Kazuha's P.O.V. -
Tá, agora eu me confundi um pouco. Ele quer que eu saia ou fique? Bom, eu não tenho todo o tempo do mundo aqui em Sumeru, mas... Não vai mudar minha vida se eu ficar mais um tempinho aqui.
"Qual o seu nome?"
"Eu achei que eu tinha falado pra você ir embora!"
Que garoto amargurado... Não faz bem meu tipo, mas até que ele é bonitinho. Se tirar essa carinha de cu, não cairia nada mal. Para de pensar merda, pelos Arcontes, Kaedehara. Foco.
"Não posso saber pelo menos o seu nome?"
"Scaramouche."
Tá, já sei o nome dele. É um bom começo... Mas ele tá de cara fechada, não fala nada. Ele realmente quer que eu vá embora, mas por que eu continuo aqui?
Curiosidade, talvez? Não posso negar que esse jeito misterioso dele, e a maneira como ele afasta todos ao seu redor desperta meu interesse. E não, isso não é amor a primeira vista, nem tem como! Tipo... É, sem chances. Eu só quero saber o que que tem de errado nele mesmo.
"É... então?"
"Então o que? Eu já falei pra você ir embora, mas você parece uma mula, fica ai parado olhando pra mim."
"Eu só quero te conhecer melhor, eu já disse. Não tem motivo pra ser tão grosso"
"Única coisa grossa aqui é o meu pau. Você acha que eu tô afim de papo? Humano insolente"
Eu retiro o que eu disse. Ele é chato pra caralho.
"Você fala como se você fosse um alienígena, talvez seja isso que tem de errado com você"
Seus olhos arregalam, dá pra ver que ele realmente se estressou com meu comentário.
"Com quem você acha que tá falando, hein? Não tem nada de errado comigo. SERÁ QUE TEM COMO VOCÊ CAIR FORA E ME DEIXAR EM PAZ?!"
Mesmo com o outro garoto me atacando diretamente, eu manti a calma.
"Se não tem nada de errado, por que você se incomodou tanto com um comentário?"
"Eu-"
Scaramouche fica me encarando por alguns segundos, pensando em uma resposta convincente, ainda com seus olhos cheios de ódio. Mesmo depois de certo tempo, não teve resposta do rapaz, então eu presumo que eu deveria falar alguma coisa pra quebrar o silêncio, já que o único som era o do vento soprando no meio da floresta a nossa volta, além da respiração pesada do outro.
"E ai, não vai falar nada? O gato comeu sua língua por um acaso?"
Scaramouche's P.O.V. -
É, se eu quiser que ele suma da minha frente, eu vou ter que amedrontar ele. Não vai ser apelação, só uma ameaça de morte, assim, coisa bem básica. Nem vou ter que terminar a frase pra ele sair correndo desesperado.
Eu dou um riso de leve e forjo uma expressão ameaçadora no rosto, antes de abrir a boca, tentando soar o mais intimidador possível.
"Vai chupar uma pica, vai. Ou será que eu vou ter que exterminar o último membro do clã Kaedehara por uma inconveniência? Não tenho medo de fazer isso, afinal, eu já matei um monte da sua espécie antes. Aposto que ninguém vai sentir sua falta."
Que? Como assim, ele nem teve reação. É sério que esse cara não tem medo de morrer? Minha encenação foi muito barata? Não é possível, eu juro que dei meu melhor. Mesmo assim, ele ainda tá bem pleno. Será que ficou muito na cara que eu tô mentindo? Merda, merda, merda. É, agora eu vou ter que partir pra apelação.
Meus pensamentos são interrompidos pela voz do Kaedehara, soando mais calmo que nunca.
"É sério isso? Você acha que eu vou ter medo de você com umas mentirinhas fajutas? Eu poderia dizer que sou bom em ler as pessoas, mas até que você deixou bem na cara. O jeito que você não conseguiu olhar diretamente nos meus olhos já entregou sua farsa."
