
O loiro tinha um copo preenchido com alguma bebida transparente que Sakusa sabia que não era água. Enquanto o loiro saboreava o líquido, o moreno focava toda a sua atenção às mãos e braços fortes do outro. Não pôde deixar de imaginar como aqueles dedos ficariam lindos como seu mais novo colar.
Andando lentamente pelo cômodo, sustentando o contato visual, Sakusa pressionou o corpo de Atsumu contra a parede, de forma provocativa, pegando o copo daquelas belas mãos e dando um gole na bebida — definitivamente não é água.
Sorrindo em surpresa com atitude de Sakusa, Atsumu pensou em descartar a bebida e levar as mãos até a cintura alheia. Contudo, não teve tempo de realizar sua vontade, pois o moreno começou a deixar beijos por toda extensão de seu pescoço, variando entre beijos, chupões e mordidas.
— Alguém aí 'tá sedento, mas não é pela bebida. — Atsumu não perdeu a chance de provocar, mas estava adorando ser encurralado na parede e devorado como se fosse o desejo mais íntimo de Sakusa. Ele ainda o beijava quando deixou uma trilha imaginária, mas molhada, de beijos até sua orelha, o provocando com mordidas e algumas palavras sussurradas.
— Pra quem ficou me cantando a semana inteira, você fala muito e age pouco, 'Tsumu. — o apelido deixou os lábios do moreno de forma lenta, arrastada e sensual. Um selinho demorado foi depositado nos lábios de Atsumu, enquanto Sakusa esperava por uma resposta que sabia que viria. Não era uma pergunta, mas o loiro era muito petulante para ficar quieto.
— Vou te foder direitinho e mostrar tudo o que eu te disse, omi omi. — A cintura fina de Sakusa foi puxada e seu corpo foi de encontro ao peitoral macio de Atsumu, que o apertou e o jogou brutamente contra o colchão. Com um sorriso ladino, Sakusa puxou o outro pelo colarinho, quase encostando suas bocas.
— Eu acho que não. — em um movimento igualmente bruto ao que o levou para o colchão, Sakusa mudou as posições, deitando-se por cima do loiro, diminuindo novamente a distância entre suas bocas e o beijando.
O beijo era faminto, seus corpos se tocavam com força e suas línguas brigavam por dominância, mas aquela batalha já estava perdida para Atsumu antes mesmo de começar.
Com uma leve mordida do loiro em seu lábio inferior, Sakusa mudou as posições outra vez, se acomodando de costas na cama e posicionando Atsumu em seu colo.
Mais beijos foram distribuídos pelo pescoço do loiro, que já estava tremendo. Com um puxão forte em seus fios, Atsumu foi obrigado a olhar Sakusa nos olhos, encontrando olhos repletos de desejo, fome e necessidade, exalando dominância. Eu tô muito fodido.
— Por mais tentador que seja ser fodido por você, hoje, quem manda aqui sou eu, quem fode, sou eu. Você só vai gozar quando eu disser, só vai se tocar se eu permitir e, por enquanto, você não está autorizado a me tocar. — Atsumu era um filha da puta. Estava adorando aquele lado de Sakusa, mas seu lado petulante não o permitia se entregar sem uma provocação que ele sabia, sabia muito bem, que sofreria as consequências depois.
— Bom, não irei reclamar, mas ser fodido por você não era o que estava em meus planos. — como se para mostrar que gostaria das duas formas, foder ou ser fodido, Atsumu se movimentou sobre o colo de Sakusa. Rebolou fortemente por alguns segundos enquanto maltratava dos lábios alheios, tocando o rosto delicado com as mãos.
— Eu acho que você não está me levando a sério — Sakusa pegou ambas as mãos de Atsumu e as removeu de seu rosto — Dá próxima vez que me desobedecer, não serei tão gentil.
Atsumu gemeu descaradamente com o tom autoritário, voltando a rebolar no colo de Sakusa. Mesmo com as mãos sendo seguradas pelo outro, continuou os movimentos e deixou beijos exageradamente molhados por toda a área do pescoço do moreno, este que soltou as mãos do loiro e o segurou pela cintura. Seus dedos, com toda certeza, deixariam marcas ali.
