Break your rules (juyeon)

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Ouvi dizer que todas as regras desse mundo

Existem para serem quebradas, sim.

Meus sonhos estão cheios de você toda a noite

Agora é uma chance de torná-los realidade.


O dia do pagamento é, sem dúvida, o dia mais esperado por todos os trabalhadores, mesmo que a felicidade de ver o dinheiro na conta não dure tanto assim. Mas, pra mim, o dia do pagamento é antes de tudo um lembrete da minha inabilidade e – por que não dizer? – covardia.

Afinal, já se completam três meses desde que eu entrei numa livraria aleatória para me proteger da tempestade que tinha começado do nada e, em vez de pedir o telefone do livreiro bonito, fofo e atencioso, antes de ir embora, me candidatei à vaga de atendente.

Sim, é uma circunstância ridícula. Mas, ao menos, o salário é bom e, sendo um trabalho de meio período, ainda tenho tempo para me dedicar ao que sempre quis fazer – e o motivo pelo qual abandonei meu último emprego no ano passado.

Seguir o sonho de me tornar uma quadrinista reconhecida devia ser minha prioridade, e eu já tinha planejado tudo, guardado dinheiro suficiente para passar esse ano sem precisar dividir meu tempo com um trabalho apenas remotamente ligado aos meus interesses. Mas não é como se meu novo emprego me atrapalhasse. Não é esse o problema.

O trabalho é principalmente manual, o que deixa minha cabeça livre para criar histórias enquanto reorganizo as prateleiras. A princípio, eu até achei que trabalhar cercada de livros seria um tipo de overdose intelectual como meu último emprego, mas não é como se as pessoas que trabalham em uma livraria passassem o tempo todo lendo. Longe disso. Bom, pelo menos não é o caso comigo, que, nos momentos de folga, obviamente estou mais interessada em ler Lee Juyeon. Honestamente? Às vezes eu até me inspiro um pouco nele para criar algum personagem, então, na verdade, ainda posso considerar que estou trabalhando na minha arte enquanto estou na livraria.

Mas o ponto é que, por um lapso absurdo que aconteceu no meu cérebro naquela fatídica quarta-feira, três meses atrás, eu transformei um crush, ou alguém que poderia apenas ser um encontro casual, em meu chefe, com quem eu tenho que conviver todos os dias, o que, lamentavelmente, só aumentou meu interesse por ele.

Da beleza não havia mais nada com o que se surpreender: Juyeon é alto, de cabelos escuros cuidadosamente penteados, olhos felinos com uma pinta delicada em uma das pálpebras, e mãos grandes e firmes o suficiente para agarrar uma pilha de cinco ou seis livros por vez. E ágeis o suficiente para sempre impedir que algum livro que se desprendeu da pilha que eu estava carregando caia no chão. "O que você faria sem mim?", ele sempre brinca com um sorriso. Mas eu na verdade posso enumerar várias coisas que faria se não o conhecesse. E mais ainda coisas que não teria feito...

E se ele já parecia fofo e atencioso nos poucos minutos que permaneci na livraria naquele dia chuvoso, agora, então, depois de três meses de convivência, é difícil não suspirar por cada mínima atitude sua.

E se ele já parecia fofo e atencioso nos poucos minutos que permaneci na livraria naquele dia chuvoso, agora, então, depois de três meses de convivência, é difícil não suspirar por cada mínima atitude sua

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