(part.2): sádico

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Capítulo três (part.2): sádico

Eu sabia, sabia que se deixasse Jeongguk sair por cima daquela situação eu facilmente perderia o controle dar coisas, sabia que se deixasse ele dizer o que quer e quando quer, não demoraria muito até que eu estivesse chupando seu pau ao invés do cano de uma arma.

Aquele filho da puta de merda!

Ainda estava ajoelhada quando ele afastou a arma de meu rosto, onde um sorriso amargo se faz presente. Aquela situação merecia aplauso dos telespectadores; uma coroação, pois foi tão tosca e excitante, que atiçou meu pior lado.

— Achei que não fosse ser minha putinha, Campbell. Então, por que se comporta feito uma? — Guardou a arma na parte de trás de sua calça.

Solto uma gargalhada, me apoiando em meu joelho para me levantar. Ficar frente a frente com Jeon Jeongguk nunca foi tão esplêndido quanto agora, nunca foi tão satisfatório quanto poder ver com meus próprios olhos ele se gabar de uma batalha ganha.

Uma lágrima de dor escorreu por minha bochecha, e com um sorriso sádico eu fiz questão de limpa-la, usando apenas a ponta do dedo.

Os olhos do moreno captavam todos os meus movimento meu, qualquer singelo ato, mas vi com exatidão o momento em que engoliu a seco ao me ver afundar o dedo em minha boca, sugando a gota ao qual eu nunca desperdiçaria por conta de alguém como ele.

Minha boca se deliciou no salgado de minha própria dor, e Jeon pareceu respirar com dificuldade por minhas ações.

— Você não serve nem para cafetão, oficial Jeon — iniciei, caminhando em sua direção. A jaqueta de couro o deixava sexy, os piercings nos lábios o dava uma aparência de errado e, caralho, isso me deixa maluca nesta situação — Eu treparia com você pelo prazer de ter um corpo como o seu por baixo do meu. Para ver a humilhação de te fazer gozar e chamar pelo meu nome, como um garoto inexperiente...

Ele sorriu.

— Eu não fico por baixo, Campbell. Nunca.

Nego, olhando fixamente em seus olhos:

— Não, Jeon: você não ficava por baixo. Comigo, você vai aprender que as coisas sempre são como eu quero — meu sorriso foi avaliado por suas fulminantes íris.

Dei um passo em sua direção, descansando minha mão em seu peitoral, subindo-a vagarosamente por seu pescoço, e chegando as bochechas macias do moreno cujo não parecia se importar com minha aproximação. Não. Jeongguk gostava de ser desafiado, gostava de ser pressionado por uma situação como aquela, gostava de ver até onde as pessoas iriam para confronta-lo.

Minhas unhas eram afiadas, pintadas em um vermelho sangue tão profundo que quando passei sobre a pele alva, fazendo o líquido que passa por suas veias deslizar por sua bochecha, se mesclando a a sua coloração.

— Jamais, Jeon, escute bem, jamais serei sua. — digo em convicção.

Ele sorriu, dando um passo adiante, com minhas unhas ainda perfurando seu rosto.

— Você se tornará obediente quando a hora chegar, Kyle. — ele soprou tão próximo ao meu rosto, que pude sentir o cheiro de nicotina esvair de sua boca — Eu vou te trazer na palma da minha mão, putinha — novamente um sorriso cortou meus lábios.

— Boa sorte em fazer o que nenhum outro foi capaz, Jeon Jeongguk — e antes que eu pudesse me afastar, ele segura meu pulso, observando traços de seu sangue na ponta de meus dedos.

— E eu farei, Kyle. Porque eu não sou como os outros — afundou meus dedos em sua boca, deixando sua língua deslizar por minha derme. Jeongguk chupou meu dedo com força, me fazendo prender um arfar.

A vida havia me enfiado em uma guerra de prazeres do qual eu me recusava a perder.

Jeon jeongguk jamais me teria como submissa.

DANGER, 202 (Jeon Jeongguk) Onde histórias criam vida. Descubra agora