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Sou musa do verão - Luísa Sonza

"Enquanto o tempo para devagar, tu beija forte

Se é um sonho, baby, I don't know

Olho sob a pele do teu corpo, me lambuzo com teu gosto

Baby, I wanna come"

Não consigo dormir mais que oito horas; sempre acordo no mesmo horário, não importa se terei compromisso ou não

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Não consigo dormir mais que oito horas; sempre acordo no mesmo horário, não importa se terei compromisso ou não. Às oito em ponto, eu estou de olhos bem abertos tentando sair do emaranhado de pernas e braços chamados de Jeff e Ta. Os dois estão dormindo profundamente, alheio aos tapas e chutes que dou para sair da cama. Caio de bunda no chão, e preciso morder os lábios para não gritar. Agora que a névoa de desejo passou, eu sinto o meu corpo todo dolorido. Ficar em pé se torna uma batalha, e eu preciso me segurar nos móveis para conseguir levantar.

- Nunca mais faço uma merda dessas - resmungo, e eu mesmo não acredito no que digo. A dor é apenas uma das fases do processo, e um orgasmo maravilhoso foi o que ganhei pelo meu esforço.

Após um banho rápido busco um dos moletons de Jeff para combater o clima nublado, e decido preparar o café da manhã. Embora não esteja acostumado a cozinhar para ninguém além de mim e do meu irmãozinho, faço uma exceção. Meses de convivência com esses dois idiotas me ensinaram sobre suas preferências alimentares e outras peculiaridades.

Na cozinha, enquanto preparo ovos mexidos sem gema para Jeff e uma torrada com geleia de morango para Ta, sinto a presença do moreno atrás de mim. Ele me envolve com os braços, sua respiração quente batendo em meu pescoço antes de depositar um beijo suave.

- Bom dia, gatinho - ele murmura, e um sorriso involuntário surge em meus lábios.

- Bom dia, lindo. Jeff ainda dorme? - pergunto, acomodando-me na cadeira que ele gentilmente abre para mim.

Ao meu lado, Ta se ajeita, servindo um pouco de café enquanto responde: - Está no banho.

Ele deixa a xícara de lado e se inclina para mais um beijo, desta vez mais intenso. Minha comida temporariamente esquecida, permito-me perder-me na habilidade de Ta com a língua. Qualquer pensamento que não envolva o momento presente desaparece até que uma tosse breve nos separe.

- Se vão fazer isso, façam em outro lugar, não na minha mesa - reclama Jeff, seu mal-humor matinal evidente. Acordar ao seu lado sempre é uma tarefa árdua; o homem é insuportável antes do café. Houve várias ocasiões em que o deixei dormindo e retornei para casa só para evitar lidar com seu humor pela manhã, mas com o passar das semanas, acabei me acostumando.

- Ele é sempre assim pela manhã? - Ta pergunta num sussurro.

- Não, ele consegue ser bem pior - respondo, rindo ao ver a expressão de desgosto no rosto de Jeff.

Bebo um gole do meu café e o afasto. Levanto da minha cadeira e contorno a mesa, sentando no colo de Jeff. Apesar do semblante irritado, ele não me afasta quando o puxo para um beijo. Jeff agarra minha nuca, invadindo minha boca com sua língua; e apesar de não ter as habilidades de Ta, ele ainda consegue me fazer derreter em seu colo.

𝐂𝐀𝐍𝐃𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora