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– Cadê sua irmã ?

– Qual delas ?– Respondeu o filho de ares, ele estava saindo do chalé, ele parecia muito tentado a dar meia volta e entrar lá dentro denovo.

– Clarisse. Chame-a aqui.– ele suspirou e foi para o chalé, voltando alguns minutos depois, com a garota a reboque.

– O que você quer comigo? Sabe, coisinha irritante, eu tenho coisas mais importantes pra fazer ao invés de ficar ouvindo seus caprichos.– ela falou, cruzando os braços. O sol estava se pondo, a luz deixando sua pele quase dourada. Por um momento, eu me perdi no que ia dizer, tendo que me forçar a lembrar o que eu vim fazer aqui.

– Você me deve uma luta.

– Eu não te devo nada.

– Eu lutei com seus irmãos. E ganhei. Você me deve uma luta, esse foi nosso acordo.

– Não teve acordo nenhum, a única coisa dita foi que você precisava ganhar deles antes de poder lutar comigo.

– Mas eu quero minha luta.

– Isso não é problema meu, princesinha das trevas.

– Não me chama assim.

– Por que, princesinha das trevas ? Não gosta ?

– Não, eu não gosto. Pare agora.– ela riu com escárnio.

– Eu não ligo pro que você gosta. Agora sai daqui.

– Não, eu quero minha luta, e não vou sair daqui até conseguir.

– Boa sorte, o frio vai te fazer mal, princesinha das trevas.– ela virou de costas, e foi em direção ao seu chalé.

– Você está sendo covarde. Está fugindo da luta porque tem medo de mim.

– Medo de você ? Você que não deve passar dos um e cinquenta e sete ? Que deve ter no máximo cinquenta e três quilos ? Metade do seu deve estar nos peitos, princesinha das trevas.

– Bem, aparentemente isso não vale de muito, já que você está com medo.– eu falei, tentando manter a voz firme, sentindo meu rosto corar de vergonha. Ela reparou nos meus peitos ?

– Você quer mesmo essa luta não é? Tudo bem. Mas a arena está ocupada, vamos ter que lutar na clareira na floresta.

– Tudo bem, eu aceito.

Ela revirou os olhos, provavelmente pensando que ao propor lutar na floresta, eu desistiria.

(...)

Estávamos no meio da clareira, suadas e ofegantes, ela tinha um arranhão do pescoço até perto do seu peito, onde seu top mostrava, depois que minha unha passou forte de mais por sua pele.

Eu já estava ficando frustada, ela evitava me atacar, nunca acertando meu rosto, e só se defendendo enquanto eu ia pra cima dela, eu também não machuquei seu rosto, mas eu estava pensando seriamente em fazer isso, só para que ela me atacasse de volta. E ela ficaria linda com sangue manchando esses lábios bonitos e volumosos. Balancei a cabeça, tentando me livrar de tais pensamentos, eu precisa focar em ganhar.

Fui para cima dela, na intenção de usar meu peso para desequilibra-lá, mas eu devia imaginar que ela seria como uma muralha, ao invés de cambalear como eu planejei, ela permaneceu firme. Passou os braços ao meu redor, me prendendo no lugar, e ao invés de me derrubar, e ganhar a luta, ela permaneceu parada.

Estremeci em seus braços, minhas costas coladas em seus peitos, sua respiração contra minha nuca, a proximidade denunciava que ela havia abaixado a cabeça para perto do meu pescoço, já que a mesma é quase uma cabeça mais alta que eu.

Um dia - short fic / Clarisse La Rue Onde histórias criam vida. Descubra agora