Capítulo 2

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Durante os intervalos entre um período de aula e outro, o Matheo costuma ir para o terraço do prédio da universidade. Olhando as nuvens no céu, sentir a brisa, e observar as pessoas que passam pelo pátio. Estar sozinho no terraço o traz uma momentânea sensação de paz, porque isso o faz esquecer temporariamente toda a hostilidade e indiferença da vida urbana. Pensativo sobre o quão ególatras as pessoas são, sem importar-se umas com as outras, Matheo opta por viver em seu próprio mundo.

Dentre todos os conhecidos o único pelo qual o Matheo tem um desprezo profundo é o esnobe Hendrix Taylor. Um jovem Inglês de temperamento desprezível e esnobe. Cujo foi ensinado desde sempre que os fins justificam os meios, e que aqueles que possuem alto status não devem respeito algum aos demais.

Hendrix, está passando pelo corredor, com o velho ar arrogante. indo em direção ao terraço onde está o Matheo ele não perde a oportunidade de irritá-lo sempre que possível com suas hostilidades mais uma vez. Dizendo: - "Ora ora, se não é a ratazana!" - As garotas que seguiam o Hendrix começam a rir, e isso arranha o ego do Matheo. Hendrix sempre coloca apelidos, e irrita Matheo de todas as formas. E por isso, só de estar na presença do Hendrix já é o suficiente para o Matheo ficar nervoso. 


Matheo não suporta a presença do Hendrix, o que faz ar do terraço ficar pesado, o que faz com que Matheo saia de lá. Indo em direção à porta de acesso do terraço, ele passa por Carolline Di Viera, uma jovem de cabelos cacheados e ruivos na altura dos ombros e cacheados, olhos verdes, de 21 anos, estudante de geologia. Matheo pensa sozinho: - "Esta deve ser mais uma das marmitas do esnobe do Hendrix". - então segue murmurando: - " Eu realmente não sei o que torna um sujeito tão arrogante, mimado, e mesquinho tão popular... melhor não ficar pensando muito nisso. Apenas preciso ignora-lo." - Carolline olha para Matheo com um misto de desprezo e pena, mas quando olha para o Hendrix, ela sorri enquanto enrola seus cabelos com o dedo indicador, e segue correndo em direção a ele. Depois disso Matheo desce as escadas e segue em direção ao corredor.

Pensativo, Matheo passa a lembrar-se de que outro dia na biblioteca do campus enquanto fazia a leitura rotineira de todas as manhãs de terça-feira. Carolline estava acompanhada de outras duas amigas, a Larissa e a Natasha além do Hendrix, sentados em outra mesa. Enquanto as garotas cochichavam e riam baixo olhavam para o Matheo e tentavam provoca-lo. Nem mesmo na biblioteca ele tem paz. Carolline diz em voz baixa:- "este  garoto é um completo nerdola, muito estranho ele, sempre metódico, faz sempre as mesmas coisas, não é nada imprevisível"  - Natasha conclui: - "geralmente pessoas metódicas são estranhas, pode esperar que todas as terças pela manha ele está aqui, até mesmo a bibliotecária certa vez comentou isso. além do mais ele senta-se sempre na mesma mesa, isso não parece assustador?" - Larissa apenas pensa em voz alta: - "ele nunca é visto com pessoas normais apenas com um ou dois nerds, será que ele tem algum tipo de problema?" - Hendrix rindo ironicamente diz: - "eu não acho que o mosca morta do Matheo seja algum tipo de ameaça ele é um um sujeito estranho, alienígena à própria realidade de fracassado. Não liguem para ele garotas". - ouvindo tudo naquele momento Matheo perde a concentração em suas pesquisas, e olha para os quatro com uma fúria controlada. então vendo aquela expressão, Carolline diz: - "tem razão Endy, acredito que ele o inveje, olha só como aquele cara esta olhando, simplesmente nojento!". - Tendo ouvido tudo, Matheo ri alto na biblioteca, chamando a atenção de todos ali. Ele então diz - "quem invejaria alguém que vive esnobando aos outros? veremos por quanto tempo este teu ego doente irá permanecer intacto". - Então Matheo direcionou-se à mesa da bibliotecária, entregou o livro que estava lendo e se retirou. Fora da biblioteca ele murmura em voz baixa: - "o que eu fiz para merecer isso?"

Descendo as escadas, em direção ao corredor, Matheo se encontra com o Suzuki, seu amigo. Suzuki está sentado sozinho no canto da escada, de cabeça baixa, com seus fones de ouvido, e nem percebe a aproximação do Matheo. Suzuki parece estar muito concentrado, rabiscando algo. Matheo se aproxima meio de vagar para ver o que seu amigo está fazendo,  e ao se aproximar percebe que é um retrato de uma garota, e pelos traços, o Matheo vê que ela é familiar. percebe que é a Natalia que estuda na sua turma, e pensa consigo mesmo: -" ora ora..." Então o Matheo tira o fone de seu amigo e diz: - "eu a conheço... é a Natalia não é?" - Suzuki o responde:- " sim é ela, ela estuda na sua turma não é mesmo?" - Matheo pensa um pouco e diz ao seu amigo: - "cara, você tem muito talento para artes no geral, mas como amigo te aconselho. No teu lugar eu desencanaria dela, mas você sabe o que é melhor pra você!". - Suzuki sorri e diz: - "Não diria que é talento, é apenas um hobbie. E não se preocupe, faz uma semana que ela veio falar comigo, e faz dois dias que ela me convidou para a sua casa! Sabe o que isso significa?". - Matheo não responde nada, mas pensa consigo: - "Quando alguém está fortemente iludido se torna incapaz de perceber a realidade, por mais visível que esteja, rejeitam qualquer  tentativa de despertar, até que suas expectativas sejam quebradas, só espero que ele não sofra por isso".

O sinal toca, e Matheo segue para a sua turma, Suzuki o segue, e Matheo o indaga: - "cara, você não estuda no outro pavilhão?" - Suzuki sorri e diz: - "sim, mas peguei algumas matérias na sua turma!" - Matheo sorri sem graça e apenas diz: - "ahh cara...". - Depois de alguns segundos de silencio, Suzuki pergunta: - "Você que a conhece poderia me dizer do que a Natalia gosta?" - Matheo o responde: - "eu não a conheço tanto assim, ela apenas estuda na mesma turma que eu". - Matheo sorri e diz: - "cara, você não acha que está cedo de mais não?" - Suzuki o responde com outra pergunta: - "cedo de mais para que?" - os dois então seguem para a sala de aula.

Neste momento os sensores da agencia espacial russa detecta uma estranha anomalia nas leituras da borda do sistema solar. porém o objeto em si não pode ser lido. Os pesquisadores cogitam antes de tudo que seja uma falha no sistema, e por isso opta por não acionar as autoridades a priori.

Opressor Alien - Ecos da Guerra - Preludio do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora