Eleonor tranca a porta atrás de si e para na frente dela, olhando para o chão.
— Estou aqui Vossa Majestade. Como solicitado, estou aqui para prepará-la para seu casamento.
— Lelê, venha cá, poupe a cortesia e me chame pelo nome, preciso que isto seja realista.
Suas costas tensas relaxam em um suspiro torto e desconfortável. Acho que a senhorita não gosta de me chamar pelo nome, ou talvez esteja nervosa por me preparar para meu casamento? Não! Ela que sugeriu tal coisa, ela é confiante demais para isso.
— Claro Antonella, vim aqui para que possa deleitar-se ao ter-me ao seu lado.
Sinto-me estranha ao ouvir meu nome sendo dito pela senhorita, das últimas vezes que ensaiamos senti-me da mesma forma, esperava que fosse pela senhorita imitar perfeitamente a forma aristocrática de falar, idêntica a meu noivo, mas ouvi meu nome ser dito da mesma forma por ele, e não tive a mesma sensação.
Ela caminha em minha direção enquanto solta seus cabelos castanhos-escuros e cacheados de seu coque e desamarra seu vestido. Passaria minha vida admirando a beleza de Eleonor, se é que tenho direito de chamar alguém tão próximo do divino como ela pelo nome.
Seus olhos pequenos e escuros que sobressaem em sua pele clara, só podem ser vistos pela lâmpada que faz as chamas das velas de minha cômoda produzir luz vermelha. Mesmo que meus pais prefiram pessoas de cabelos claros como o meu loiro, e olhos tão azuis quanto o oceano para que contrastem com meus olhos verdes, sempre achei os escuros mais belos em comparação a qualquer outra tonalidade. O rosto de Eleonor rouba qualquer nível de atenção direcionada a qualquer aristocrata. Sua beleza inigualável sempre foi alvo da inveja alheia, mas me causa admiração. Se pelo menos meu noivo fosse metade da beleza dela, estaria mais animada em casar-me com ele.
Ela retira os sapatos e engatinha pela minha cama. Ela tira seu vestido de seus joelhos e aproxima seu rosto do meu. Posso sentir o cheiro das petúnias que ela mistura com água para tomar banho. Uma técnica que aprendera com vizinhas, "irmãs de religião", em suas palavras, que aprendi a copiar.
— Antonella — chama em voz calma, embora profunda como de costume — Existe algo que queiras tentar? Algo que tenhas lido em algum livro e sentido curiosidade?
— Quero que me chames de "amor", mesmo que agrade-me ser chamada por qualquer nome por vossa majestade, gostaria de saber como tal palavra soa vindo de tua boca.
— Serás grata por muito mais do que um "amor" saindo de minha boca — seus dedos deslizam por minha coxa — Posso, meu amor?
— É claro Eleonor.
Ela agarra-me pelas pernas e as coloca sobre as dela. Posso sentir sua vagina encostando na minha enquanto seus lábios beijam meu pescoço. Uma de suas mãos aperta meu seio por debaixo da camisola e a outra abraça-me, tocando minhas costas.
Seguro firme seu cabelo, seus dentes pressionados contra minha pele são a deixa para que eu procure seu seio por debaixo da roupa de empregada. Minha mão encontra sua pele nua e começo a apertar o bico de seu peito.
Ajudo-a tirar seu vestido. Toda vez que vejo seu corpo desnudo, aprecio ainda mais ter sido digna de vê-lo. Ela deixa de tocar minhas costas e aperta minha bunda e seio enquanto sua língua invade minha boca.
Mordo seus lábios a cada pausa em represália por roubar-me de sua língua. Ela não parece incomodar-se.
Me movimento para poder sentir a vagina dela, ela me aperta com mais força como resposta. Posso sentir ambas as nossas calcinhas molhadas, mas quero continuar com isso mais um pouco.
Começo a tirar minha camisola e ela ajuda-me. Eleonor deita-se sobre mim e continua a me beijar, mas começa a tocar minha vagina.
Não aguento mais ser provocada, tiro minha calcinha com sua ajuda e ela a joga para o outro lado da cama. Eleonor deita-se e eu viro-me de costas para ela, já ofegante. Levanto um pouco minha perna e ela insiste em apenas provocar-me, passando seus dedos por dentro dos lábios da minha vagina.
— Senhorita, por favor, não sei por mais quanto tempo consigo aguentar — peço enquanto aperto euforicamente meu próprio seio.
— Por que me chamas desta maneira? Gostaria de ser chamada de "amor" também.
— Amor, por favor... Pode me tocar?
Ela começa a pressionar e fazer movimentos circulares sobre meu clitóris. Seus dedos ganham rapidez devagar, o suficiente para fazer-me conter alguns gemidos, mas em meu ápice não consigo segura-los. Posso sentir seus dentes mordendo meu pescoço e meus olhos lacrimejando. Sua boca aproxima-se de minha orelha.
— Sua voz é tão fofa meu amor.
Eleonor continua a me tocar mesmo depois de sentir meu gozo. Meus gemidos aumentam e ela move-se para ficar entre minhas pernas.
Ela conhece-me por dentro com sua língua e insiste em manter a mesma velocidade enquanto me toco. Sinto que vou gozar novamente e já não escondo meus gemidos.
Eleonor para ao sentir meu gozo e eu recupero meu ar, provavelmente com o rosto já vermelho.
— Amor... — chamo ofegante — Quer que te agradeça pela ajuda?
A mulher não responde e senta-se ao meu lado. Vou para frente dela enquanto ela abre as pernas. Aperto o bico de seus seios enquanto mordo seu pescoço. Seus gemidos abafados são maravilhosos de ouvir, ela sempre foi fraca com toques em seus peitos.
Dou diversos beijos em seu pescoço enquanto apalpo sua vagina por dentro da calcinha molhada. Sou empurrada levemente e me afasto. Eleonor tira a própria calcinha com rapidez e olha nos meus olhos.
— Pare de sorrir — manda emburrada, porém isto apenas me faz sorrir ainda mais. Ainda bem que ela não pode ver meu rosto entre suas pernas.
Com minha língua pressiono e estimulo o clitóris dela. Aumento a velocidade dos movimentos e desço até sua vagina enquanto com os dedos continuo a estimulá-la.
Seus gemidos são acompanhados de espasmos de suas pernas até minha língua tocar seu gozo.
— Queres continuar? — pergunto com a voz baixa.
— Eu... não quero — diz entre respirações profundas em busca de todo ar que eu a roubei.
— Tudo bem.
Me deito ao seu lado e a abraço. Ela ajeita-se para que possa ficar de frente para mim, o que me permite dar um beijo em sua testa.
— Depois do casamento... Podemos continuar com isso?
Seu silêncio soa-me como uma rejeição. Não irei obrigá-la a qualquer coisa.
— Por mim tudo bem, mas acho que vai ser um pouco difícil com o rei aqui.
— Eu dou um jeito, não precisa preocupar-te.
— Tem certeza, amo- digo, vossa majestade?
— Gosto de como "amor" soa, continues chamando-me assim quando estivermos sozinhas.
— Tudo bem amor — sinto seus braços me apertarem com mais força e retribuo o carinho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CONTOS SÁFICOS - ERÓTICO
ChickLitAqui estão reunidos treinos de escrita erótica sáfica que escrevi.