Capítulo 2

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CAPÍTULO 2

– É engraçado pensar na forma que as mulheres são enxergadas pelos homens…

— Nenhuma daquelas magricelas servem! Precisamos de um “corpaço", um momento! Agnetha Fältskog, que tal? Ela daria certo como uma das putinhas de James Taylor…
– Disse rindo Conan Bryan, o britânico vice-diretor de “Amor de ouro” dirigido por James Taylor. Um dos maiores produtores britânicos… O filme conta a história de uma pobre coitada prostituta, que em meio de um trabalho, acaba encontrando o amor de sua vida… É… Bem clichê e sujo… Mas era o que ele gostava de produzir… A maioria de seus filmes, passavam uma energia assim… A mulher sempre a vadia… Sempre a atirada e usada… Enfim, para seu público de maioridade homens, não era um problema…

— Concordo plenamente, meu caro Conan… Sabe, como todas as mulheres, ela é bem complicada… Mas tentarei contatar… Ela se encaixa perfeitamente com o papel… Loira, branca… Energia doce e ingênua… Corpo magnífico, simplesmente magnífico! Perfeito para o papel…
– James Taylor disse em tom ácido

— Certo…
– Conan sorriu e a pequena reunião continuou.

★★

06:57
— Foi uma manhã difícil para a Sra. Fältskog…
– Uma das empregadas comentou com Louis que estava quieto ao lado da porta.

— Para todos, Margaret… Que ser humano resolve se mudar às 06:00 da manhã? Mon Dieu
– Ele suspirou e Agnetha entrou na cozinha… Todos calaram a boca e começaram a trabalhar, servindo a mesa da moça.

— Bom dia, Mademoiselle…
– Sr. Poirot acenou com a cabeça.

— Bom dia? Bom para quem, Louis? – Suspirou indignada, sua expressão cansada e suas olheiras eram nítidas – Aquele caminhão… Maldito caminhão!
– Suspirou irritada.

– Aparentemente, a casa ao lado estava à venda, alguém havia comprado e resolveu fazer a mudança às 06:00 da manhã, atrapalhando a manhã dos moradores…

— Quero que descubra quem se mudou, Louis. Preciso conhecer o delinquente…
– Agnetha suspirou e começou a se servir. Louis, sem dizer nada, afirmou com a cabeça e saiu para pegar o lixo e colocar na grande lixeira da rua… Era apenas uma desculpa para poder ver quem havia se mudado…

– Ao sair, observou uma moça de aparência jovial ruiva… Ela era belíssima, sua pele era branca como a neve… E seu sorriso enquanto observava sua aparente conquista, era um dos sorrisos mais lindos que Louis Poirot havia visto… O mordomo ficou a observando atentamente até ela perceber, o mesmo, intimidado, desviou o olhar… Tremeu quando percebeu que a moça estava se aproximando com um sorriso.

— Bom dia, Mademoiselle
– Disse educadamente com seu sotaque belíssimo.

— Bom dia, senhor… Achei melhor me apresentar, já que aparentemente somos vizinhos…
– Disse a desconhecida com um sorriso e estendendo a mão.
— Me chamo Anni-Frid Lyngstad, mas me chame de Frida…

– Louis apertou sua mão gentilmente.
— Na verdade não é minha casa, sou o mordomo… Me chamo Louis Poirot… Prazer, Frida…

— Ah… Entendi… – Ela deu um sorrisinho – Bom, preciso ir agora, muita coisa a fazer! Até mais… Foi um prazer te conhecer…
– Frida sorriu e se virou, porém parou um pouco ao ver a moça loira da Flourish… A moça mais bela da Inglaterra, Agnetha Fältskog… Frida deu um sorriso radiante para ela que retribuiu apenas com um simples sorriso, logo a ruiva acenou um pouco com a cabeça, logo seguiu até sua nova casa…

– Poirot correu de volta para casa… Com um sorrisinho em seu rosto…
— Que belíssima moça, non?
– Ele se aproximou de Agnetha que estava na grande janela do andar de cima. Agnetha apenas franziu a testa mau-humorada e olhou para ele.

— Perdão, madame… Mas sei que pensou o mesmo…
– Disse ele retomando a postura, ficando sério… Louis a conhecia muito bem…

— Traga as correspondências…
– Disse ela séria, caminhando até a sala. Ele afirmou e de imediato voltou com cartas novas na mão. Agnetha parecia ler sem pressa, sem se preocupar muito…

— Uh… James Taylor está dirigindo mais um filme, e quer que eu seja a protagonista… – Suspirou – Interessante, não?

— Não vou com a cara dele…
– Disse Louis.

— Eu também não, muito menos com os filmes dele… São cheios de vadias…
– Ela suspirou começando a ler a história do filme.
— Veja… Serei uma prostituta que encontro o amor da minha vida em um velho barrigudo nojento… O que acha? – Ela suspirou e pensou um pouco – É um cachê muito alto para a história… Vou conversar com James sobre algumas modificações, vamos ver se ele aprova…
– Disse ela sorrindo com um ar de quem consegue tudo o que quer.

– Agnetha contatou James pelo telefone e depois de um tempo se aproximou sorridente…

— Pelo visto deu certo…
– Sr. Poirot sorriu para a moça.

— Claro! Ele irá tomar uma providência e irá fazer o que eu pedi…
– Sorriu ela feliz.

"Him" and i Onde histórias criam vida. Descubra agora