one-shots topcraft/utopia 1 e 2

Perfeito para mim - Uto!Lapuh

Autora: Minhas aulas vão começar dia 7, então provavelmente os capítulos vão demorar um pouco para sair já que eu vou estudar integral (1° ano do ensino médio na ETEC , tô ansiosa pra porra e ainda nem acredito que consegui passar)

Pedido: lyliadocassy

Shipp: Lapuh

Universo: Utopia 1

Palavras: 1387

Gênero: Sad!cute

Aviso: Linguagem de baixo calão; Disforia de Gênero; insegurança; ansiedade; transfobia

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*Nada nesse mundo é infinito, isso é um fato, exeto, talvez, a estupidez humana. Afinal, qual explicação mais pode ser dada a seres que se acham os mais inteligentes do universo, mas mesmo assim tem tanta dificuldade o que foge de seu padrão? Quando finalmente entenderão que meras palavras podem causar um terrivel estrago para uma pessoa inocente? Porque as palavras são as coisas mais poderosas existentes, meras palavras foram capazes de salvar vidas, meras palavras que puderam criar guerras e tirar diversas outras... apenas três miseras palavras foram capazes de destruir uma paz a qual alguém lutou por anos para obter*

*Quanto tempo ja havia se passado desde que sua confiança e autoestima foram reduzidas a migalhas? Como foi possível que em apenas algumas horas atrás ele se sentia um dos homens mais bonitos e poderosos existentes? Como foi possível que nesse pequeno pequeno período de tempo ele tenha se sentido tão fodidamente errado? Por que ele teve que voltar a essa fase de sentir que seu corpo não pertencia a si mesmo? Por quanto tempo mais ele continuaria tremendo enquanto segurava aquela maldita tesoura?*

*Sua cabeça estava levemente curvada para frente, seus lábios entre-abertos enquanto ele lutava para manter a respiração estável e não cair em uma crise, os longos cachos ruivos eram visíveis em seu campo de visão, juntamente com as pequenas lagrimas nos cantos dos olhos, As orbes negras nunca deixando de vagar por seu reflexo no espelho*

*Por que isso teve que acontecer justo agora? Ele estava indo tão bem, após todos aqueles malditos anos de sofrimento, mesmo depois de tanto tempo sendo tratado como algo que ele não era e nunca seria, após tanto tempo sendo chamado por um nome que nunca lhe pertenceu, sendo obrigado a aceitar coisas que não gostava e nunca iria gostar, mesmo depois de todo aquele inferno ele havia conseguido se descobrir, se aceitar e amar como era, tendo pela primeira vez na vida se sentindo confortavel com o corpo que nasceu*

*Demorou tanto tempo para que ele finalmente pudesse entrnder que não, não havia nascido no corpo errado; Que ele não era uma aberração ou qualquer merda que essas pessoas falassem; Que não importava que um maldito papel o definisse por um nome e uma características social que nunca o pertenceriam*

*Ele era Apuh, ele sempre foi Apuh, ele sempre vai ser Apuh, idependente doque todos os outros pensem, não lhe importava que aquela maldita certidão de nascimento tivesse escrito um nome de alguém que nunca existiu; Ele nunca pertenceu aquela família de merda; Seu nome nunca foi aquele; e ele era um garoto, sempre foi um garoto, nasceu e vai morrer como um idependentemente doque todos aqueles malditos documentis disessem*

*Então porque toda aquela segurança que ele criou foi destruida por alguém tão pateticamente insignificante? Porque mesmo após tantos anos ele ainda permitiu que meras palavras o machucassem daquela forma? Porque mesmo depois de tudo as pessoa simplismente não aceitavam algo tão fodidamente facil de entender?*

*Sua mente foi repentinamente retirada de seus devaneios ao ouvir o ranger da porta, indicando que a mesma havia sido abertan permitindo que seus olhos negros pudessem observar pelo reflexo enquanto um garoto alto e bonito adentrava o cômodo*