E assim o coração será tocado, pela mão suave do amor; e, quando dois corações são um só, nenhuma razão é exigida. - Lord Byron.
Os anos passaram desde que Emily e William começaram a namorar. Eles haviam enfrentado desafios, celebrado vitórias e continuavam a compartilhar alegrias e tristezas. Após um período de namoro, eles deram o próximo passo e foram morar juntos. A casa que compartilhavam era um testemunho do amor que haviam construído, repleta de memórias e momentos felizes.
Os dois desfrutavam de manhãs preguiçosas nos fins de semana, aproveitando a sensação de estar nos braços um do outro. As risadas ecoavam pelos corredores enquanto eles preparavam o café da manhã juntos, trocando brincadeiras e segredos.
Uma tarde, enquanto William estava concentrado na leitura de um livro, Emily se aproximou dele, um sorriso travesso nos lábios:
- Você está prestes a ser vítima de um ataque de cócegas.
Antes que ele pudesse reagir, ela mergulhou as mãos e começou a fazer cócegas em sua barriga. William soltou uma gargalhada contagiante, tentando escapar das mãos dela enquanto pedia misericórdia.
- Emily, não! - ele riu, tentando afastá-la.
A brincadeira terminou com os dois no chão, rindo sem parar. Emily olhou para William, seu coração transbordando de gratidão por ter alguém com quem possa compartilhar esses momentos.
Emily adorava observar William enquanto ele contava histórias engraçadas com gestos exagerados, fazendo-a rir até que as bochechas doessem.
Em um Domingo ensolarado, eles decidiram fazer um piquenique no parque. Sentados na grama, eles compartilharam um cesto de comida.
As noites eram preenchidas com filmes aconchegantes, abraços calorosos e longas conversas sobre sonhos.
No entanto, em uma noite tranquila, depois de um jantar romântico à luz de velas, Emily olhou para William com os olhos brilhando:
- William, eu te amo.
O sorriso dele congelou por um momento, e o brilho em seus olhos parecia ter se apagado. Pela primeira vez, um silêncio desconfortável pairou entre eles, enchendo o espaço com uma tensão que antes não existia.
Finalmente, ele falou, sua voz parecendo distante:
- Eu também te amo.
Mas havia algo em suas palavras, uma hesitação, quase como se não viessem do fundo do coração. Emily sentiu um aperto no peito, como se algo não estivesse certo.
Nos dias que se seguiram, ela notou que William estava mais distante, mais ausente. Suas conversas não eram mais tão íntimas, seus abraços não eram tão apertados. Ele parecia estar preso em seus próprios pensamentos, e a lacuna entre eles começou a crescer.
Emily se perguntava o que havia acontecido, o que tinha mudado desde o momento em que ele disse que a amava. E enquanto o amor dela continuava a crescer, o dele parecia ter se transformado em algo mais complicado, mais difícil de entender.
Uma noite, antes de um jantar silencioso, Emily olhou para William, suas palavras carregadas de preocupação:
- William, você tem andado um pouco distante ultimamente. Há algo que você não está me contando?
Ele suspirou, seus olhos se encontrando com os dela:
- É só que... o trabalho tem sido estressante. Eu tenho estado sob pressão, e isso tem me afetado.
Embora Emily soubesse que ser ator era demandante, ela sentia que havia algo a mais. Uma fissura começava a se formar entre eles, uma sensação de que ele estava escondendo algo dela.
Com o passar do tempo, essa sensação de distanciamento se aprofundou. Emily lutava contra o medo de que algo estivesse mudando irrevogavelmente entre eles. Ela se perguntava se William a amava da mesma forma que antes, se o relacionamento deles estava se enfraquecendo.
Outra noite, enquanto estavam sentados na varanda, olhando para as estrelas, Emily finalmente encontrou a coragem para expressar os seus sentimentos:
- Wiliam, eu amo o que temos e que construímos juntos. Mas eu sinto que você está diferente. Você ainda me ama do mesmo jeito?
Ele olhou para ela, seus olhos cheios de conflito. Por um momento, ele pareceu prestes a dizer algo, mas então ele se calou.
- É só o trabalho, Emily. Eu prometo que vou lidar com isso. - foi tudo o que ele conseguiu dizer.
Emily sentiu um vazio em seu peito, uma resposta que não a convenceu completamente.
Naquela noite, enquanto se deitava ao lado de William, ela olhou para o teto, sentindo-se confusa e perdida.
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Cena Final
RomanceEu te amarei até as cortinas se fecharem; até que eu viva minha cena final...