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• ° . . . ~☆~ . . . ° •

Era uma madrugada de sábado, o vento passava pelos arredores na cidade de Quesadilha, a noite fria e monótona, carregava uma sintonia triste e agoniante. Quackity batia o pé impacientemente, sentado no sofá de seu apartamento, enquanto observava o tempo passar ; ele suava frio, aflito, dando várias espiadas para a porta, esperando por alguém.

- ¡Maldita sea! ¿Qué carajo hice? - Se levantou bruscamente, andando de um lado para o outro - ¡Mierda!

A poucas horas atrás, o de cabelos negros, havia convocado por impulso o melhor amigo para vir a sua casa, necessitava conversar com o ele, mas pensando por agora, talvez não tenha sido uma boa ideia. Quackity sentia coisas por Cellbit, seu parceiro e melhor amigo, se conheciam desde o primário, sendo próximos até hoje, leais e sempre apoiando as decisões que ambos fazem ; Acontece que de uns eventos para cá, o mexicano se sentia esquisito e nervoso quando o brasileiro se aproximava ou demonstrava qualquer tipo de afeto por ele, era estranho, o jovem queria ser mais do que apenas um amigo, ele queria ser aquele que o loiro iria tocar, beijar e chamar de "mi amor", a pessoa que o homem iria dedicar músicas românticas e sentimentais, ou até mesmo chamar para suas aventuras de enigmas. Quackity queria ser tudo isso para Cellbit.

Mas não foi, não desde que a alguns meses atrás o detetive começou a namorar um rapaz da mesma universidade que ele, o indivíduo cursava psicologia, e pelo que parece, tinha bicos nos finais de semana, se vestindo de homem aranha em festa infantis. Roier era um cara radiante, de pele bronzeada, olhos amendoados, cabelo castanho e com a risada mais doce que ja teria ouvido ; bom, isso era o que o loiro contou dele, eram tantos detalhes sobre Roier, pois Cellbit só sabia falar dele, estava tão estupidamente apaixonado por este homem que era enjoativo.

Mas o amigo não tinha muito o que fazer em relação à isso, lhe incomodava o fato que a pessoa que ele estava apaixonado namorava outro alguém, doía muito, chorava todas as noites sabendo que quem iria beijar os belos lábios do brasileiro, não era ele, e sim Roier. Mas Quackity realmente precisava desabafar, o peso de carregar estes sentimentos pelo homem lhe machucavam diariamente, ao menos poder contá-los, seria o suficiente para se sentir tranquilo consigo mesmo, ainda que fosse doer escutar o loiro recusar.

Até que inesperadamente, três batidas na porta, acompanhandos pelo som da campainha, e uma voz familiar aparecem:

- Quack? Ce' ? - Seu coração parou por um segundo, foi tão de repente, suas mãos ficaram trêmulas e sua respiração pesada. Lentamente, foi caminhando em direção a porta, inspirou fundamente, destrancou a fechadura e abriu revelando uma figura conhecida.

- Hola Cellbit ! ¿Cómo estás? - Cellbit aparece, parado em frente a porta, com um sorriso fraco, ele acena para o mais baixo a sua frente - Entra, vámonos !

- Muito obrigado por me receber Quack, faz bastante tempo que eu não venho para sua casa - O brasileiro cumprimenta o amigo e adentra a casa, olhando em volta para o interior do apartamento, se sentou na cadeira mais próxima, olhando para o de cabelos negros.

- Verdad, estaba tan ocupado con la facultad de Derecho, que la casa se había convertido en un desastre.

- Aliás, tudo indo bem na faculdade? sempre te vejo passando pra e pra cá.

- Sí, pero es bastante estricto en cuanto a las pruebas - Quackity tranca a porta, guardando as chaves ao lado, rapidamente ele vai para a cozinha e abre a geladeira - ¿Quieres algo de beber? tengo Guaraná.

𝗔𝗹𝘄𝗮𝘆𝘀 𝗮𝗻 𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹, 𝗻𝗲𝘃𝗲𝗿 𝗮 𝗚𝗼𝗱. chaosduoOnde histórias criam vida. Descubra agora