sleepy boy

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6 da manhã, minha cama, até então, quentinha e confortável. O piso gelado bateu contra minhas costas e eu grunhi, imediatamente, sentindo-as doloridas.

Olhei a data, espremendo os olhos com a luz forte na tela do relógio, e dei-lhe um tapa forte quando me assustei com o barulho alto do despertador.

— Mas que merda!— Disse, alto o suficiente para acordar toda a vizinhança.— Que raiva, que raiva, que raiva!

Me levantei do chão na marra, soltando um gemido arrastado pelas costas recém agredidas.

Hoje, para a minha grande infelicidade, é um daqueles dias em que preciso estar em um lugar chamado estúdio de gravação. Novo álbum e novas músicas e dias de gravação e mais um monte de citações que me deixam ofegante.

Uma estreia de comeback pode— e realmente é,— ser tão estressante e corrida que, muitas das vezes, não temos tempo nem para comer com calma nem mesmo relaxar pelo menos por uns dois dias.

Pensei em tudo isso, mas especialmente no fato de que eu não tinha dormido na noite anterior.

Enquanto os outros dormiam, eu estava acordado, vidrado no computador em busca de novas ideias. Como ser produtor me deixa sobrecarregado, pensei em fazer tudo em uma noite, o que acabou por ser uma péssima ideia.

Eu não consegui nem quatro horas úteis de sono. Foi isso que aconteceu.

Aquela noite foi reservada especificamente para acabar com a minha saúde mental. Os pedaços de instrumentais que eu escutei fixaram-se em minha cabeça, assim como as letras melancólicas que Bang Chan me pediu para "polir".

E, como se não pudesse ficar pior, recebi uma mensagem de texto do próprio, dizendo que precisava de alguém talentoso, fofo e com bochechas cheinhas para monitorar as músicas no exato momento em que decidi olhar a data na telinha reluzente.

Fiz minha higiene matinal e me vesti. Antes de sair, bebi ao menos cinco copos de café, e minha garrafa térmica também estava cheia daquela bebida energizante. Ingerir tanta cafeína talvez faça mal, mas isso é irrelevante quando se está com pressa.

Demorei pelo menos dez minutos para chegar ao estúdio. Andei a vinte por hora na rua, e, como consequência, recebi xingamentos e diversas buzinas que estouraram meus tímpanos.

Chegando no estúdio, dei de cara com Bang Chan e Seo Changbin arremessando meu HanQuokka um no outro, rindo como dois palhaços. Minha boca se abriu e fechou em choque.

— Ah! Meu filho!— Resmunguei, formando um beicinho nos lábios e tentando pegar a pelúcia, inútilmente por que Bang a segurava no alto onde minha altura não permitia alcançar.

— Acho que te faltam alguns hormônios, hannie~— Estapeei com força o ombro de Seo, que grunhiu falsamente em dor— Ai! Não bate no meu braço, fiz treino ontem!

— Que pena que eu não me importo.— Mostrei-lhe o dedo do meio, e Chan atraiu nossa atenção raspando a garganta.

— Primeiramente, bom dia, educação é uma virtude.— Revirei os olhos com sua atitude certinha e cruzei os braços.— Segundamente, que cara de acabado é essa? Parece até que você caiu da cama de manhã.

— Não vou ser educado com quem está jogando minha pelúcida no ar.— Dei a língua para Bang Chan e agarrei o boneco no ar.— Eu não dormi nada, nadinha de nada ontem à noite!

Manhei, me jogando no sofá e sendo acompanhado de Seo, que descansou uma mão sobre os meus cabelos, deixando algumas carícias reconfortantes.

— Vamos pegar pesado com você então — Changbin provocou, um sorriso maléfico brotando em seus lábios.

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