Quando ele falou isso, eu me senti suar frio. Como que ele- Tá, não é hora pra isso, eu tenho que botar a mão na massa agora. Sem mais delongas, eu parti pra cima do cara com meu catalisador em mãos, tentando atingir ele. Pode não parecer, mas eu tenho bastante experiência em combate. Não é atoa que ninguém tinha conseguido pegar minha gnosis até aquela maldita viajante chegar. E mesmo sem ela, eu ainda sou bem forte em termos como esse.
Meu ego seria destruido se eu deixasse um mero humano me vencer, então é melhor acabar com isso de uma vez. Não é que eu não me importe, mas a existência dele não vai fazer falta.
Esse samurai até que é bem habilidoso. Bom, sendo o último sobrevivente do clã, eu não poderia esperar menos. Ele desviou a maioria dos meus golpes até agora, e mesmo tendo sido atingido, não o afetou em quase nada. É isso, eu vou avançar com tudo. Sem piedade.
Quando eu estava prestes a golpear ele, aquela estraga-prazeres da Nahida aparece. Tinha que ser ela pra estragar meus planos. Quem mais seria?
"Kuni, pra que tudo isso? Deixa o coitadinho em paz. Vai arruinar a reputação da nação desse jeito. Já é o quinto estrangeiro que você ataca. Sem contar os desaparecimenos recentes, que você está envolvido, que eu sei."
"Eu juro que não dei sumiço em ninguém! Eles que sumiram do nada, não tenho nada a ver. E- Eu nem tava atacando ele! Eu só me defendi, foi ele que começou!"
"Sério? Você que partiu pra cima de mim do nada, e ainda vai jogar a culpa em mim? Mesmo depois de ter me ameaçado de morte?"
"Cala a boca, você também me deu motivos!"
"CHEGA!"
Nahida exclama, com a voz fininha dela, parecendo um mosquito.
"Kuni, peça desculpas pro... Qual o seu nome?"
Ela se vira para o jovem de cabelos grisalhos.
"Kaedehara Kazuha, mas pode me chamar de Kazuha, senhorita. Presumo que você seja a arconte, não?"
"Ah sim, sou eu, mas me chame de Nahida, por favor. Não precisa de tanta formalidade, eu é que te devo desculpas pelo comportamento de Kuni, meu discípulo. Prometo que não vai acontecer de novo, é que ele tá naquela fase de adolescente rebelde, mas ainda busco corrigir as normas dele. Adoraria que ele seguisse seu exemplo!"
No final, Nahida solta uma indireta bem direta para Scara, que encarava os dois, ainda irritado, mas com vergonha do que a arconte acabara de falar.
"Olha quem fala. Eu tenho 400 anos, só pra você saber"
"Mas age como se tivesse 17. Agora peça desculpas para o senhor Kaedehara pelo incoveniente."
Kaedehara ri com o diálogo dos dois. Eles agem como se fossem mãe e filho.
"Não se preocupe, Nahida, está tudo bem. Entendo como é difícil lidar com ele, só de passar alguns minutos."
"Vai se-"
A menor cobre a boca de Scara antes que ele pudesse terminar a frase ofensiva, e dá a ele um olhar de reprovação, antes de voltar sua atenção de volta ao outro, de cabelos grisalhos, com um sorriso meigo.
"Obrigada pela compreensão, Kazuha! E novamente, desculpa pela falta de modos de Kuni."
"Não tem de que. Boa sorte com ele!"
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N/A: Foi esse o capítulo de hoje! Obrigado por lerem até aqui, e não, não é o fim da história ainda. Por favor me dêem idéias para continuar a fic 😭😭 tô quase desistindo por falta de criatividade- Enfimm, até o próximo capítulo!
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KITSUNE?!
RomanceATENÇÃO! HISTÓRIA REESCRITA!! Kaedehara Kazuha, um samurai de Inazuma, e Kunikuzushi, um andarilho nada ordinário e hostil, vindo direto de Sumeru. Como esse casal poderia dar certo de alguma maneira? Eu não sei. Mas aqui, a gente vai fazer acontece...