III

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GAVI

- O que eu preciso fazer? - pergunto ao homem que sorri

- primeiro, o dinheiro - ele estende a mão

Toco em meus bolsos molhados vazios, droga eu nem tinha pensado direito. Olho para ele mostrando meus bolsos

- sem dinheiro, sem acordo - ele diz se virando e andando

- Espera - ele para de andar - eu tenho no carro

- eu não tenho a noite toda - ele diz

- espera aí, - digo correndo

Vou até o carro, mexo no porta luvas e pego dinheiro que jogo lá quando sobra de alguma compra, deve ter mais de um milhão são notas altas

Corro de volta ao local e não encontro mas ele, olho ao redor e só vejo túmulos, escuridão e a chuva

- Ei! - grito olhando para o redor

Então, vejo uma cabana com uma luz amarelo fraca, vejo sombra de uma pessoa. Ando lentamente até lá, quando entro vejo várias velas em forma de uma estrela, franzo o cenho enquanto vejo o homem acendendo a última vela.

- o que é isso?

- tá com o dinheiro? - ele me ignora

- tá aqui - coloco emcima de uma mesinha - tem mais de um milhão- ele sorri

- ótimo

- o que é isso?

- isso vai fazer você ver sua garota novamente. - ele me olha agora - algum problema?

- não... - digo sentindo um clima estranho

- ótimo, agora estende o braço

- para que? - pergunto enquanto ele pega uma faca

- seu sangue - ele vem até mim - você quem disse que estava disposto - ergo meu braço - boa garoto

Assim que ele diz ele corta meu pulso, muito sangue sai do meu braço, minha respiração fica fraca, meu coração acelera enquanto vejo ele sorri

o homem pega o copo e enche até a metade de sangue. Eu não tenho mais força na perna então eu primeiro fico de joelho. O homem apaga as velas com meu próprio sangue enquanto ele dizia algo

- o-o que você... - tento falar enquanto caio totalmente no chão

Me sinto tão fraco, ainda perco muito sangue, sinto meus batimentos cardiacos ficarem fraco agora e tão difícil respirar, pisco lentamente tentando não deixá-los fechar totalmente enquanto ele deixa uma gargalhada

- ah não, aqui não garoto - ele diz vindo até mim

Sinto ele me pegar no colo, minha visão está embaçada mas ainda consigo ver malmente, ele me joga no chão e eu gelo de dor

- pronto, garoto. Você terá o que deseja, só não se esqueça das condições

Minha visão está embaçada mas consigo ver ele sair andando, olho para frente e vejo o púlpito de Bárbara enquanto a chuva caia sobre mim, sinto meu coração parar devagar

- me desculpa, Bárbara... - são minhas últimas palavra

Fecho meus olhos já aceitando minha morte. Mas quando fecho os olhos vejo que estou em algum lugar escuro, olho ao redor e não vejo ninguém

- alguém? - grito mas não só ouço meu eco. Ando mais um pouco

- Gavi? - ouço a voz... da Bárbara?

Paro de andar ao ver Bárbara de costa com uma roupa preta, corro até ela mas quando toco em seu ombro ouço um barulho alto, fecho meus olhos tampando o ouvido

Quando abro os olhos, vejo um teto, um teto bem familiar, em seguida sinto sacudidas fortes

- Gavi eu... - Pedri diz, eu fecho os olhos e tampo os ouvidos pela dor de cabeça

- para de gritar por favor. Tô com dor de cabeça - tiro minhas mãos do ouvido

- você tá bem? - ele pergunta e eu abro os olho, quando vejo Pedri tomo um susto, ele wsta mais jovem

- Pedri? Como você... - toco em seu rosto - tirou a barba ou... Você ta mais jovem

- ele com certeza não tá bem - Pedri diz me olhando assustado

olho em volta e vejo que estamos na antiga casa do Pedri. Não pode ser real. Corro até o espelho e me vejo mais novo, toco em meu rosto boquiaberto

- qual é o teu problema? - ele pergunta me olhando estranho

- em que ano estamos? - pergunto e ele levanta devagar da cama - Pedri?

- 2022, maluco - ele diz se aproximando

- meu Deus - digo sorrindo com a mão na boca - isso é real? - me belisco para ver se dói e realmente dói

- o que você comeu ontem enquanto estava fora? - ele pergunta

- espera... - toco em seu ombro - você foi numa festa ontem?

- fui... - ele diz estranhando

- eu fui junto? - pergunto e ele tira minhas mãos do seu ombro

- não, quando estávamos saindo você disse que estava com dor de barriga, então eu te dei remédio e você disse que não passava e resolveu ficar, quando voltei já estava na cama

Olho para meu braço que não está com nenhuma marca de corte, mas dói.

- acho que era mais grave do que uma dor de barriga - Pedri diz - quer ir no hospital?

- não, eu tô bem - digo sorrindo

- tá bem, vamos tomar café.

- pode ir na frente eu vou... - digo me olhando no espelho

- cara estranho - ele sussurra saindo

- meu Deus eu consegui! - digo sorrindo para o espelho - agora eu só preciso encontrar ela e pronto.

...

𝚊  𝚗𝚎𝚠  𝚋𝚎𝚐𝚒𝚗𝚗𝚒𝚗𝚐  𝚠𝚒𝚝𝚑𝚘𝚞𝚝  𝚖𝚎《 𝙶𝚊𝚟𝚒 volume III 》Onde histórias criam vida. Descubra agora