A Irmã do Pecado

ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 𝔗𝔯ê𝔰

Ao recobrar a consciência, percebo que estou em um quarto escuro e sombrio. Estou sentada em uma cadeira desconfortável, com minhas mãos amarradas firmemente nela. A atmosfera do quarto é opressora, com uma sensação de mistério e um certo perigo pairando no ar.

As paredes são revestidas por um papel de parede antigo e desgastado, com padrões florais desbotados. A iluminação é fraca, proveniente de uma única lâmpada pendurada no teto, emitindo uma uma luz amarelada e sombria.

No centro do quarto, há uma cama de dossel imponente, com cortinas pesadas e escuras que a cercam. A cama é adornada com tecidos luxuosos e detalhes em renda, transmitindo uma sensação de decadência e extravagância. Ao redor da cama, há velas acesas, criando uma atmosfera ainda mais sinistra.

As paredes estão decoradas com pinturas sombrias e macabras, retratando cenas perturbadoras e grotescas. Uma estante de madeira escura está repleta de livros antigos e empoeirados, com títulos misteriosos e capas desgastadas. Uma mesa de escrita está posicionada ao lado da estante, com uma pena e um tinteiro, como se alguém tivesse acabado de escrever algo importante.

No canto do quarto, há um espelho antigo e envelhecido, com uma moldura ornamentada. Ao me olhar no espelho, percebo que minha expressão está repleta de medo e confusão. O reflexo no espelho parece distorcido, como se houvesse algo sobrenatural acontecendo.

Ao piscar algumas vezes, tentando assimilar a realidade ao meu redor, meus olhos se fixam em Copia, que se aproxima lentamente com um sorriso tímido no rosto. Meu coração dispara e meus olhos se arregalam de surpresa e confusão.

Uma enxurrada de pensamentos invade minha mente enquanto tento entender o que está acontecendo. Por que estou no quarto do Papa IV? Como vim parar aqui? O que está acontecendo?

Me remexo inquietamente na cadeira, mantendo meus olhos fixos em Copia. A confusão e o medo se misturam dentro de mim, enquanto tento entender a situação em que me encontro. Com a voz trêmula, questiono:

- Mas que merda é essa, Copia? O que está acontecendo? Por que estou amarrada?

Minhas palavras saem em um sussurro, carregado de desespero e frustração. A sensação de estar presa, incapaz de me mover livremente, aumenta minha angústia. Observo atentamente cada movimento de Copia, em busca de alguma resposta ou explicação para o que está acontecendo.

Com um misto de alívio e surpresa, observo Copia se aproximar de mim e começar a desatar as cordas que me prendem à cadeira. Seus olhos transmitem uma mistura de preocupação e medo, enquanto ele se desculpa:

- Perdão, irmã. Eu a amarrei porque fiquei com um certo medo de que, ao acordar, você pudesse me atacar por medo.

Antes que Copia possa dizer mais alguma coisa, sinto as cordas se soltarem e rapidamente passo a mão nos pulsos, aliviada por estar livre. No entanto, antes que ele possa se afastar, um impulso de raiva e desconfiança toma conta de mim. Sem pensar duas vezes, pulo em cima de Copia, derrubando-o no chão com força.

- Era você, Copia? Era você que eu vi me observando pela janela de vitrais?

Minhas palavras saem em um tom desafiador, ecoando pelo ambiente enquanto seguro Copia com firmeza, imobilizando-o. Sinto a textura fria do chão sob meu corpo, enquanto minhas pernas se posicionam de cada lado do corpo de Copia, mantendo-o preso. Meus joelhos pressionam levemente seus braços, impedindo qualquer tentativa de fuga.

A expressão em seu rosto é uma mistura de surpresa e confusão, enquanto tenta se recuperar do impacto da queda. Seus olhos encontram os meus, e por um momento, posso ver um brilho refletido neles. Sinto a tensão em seus músculos enquanto ele tenta se libertar do meu domínio, mas mantenho minha posição, determinada a obter respostas para as perguntas que me atormentam.