Mesmo avisado, duas vezes, Atsumu tocou os braços de Sakusa em uma tentativa de remover sua camisa.
— Você tá pedindo pra sofrer as consequências. — apesar de ter os fios puxados por uma das mãos de Sakusa, Atsumu sorria travesso.
— Eu não tenho medo das consequências, omi, eu as desejo. — ao ouvir o apelido, Sakusa desferiu dois tapas, simultâneos, em cada uma das nádegas do loiro. Atsumu não conseguiu segurar a voz, muito menos queria, deixando um gemido escapar de seus lábios e um sorriso convencido dos de Sakusa.
O moreno adorou ouvir aquele gemido sôfrego, adorou mais ainda perceber que Atsumu gostava. Ele estava doido para acabar com Atsumu, deixá-lo uma bagunça grande o suficiente para que não pudesse desafiá-lo mais. Ele adorava um 'bottom brat' e era um ótimo 'brat tamer'.
— Você deveria tomar mais cuidado — os olhares trocados eram intensos, os gemidos do loiro estavam cada vez mais suplicantes, mesmo que em baixo volume. Atsumu se movimentava instintivamente no colo de Sakusa em busca de mais fricção, desesperado por mais contato.
— Eu não estava esperando esse seu lado dominador. — Outro gemido deixou seus lábios ao receber um tapa em uma de suas coxas. — Eu gostei — outro gemido —, mas não espere que eu abaixe a cabeça e obedeça você tão facilmente.
Sua voz falhava devido ao tesão e, antes de poder completar seu raciocínio, sentiu as mãos de Sakusa em suas costas, arranhando-as antes de remover sua camiseta.
— Vamos ver até onde vai essa sua marra, 'Tsumu — Sakusa tirou Astumu de seu colo, jogando-o sobre a cama. O loiro já estava todo bagunçado. Rindo convencido com a cena, Sakusa começou a se despir, sem pressa alguma, enquanto Atsumu respirava pesadamente e admirava seu físico.
Agoniado com a demora intencional do moreno, Atsumu engatinhou sobre a cama até estar de frente com os quadris de Sakusa. Ele não podia tocá-lo, mas nada havia sido dito sobre usar a boca.
Atsumu puxou a cueca para baixo com os dentes, fazendo Sakusa reclamar internamente sobre sua desobediência, mas ao mesmo tempo, agradecer por ela. O loiro era um filha da puta, mas apesar de tudo, Sakusa sabia que não havia dito nada sobre usar a boca, seja para beijos ou o que ele desejasse.
Sakusa desistiu de punir Atsumu no momento em que sentiu os lábios quentes e macios em seu pau. Ele o chupava tão bem, que preferiu ignorar seus instintos de puní-lo, dedicando-se apenas em aproveitar o momento.
Infelizmente — ou felizmente, para Atsumu —, Sakusa não era capaz de deixar seu instinto dominador de lado por muito tempo, portanto os fios loiros foram agarrados enquanto o ritmo dos movimentos era ditado por si.
Não demorou muito para sentir que estava próximo de gozar, portanto retirou os lábios quentes de si, ordenando que Atsumu se despisse e deitasse na cama sobre seus joelhos, com os quadris virados em sua direção.
Atsumu obedeceu prontamente. Sakusa retirou um vidro de lubrificante, fornecido pelo motel, de uma das gavetas do móvel ao lado da cama, começando a preparar o loiro sem nenhuma enrolação.
Por mais que parecesse preciptado, eles não se importavam. Estavam tão necessitados que precisavam daquilo. Atsumu desistiu de retrucar, se entregando completamente a Sakusa, seguindo seu ritmo e aproveitando o momento. Sakusa tinha muita estamina.
Atsumu gemia o nome do moreno com frequência, mas não usava o apelido dado, diferente do que havia dito que faria. Enquanto isso, Sakusa soltava arfares ao ouvir seu nome saindo com tanta dificuldade e desespero dos lábios alheios. Eram como súplicas. Eram música para seus ouvidos.
Atsumu implorava por mais, queria que Sakusa introduzisse mais dedos em seu interior. Não estava acostumava a ser tão submisso com frequência, pois mesmo quando era o passivo, seu lado dominante falava mais alto. Ser passivo e submisso não era algo que sentia vontade de ser com frequência, mas Sakusa o desmontou em menos de cinco minutos e fez com que ele desejasse se submeter por completo.
No momento em que Sakusa alcançou sua próstata, Atsumu teve certeza de que não queria ser o dominante, muito menos o ativo, ao menos não naquele momento. A áurea intimidante de Sakusa, juntamente da sensação de ter sua próstata estimulada, era algo que gostaria de repetir, e com bastante frequência, se possível.
Atsumu já se sentia pronto, estava preparado para receber Sakusa, este que deixou um beijo molhado em sua entrada antes de colocar um preservativo em si próprio e se aproximar. Ele brincava com o loiro, tinha um sorriso provocador em seu rosto enquanto passava sua ereção pelas nádegas e entrada, como se quisesse ouví-lo implorar mais.
— Sakusa... — Atsumu estava desesperado, precisava do moreno dentro de si. — Por favor. — Em uma tentativa de ter mais contato, levou seus quadris em direção ao que tanto queria, mas no mesmo instante foi castigado com um tapa em sua nádega esquerda.
— Não seja apressado. — um segundo tapa foi desferido na mesma nádega, segundos antes de ser penetrado sem nenhum aviso. Um alto gemido deixou seus lábios, tirando um de satisfação dos lábios de Sakusa.
Entre uma estocada e outra, com o suor escorrendo por suas costas, Atsumu implorava por mais e mais, enquanto, inconscientemente, tentava ditar os movimentos.
A fim de agradá-lo, Sakusa o puxou para seu colo, ordenando que cavalgasse em si. Suas costas estavam contra a madeira dura da cabeceira da cama, sua destra prendia ambas as mãos de Atsumu e sua canhota segurava-o pela nuca, enquanto lambia sua boca. Era outro beijo quente, molhado e cheio de luxúria, dentre os inúmeros já trocados naquela noite.
Com um movimento rápido, Sakusa deitou o loiro de costas na cama, posicionando uma de das pernas grossas por cima de seu próprio ombro esquerdo.
— Como é possível você ser tão lindo, 'tsumu? — Enquanto realizava as estocadas, com a respiração descompassada, o moreno deixava beijos e mordidas pela canela e panturrilha do loiro, o elogiando sempre que podia. Afinal, Atsumu era um dos homens mais bonitos que já teve o prazer de conhecer.
Sakusa não queria que o moreno gozasse em nenhum lugar que não fosse em sua boca, e ele sabia que Atsumu estava próximo. Seus movimentos estavam erráticos, seu corpo inteiro se contorcia e sua respiração estava perigosamente rápida. Portanto, saindo de dentro do loiro, Sakusa puxou a outra perna de Atsumu e a posicionou igualmente em seu ombro esquerdo, sem parar as estocadas. Quando sentiu o loiro prestes a gozar, circulou o pau melado, escorrendo pré-gozo, com seus lábios.
Atsumu tinha uma expressão prazerosa em seu rosto. Seus olhos rolaram quando sentiu Sakusa o colocar na boca, ele não esperava por isso. Seus gemidos ficaram mais altos e seus dedos agarravam os lençóis da cama, em uma tentativa de aliviar o prazer que estava sentindo. Após poucos segundos, gozou na boca do moreno. Seus dedos foram se soltando dos lençóis, seu corpo acabou amolecendo e sua respiração se normalizando.Mesmo ainda não raciocinando corretamete, Atsumu notou Sakusa substituir o preservativo gasto por um novo antes de ser pego no colo e levado até o banheiro. Com os olhos menos pesados, Atsumu observou o ambiente e entendeu a intenção do moreno no mesmo instante em que avistou uma banheira enorme. As janelas do banheiro eram de vidro transparente, deixando o ambiente ainda mais sensual; um privilégio ganho por terem reservado uma cobertura.
