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era sábado, às 13:30 da tarde, e o tempo estava fechado, as nuvens tamparam o sol, e cobriam o céu que antes estava azul, se tornando cinza.

bakugou olhou pela janela, vendo aquele tempo pacato, se sentia entendiado, mas sair naquele tempo era arriscado de ficar na chuva a deriva, sem fazer nada da mesma forma.

então mandou uma mensagem para seu namorado, o chamando para sua casa para fazerem algo juntos, já que não poderiam sair. kirishima lhe respondeu rapidamente confirmando que iria.

ele então decidiu tomar um banho e se arrumar para receber o outro. - mesmo que o outro sempre dissesse que ele estava bonito até quando estava desarrumado.
desde que o parceiro chegou em sua vida, ele começou a prezar mais por si mesmo, mas não apenas por sua aparência, e também por seu autocuidado e bem estar, já que o outro sempre o repreendia quando descobria que ele não estava se cuidando como devia, ele se preocupa bastante com a saúde de bakugou, pois era muito instável.

o loiro pôde ouvir seu celular vibrar enquanto penteava seu cabelo. havia vestido um short azul escuro com tecido leve e confortável, e uma de suas camisetas preta. verificou o smartphone e olhou a mensagem de seu namorado avisando que já estava chegando.

seu coração deu um pequeno pulo. ainda sentia as famosas "borboletas no estômago" sempre que o outro avisava que estava chegando —ainda que já tivessem 1 ano juntos. era como se ainda namorassem a 1 mês. ele não sabia explicar, mas esse sentimento de empolgação e animação ao saber que veria o parceiro nunca sumiria.

ouviu os passos e o portão abrindo, ele foi até seu encontro. eles deram um selinho suave, mas que mostrava como já estavam com saudades um do outro.

o levou até o quarto e se sentaram sobre a cama. kirishima o entregou o saco o qual havia uma caixa de leite moça e o disse que era para preparem um brigadeiro mais tarde, ele assentiu e levou a caixa para a cozinha a deixando na geladeira.

voltando para o quarto, encontrou o outro já deitado na cama, de forma despojada. então também deitou na cama, se aninhando nele e colando seus corpos, quase ficando encima do outro.

a diferença de altura não era tanta, mas ficava meio nítida nesses momentos, quando bakugou teve que erguer a cabeça para conseguir olhar para o rosto de kirishima, que já o fitava.

— que foi? — ele indagou, confuso do por que o outro o estava encarando tanto.

— você está tão lindo hoje sabia? — ele pôs a mão em uma das maçãs de seu rosto, acariciando o local e a encarando com seus olhos rubros. os quais ele sempre fica vidrado, assim como naquele momento.

ele não soube o que lhe responder, enquanto ele o olhava, como se ele fosse uma jóia rara, que só poderia ser encontrada uma única vez. ele segurava seu rosto como se ele fosse tão frágil que qualquer toque mais brusco o quebraria em mil pedaços. ele o admirava com um brilho estonteante nos olhos, bakugou sentiu seu corpo subir de temperatura naquele momento. ele então continuou:

— e tô' falando sério. meu Deus, como você está lindo hoje. você já é lindo sempre, mas hoje, eu não sei o que aconteceu, mas você está ainda mais belo. — dessa vez ele segurou seu rosto com as duas mãos.

ele abriu a boca para tentar formular alguma frase, mas o ruivo aproximou-se de seu rosto, e colou seus lábios nos dele. o loiro rapidamente subiu suas mãos para sua nuca, passando suas pequenas unhas ali, arranhando de leve a pele. kirishima desceu uma de suas mãos do rosto dele, para sua cintura, apertando e a trazendo ainda mais para perto de si.

eijiro pediu passagem com a língua, a qual katsuki prontamente cedeu. o beijo deles não era rápido, era um beijo lento, intenso. era como uma linda valsa, que dançavam em harmonia. sempre que estavam se beijando, sentiam um mix de sentimentos bons. bakugou pensou que seu coração pularia para fora do peito de tão rápido que estava batendo - ainda que o beijo estivesse devagar. o outro segurava sua cintura e o pressionava como se dependesse daquilo.

eles separaram seus lábios um do outro e então se encararam novamente. ele pôs a mão que ainda estava em sua bochecha, na lateral de seu pescoço e desceu seu rosto para o mesmo, inspirando fundo, sentindo seu cheiro, o que fez o corpo dele se arrepiar inteiro.

— hmm.. além de lindo tá' cheiroso pra' caramba! — e afundou seu nariz no pescoço dele outra vez, o que lhe fez cócegas, fazendo-o se contorcer e rir.

ainda com o rosto afundado em seu pescoço, parou de cheirar, começando a beijar a região, o que o arrepiou mais uma vez. então subiu com beijinhos por todo o seu rosto, o fazendo sorrir docemente. segurou seu rosto outra vez e o deu um beijo suave na testa. eles então se abraçaram forte. quando saíram do abraço, estavam sorrindo um para o outro.

— eu te amo tanto. você faz eu me sentir tão bem, é como se você tivesse sido mandado pelo universo especialmente para mim. eu nunca conseguiria ser tão feliz com qualquer outra pessoa como sou com você. você é a minha luz no fim do túnel, eiji. - o loiro soltou.

— eu também te amo, muito. e agradeço sempre ao universo por ter te colocado na minha vida, você foi a melhor coisa que já me aconteceu, tsuki.

ele se aninhou mais ainda ao outro, que pôs a mão em seu cabelo e começou a lhe fazer um cafuné leve e gostoso.

bakugou se sentia tão seguro ali, naquele abraço, aquele abraço era seu lar, era onde o loiro sabia que podia ser vulnerável sem medo. e sabia que com kirishima, poderia ser ele mesma, sem ter que se preocupar se ele o acharia fraco. por quê ali era seguro, estar com ele era seguro. e seu abraço era tão aconchegante que ela sentia vontade de nunca mais sair dali.

dispersou de seus pensamentos quando kirishima lhe chamou.

— tsuki, que tal fazermos o brigadeiro agora? podemos fazer e enquanto esperamos gelar a gente assiste algo.

o outro assentiu e eles então se levantaram e foram para a cozinha fazer o brigadeiro - que quem na verdade fez foi bakugou, já que, como ele costumava dizer, kirishima era um desastre na cozinha. puseram o brigadeiro na geladeira, e voltaram ao quarto para assistir o jogo enquanto esfriava.

o loiro ligou a TV e puseram um filme qualquer. eles se deitaram juntos na cama novamente.

se passou algum tempo e kirishima foi até a geladeira verificar o brigadeiro, que já estava bom. voltou ao quarto com o prato o qual estava o doce, e com uma colher para cada.

eijiro se sentou de pernas abertas na cama, encostando-se na parede, e bakugou prontamente se encaixou no meio de suas pernas, acomodando-se, colocando o prato no meio das suas próprias e dando uma das colheres ao namorado. segurou o celular do mesmo e continuaram a assistir o jogo.

e assim então foi o resto da tarde deles, comendo brigadeiro enquanto assistiam ao filme, tão entretidos que nem se deram conta de que em algum momento havia começado a chover lá fora.

tarde nublada, kiribaku.Onde histórias criam vida. Descubra agora