capítulo 2

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Stella Johnson

paro no mesmo instante ficando paralisada. Eu até cogitaria em olhar para trás, se não tivesse um objeto afiado contra meu pescoço.

ERA UMA FACA?!

uma mão cobre minha boca impedindo-me de falar, enquanto a outra continua pressionando o objeto cortante sobre meu pescoço.

começo me desesperar ainda mais, não ouso falar ou me mexer.

estava um completo silêncio e isso me deixava cada vez mais apavorada, cada segundo q passava, parecia uma eternidade.

a única coisa que consigo ouvir é uma respiração perto do meu ouvido.

tento esconder meu celular embaixo do meu moletom ao pensar na possibilidade de ser assaltada, mas logo sou impedida por uma voz.

- não ouse!

as lágrimas que antes haviam cessado, voltam a cair.

Eu não queria acreditar no que estava acontecendo. Eu havia acabado de sair de casa após levar uma tapa da minha genitora e agora estou aqui, prestes a ser assaltada.

- não se mexa e passa o celular! - ouvi um sussurro sobre meu ouvido.

- NÃO. - falo sem pensar.

rapidamente sou posta contra a parede, permitindo-me assim de ver seu rosto na pouca iluminação da rua.

ele tinha a aparência de sujo, seu cabelo um pouco     grande e barba por fazer, aparentemente por volta dos seus 50 anos.

- SOCOR-  - tento pedir ajuda, mas fui interrompida por sua enorme mão impedindo a passagem da minha voz.

- nem tente, ninguém vai te ouvir. - fala pressionando ainda mais sua mão contra minha boca.

já estava me sentindo enojada devido à pressão do seu corpo sobre o meu.

ele estava cada vez mais perto de mim, sua respiração profunda juntamente ao seu olhar malicioso, me assustavam. logo em seguida ele joga sua faca sobre o chão, deixando assim sua mão livre.

o que ele estava fazendo? penso comigo mesma.

fui pega de surpresa quando ele, maliciosamente, desliza sua mão pelo meu corpo, me deixando ainda mais assustada.

- se você gosta da sua mão, eu sugiro que pare agora - ouço uma voz grave falar. Rapidamente olho em direção a voz e me surpreendo vendo um garoto extremamente lindo.

ele era alto, tinha cabelos escuros, seus lindos olhos castanhos eram vazios e inexpressivos, seus lábios carnudos e rosados, ele era realmente muito lindo.

não demora muito para que o homem que estava me imprensando contra a parede me solte, ele me solta de uma vez, fazendo com que que caia de joelhos no chão. ele o olha assustado, temendo com o que pudesse acontecer consigo mesmo.

- me perdoe senhor - ele repetia desesperado - eu não sabia que ela era uma das suas putas - quando ele fala isso eu a olho indignada. ele havia me chamado de puta?!mesmo irritada eu não rebato pois eu já estava exausta de toda situação.

- acho melhor você da o fora daqui antes que eu estoure sua cabeça! - o homem nem pensa muito, apenas sai correndo sem nem olhar para trás.

eu ainda estava no chão, paralisada sem acreditar noque tinha acabado de acontecer, fui assediada, quase roubada. E agora acabei de ser "salva" por um desconhecido que não sei se agradeço ou simplesmente fujo dele.

- você vem comigo, levanta! - disse autoritário. quem ele está pensando que é? ou melhor, quem ele era?

- levanta da porra do chão - repetiu irritado, indo em direção à um carro que estava do outro lado da rua, ele olha para trás na esperança que eu o-siga.

levantei no mesmo instante, mas não porque ele havia mandado, e sim porque eu não queria ficar nem mais um minuto nesse lugar, queria sair o mais rápido possível daqui.

- eu não vou a lugar nenhum com você. - falei irritada.

ele para onde estava, dando meia volta e vindo em minha direção. sua expressão não estava nada boa. na medida em que ele se aproximava de mim, eu recuava aos poucos. me vejo perdida quando eu bato com as costas na parede vendo que não tinha mais para onde sair. ele se aproxima de mim pousando uma mão em minha cintura e a outra em meu pescoço.

- eu não estou pedindo. - ele falava apertando cada vez mais suas mãos contra meu corpo - ou você entra na porra do carro, ou eu te coloco a força!

ele percebe que não vou me mover do lugar e agarra em meu pulso.

- para onde vai me levar? - pergunto sendo arrastada por ele até o seu carro.

- cala a porra da boca e vem comigo - diz impaciente me jogando no banco do passageiro.

me ajeito no banco, decido apenas aceitar, nada que eu fizesse iria mudar minha situação.

começo a encara-lo enquanto o mesmo dirigia concentrado na estrada, ele era ainda mais lindo de perto.

mas afinal, quem era ele? por que ele tinha me salvado? oque ele queria comigo? as dúvidas se instalaram em minha mente.

- gosta doque está vendo? - falou passando a língua pelo piercing no lado direito do seu lábio inferior, sem tirar sua atenção da estrada, sua voz soava provocante.

decido o-ignorar e desvio o olhar de imediato encostando minha cabeça na janela do carro, adormecendo aos poucos...

acaso - o sequestro de stella Onde histórias criam vida. Descubra agora