Enquanto a banheira enchia, Sakusa segurava Astumu em seu colo, este que tinha a cabeça enterrada em seu pescoço, distribuindo diversos beijos, chupões e mordidas pelo local.
Colocando o loiro no chão e desligando a água, Sakusa entrou na banheira junto de Atsumu, o posicionando entre suas pernas, com as costas em seu peitoral. Vários beijos molhados foram distribuídos por sua clavícula enquanto ouvia o quão lindo era.
De supetão, Astumu se virou entre as pernas de Sakusa, sentando-se em seu colo, o beijando com muita fome. Apesar de necessitado, o beijo era carinhoso. Atsumu sabia que tinham pouco tempo ali, apesar da noite não estar nem perto de acabar.
Mas, se aquilo era apenas uma foda, por que sentia seu coração bombear com uma frequência três vezes mais rápida que a normal?
Se aquilo era apenas uma foda, por que Sakusa sentia que precisava proteger e cuidar de Atsumu como a bela jóia rara que ele era?
Ambos ainda não sabiam as respostas às perguntas que ocupavam suas mentes, mas tinham consciência de que descobririam em breve.
Colocando Sakusa dentro de si novamente, Atsumu começou a se movimentar, procurando dar o máximo de prazer para Sakusa, assim como havia recebido. Os gemidos ecoavam pelas paredes do cômodo, que eram as únicas testemunhas dos 'pecados' cometidos ali. A fragrância de cereja adicionou um toque final à toda experiência, conferindo sabor de paixão aos beijos trocados.
Atsumu se movia cada vez mais rápido, sentia que estava próximo de gozar, porém queria gozar junto de Sakusa, então diminuiu um pouco da velocidade dos movimentos, mas não a intensidade.
— 'Tsumu... — Sakusa gemeu seu nome, segurando firme em sua cintura, a fim de ajudá-lo nos movimentos.
— Shh, só goza pra mim vai — seu pedido foi atendido pouco tempo depois. Sakusa gozou enquanto tinha os dentes cravados em seu ombro. Atsumu chegou a seu ápice logo depois, apoiando a testa sobre o peitoral alheio enquanto aguardava que suas respirações normalizassem.
Uma vez mais calmos, Atsumu e Sakusa se olharam. Essa foi, com certeza, a melhor foda de suas vidas. Porém, não era só isso, havia algo a mais, ambos tinham sentido, algo de diferente crescia em seus peitos.
Atsumu levou uma de suas mãos ao um cacho caído sobre a testa do moreno, colocando-o atrás de sua orelha, deixando um selinho em seus lábios.
— Lindo — saiu como um sussurro, mas foi escutado por Sakusa, que sorriu beijando sua mão e retribuindo o elogio.— Você é muito mais. — suas bochechas ficaram vermelhas e seu estômago revirou. Atsumu se questionou o que era, mas sabia ser algo muito mais intenso do que meros gases. Aquele momento pós sexo, mostrou para ambos como eles eram domésticos. Diversas carícias foram compartilhadas enquanto Atsumu ensaboava o corpo de Sakusa e este lavava delicadamente seus cabelos.
Eram de fato domésticos, mas, acima de tudo, a relação entre eles era natural.
Durante o resto da noite, conversaram bastante sobre suas vidas, se conhecendo da maneira que podiam. Sorriram ao perceber que algo havia nascido entre eles, talvez não exatamente naquele motel, mas estava crescendo rápido e era, definitivamente, recíproco. Não tinha como não ser.
Assim como a noite que observavam cair através das janelas, Sakusa e Atsumu se permitiram cair em um abismo desconhecido, mas iluminado por uma pequena chama.
Amor.
E, por mais que ainda não soubessem, aquela pequena chama inflamava em seus corações.
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Don't Get Hard
FanfictionApós perder uma aposta em uma reunião com os amigos, Sakusa é desafiado a enviar uma foto sensual para um 'famosinho' do twitter. Atsumu, que estava olhando suas mensagens recebidas, acaba se deparando com uma que o intrigou. O desconhecido dizia: "...