Sinopse: você tem uma notícia para dar ao seu marido quando ele chega de viagem, mas a notícia não sai como você esperava.
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Ecco foi buscar o Jeremiah no aeroporto enquanto eu ficava em casa terminando de arrumar a caixa agora embrulhada em minhas mãos- espero que ele goste- sussurro para mim mesma
Escuto o barulho da porta do quarto e, por ela, Jeremiah entra
- Miah!- corro até ele e lhe dou um abraço forte. Ele me pega no colo e leva até a cama, me pondo sentada em seu colo
- como você está, querida?- ele tinha um leve sorriso no rosto
-hum... Precisamos conversar- ele franziu o cenho e imediatamente olhou para a caixa ao seu lado
- é claro. Pois, diga- saio de seu colo e me sento atrás da caixa, de frente para ele
- eu... Eu queria te... O que acha de termos um cachorrinho?- pergunto e ele me olha com atenção
- se for isso que estiver aí dentro trate de se livrar disso- ele levantou e começou a ir ao banheiro
- foi só uma pergunta!- ele me olhou dos pés a cabeça e voltou a caminhar em minha direção
- cães são como crianças, S/n. Precisam de atenção, fazem bagunça, querem brincar, querem atenção e precisam de alguém limpando sua sujeira. A resposta é: não- ele termina de falar próximo do meu rosto
- bom, você queria um bebê antes do...- olho seu rosto inteiro e ele faz o mesmo com o meu me analisando
- de abrir meus olhos?- pergunta e eu apenas engulo o seco o olhando nos olhos- esse tempo está bem distante. Não tem porquê lembrar dele agora- ele se afasta, pega a toalha e entra no banheiro. Em poucos minutos escuto o barulho do chuveiro, me fazendo soltar um suspiro decepcionada
Escuto batidas na porta, a abro com a caixa em mãos e entrego à Ecco
- ele nem mesmo quis escutar?- pergunta e meu silêncio lhe respondeu- sinto muito
- se livra disso- peço com os olhos lacrimejados e a vejo sair com a caixa toda enfeitada em mãos.
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Acordo alguns minutos após deitar com Jeremiah colocando uma manta fria sobre o meu corpo- vou trabalhar. Me junto a você antes das 23h- ele nem mesmo espera a minha resposta e sai sem falar nada
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Já era 01h30. Jeremiah não havia ido para a cama e antes mesmo que me desse conta estava em seu escritório o vendo trabalhar- Desculpe Querida, tive um contratempo- ele falava comigo sem nem mesmo tirar os olhos do computador
- sempre diz isso- digo entediada e ele olha para mim
- e sempre é verdade- me aproximo da mesa em que ele estava trabalhando e escoro meu quadril na mesa do computador e de braços cruzados olho para ele
- Miah... Você ainda me ama?- ele analisou meu rosto após a pergunta
- se não amasse você com certeza não estaria aqui- suspirei com sua forma lógica de responder
- então me diz o porquê de eu me sentir mais parte da sua decoração. Não me beija mais, não me dá carinho e só me procura por desejos sexuais. Sou sua esposa, Jeremiah- chama-lo pelo nome o deixou mais alerta sobre mim- eu...eu amo você- tentava falar segurando o choro- mas, não o você de agora. Eu amo o você que me dava amor e atenção. Amo seu carinho, seu romantismo e cavalheirismo. Amo quando me chamava de "princesa", "coração" ou até mesmo de "(apelido)". Agora só me chama pelo nome. Não me procura mais. Nem mesmo fica no mesmo ambiente que eu sem se fazer superior
- sou o rei de Gotham
- isso não deveria fazer de mim a rainha?- minha pergunta o deixa sem resposta- e um rei precisa de um herdeiro- ele riu
- acha que uma bola de pelo é um bom herdeiro? Já tem alguém que irá assumir tudo depois que eu- eu o interrompi
- o Bruce não gosta de você!- ele me olhou irritado, levantou e agarrou meu braço sem muita força- me solta, Jeremiah!- ele me olhava sem nem mesmo piscar, olhos bem abertos
- e por que deveria fazer isso?- seu maxilar parecia ameaçar trincar a qualquer momento
- porque Bruce não é seu herdeiro. Bruce não é nada seu. Eu sou sua esposa, sou a mãe do seu filho e eu exijo que me solte se tem amor a sua vida ou se ao menos quiser conhece-lo- afirmo o olhando no fundo dos olhos
- nunca mais- ele se aproxima de mim- diga que uma bola peluda é meu filho, entendeu?- ele solta meu braço e eu me afasto
Pego a caixa abandonada por Ecco mais cedo no escritório e jogo na sua frente na mesa. Sabia que ele não abriria então eu mesmo abri a tampa e caixa abriu, deixando a vista o teste de gravidez e um body de bebê azul. Pego o teste em mãos e empurro em seu peito
- parabéns, papai- antes que eu me vire para sair do escritório ele me segura pelo braço que empurrava o teste contra o seu peito e me faz olha-lo nos olhos enquanto segura meus braços
Seu olhar não tinha surpresa. Ele estava neutro e me olhava com um semblante sério
- você sabia...- o olhei incrédula
- muito antes de você- ele falava com uma voz serena. Nem mesmo parecia a pessoa de minutos atrás. Ele soltou meus braços e eu peguei a caixa da mesa. Vendo abaixo dela uma planta, mas não era qualquer planta. Era a planta de um quarto com berço e armário desenhados
- você...- olhei ele nos olhos assustada
- quando eu me for, tenho alguém para assumir tudo, nosso filho- ele colocou a mão sobre o meu ventre
- mas, você disse...- eu comecei a chorar
- não quero um cachorro. Eu quero um filho, s/n
- mas, me disse que era uma conversa do passado- ele me interrompeu
- me referia que o "eu" a quem se referia ficou no passado- ele me abraçou e eu comecei a chorar- está tudo bem, amor- ele me pegou no colo no estilo noiva e me levou ao nosso quarto, onde se deitou comigo- me atentarei mais a ter mais momentos com você. Eu te amo, s/n.
Estou de volta! 😉
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one-shots do Jeremiah pré-gás e pós-gás
Randomvou escrever diversas história sobre o Jeremiah antes e depois do gás do riso