Capítulo 2

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Abro os olhos lentamente, cumprimentando a manhã com a suavidade do sol que se insinua pelas cortinas entreabertas. Espreguiço-me, esticando os braços na direção ao teto como se pudesse o tocar. 

Ao me levantar da cama, sinto o toque frio do chão sob meus pés descalços. Caminho preguiçosamente até a janela, abrindo-a para deixar a brisa matinal penetrar. O aroma das flores do jardim flutua até mim, envolvendo-me em uma fragrância que despertou os meus sentidos. O banheiro, me chamava como uma música calma e suave. Giro a maçaneta, permitindo com que a luz invada o espaço, revelando um ambiente sereno. Azulejos em um tom de branco com cinzas refletem a luz suave, e o banheiro parece aguardar com expectativa. 

A água do chuveiro caí sobre meus ombros, e eu sinto a temperatura perfeita sobre a minha pele, como uma caricia macia e revigorante. O som das gotas de água caindo sobre o piso branco é como uma perfeita música para meus ouvidos. Desligo o chuveiro e me enrolo no roupão branco ao lado do box. 

Visto meu jeans preto e uma regata branca, minha barriga logo avisa que estava faminta e não me demoro muito quando saio do meu quarto e desço as escadas mesmo com os cabelos molhados pelo banho. 

— Bom dia, querida — Meu pai beija o topo da minha cabeça e me puxa para um abraço. — Se prepare para o interrogatório. 

Olho para seus olhos e depois para a mulher que havia me dado a vida sentada em uma das cadeiras sobre a mesa com vária variedades de comidas. Um café da manhã completo feito por Amélia.  

Meu pai volta para a cadeira no centro da mesa e leva a xicara de café até os lábios. Ando lentamente até a mesa, desejando que Deus me ajudasse nessa. Puxo a cadeira e o barulho da cadeira raspando o chão brilhando por estar recém limpo é a única coisa que nós poderíamos ouvir nesse lugar tão grande.  

Onde estava Kellan estas horas, onde eu mais precisava dele.

  — Onde estava ontem à noite? — A voz da minha mãe saiu fria, trazendo o nervosismos de dentro de mim para fora. Começo a batucar os meus dedos sobre a mesa.  

  — Com Kellan. — Minha voz falhou, revelando o quanto estava nervosa. 

Mamãe tinha esse dom sobre mim, ela fazia isso mais por diversão as vezes. 

— Que horas você... — Ela não consegue terminar, Kellan entra pela porta da frente balançando a chave de seu carro sobre o seu dedo indicador e, com um sorriso nos lábios ele vem até nós. Era sua diversão tirar nossa mãe do sério. 

— Bom dia, família. — Ele atravessa a grande sala e se senta ao meu lado esquerdo, ficando também ao lado do meu pai. —  Que bom que me esperarem, isso foi muito gentil da parte de vocês. 

Minha mão vai até a sua perna debaixo da mesa e o belisco com força. Kellan descansa o seu braço na minha cadeira e sorrateiramente puxa meu cabelo. Quando penso em revidar o seu atrevimento, minha atenção volta novamente para a porta da frente, quatro garotos altos passam pela porta indo em direção a todos nós. 

Um deles se senta ao lado de Susanna, minha mãe. Susanna sorrir graciosamente como se ele fosse um de seus filhos, como se tivesse um imenso carinho por ele. Em resposta a isso, ele pega delicadamente uma das mãos da minha mãe que estavam relaxadas em cima da mesa e a leva aos seus lábios, ele distribui um beijo caloroso e sem intensões maliciosas. 

  — Tem sorte que sou um homem bem calmo e orientado, Max. — Disse meu pai, levando a xicara de café até os lábios. 

  — Não pense maldades sobre mim, Sr. Vicent — Max esboça um sorriso gentil e ao mesmo tempo malicioso. 

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⏰ Última atualização: Feb 01 ⏰

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